pt.odysseedubienetre.beA endometriose ovariana, também chamada de endometrioma, se deve a presença de tecido endometrial, glândulas endometriais ou estroma, tecidos que só deveriam estar dentro do útero, recobrindo também o ovário. O médico pode descobrir que a mulher tem endometriose no ovário através da ultrassonografia transvaginal, que detecta principalmente um cisto no ovário com mais de 2 cm, cheio de líquido escuro.
Quando a mulher tem endometriose nos ovário ela também possui endometriose no intestino, sendo considerada endometriose profunda, já que o tecido se espalhou por diversas áreas. Praticamente não existem casos de endometrioma isolado, pois sempre existem outros locais afetados.
O endometrioma prejudica o ovário, diminuindo a quantidade e também a qualidade de óvulos que a mulher possui. Assim, as chances de engravidar com endometrioma reduzem a cada mês, e o médico pode indicar a cirurgia para remover este tecido, mas a própria cirurgia pode interferir negativamente no ovário, prejudicando a fertilidade da mulher.
Assim, o médico pode recomendar que a mulher inicie as tentativas de engravidar o quanto antes, ou poderá indicar a técnica de congelamento de óvulos, para no futuro a mulher poder decidir se quer fazer a inseminação artificial num momento mais oportuno.
Há suspeita da endometriose no ovário quando a mulher apresenta:
O diagnóstico é feito pelo ginecologista com base no exame de toque vaginal e com exames como ultrassom transvaginal com esvaziamento do intestino anteriormente, ou através da ressonância magnética. Estes exames irão evidenciar os locais afetados, o que determina o tratamento.
O tratamento vai depender da extensão da doença, nos casos em que o tecido tem menos de 3 cm o uso de medicamentos pode ser eficaz, reduzindo os sintomas, mas nos casos mais graves, com cisto com mais de 4 cm é indicada a cirrugia por laparoscopia para fazer uma raspagem do tecido endometrial ou mesmo a remoção dos ovários. Assim, a escolha do tratamento varia muito de acordo com a idade da mulher, dos sintomas que apresenta e do seu desejo de ter filhos.
O endometrioma não desaparece sozinho, nem com o uso da pílula anticoncepcional, mas estas podem diminuir o risco de desenvolvimento de um novo endometrioma após a sua remoção através da cirurgia.
Raramente um endometrioma pode virar câncer, apesar de poder acontecer, o número de mulheres afetadas é muito reduzido. Além disso não é qualquer endometrioma que pode virar câncer, somente o endometrioma atípico, que pode estar relacionado no desenvolvimento do câncer endometrioide ou câncer de células claras. Assim, mais de 95% das mulheres com endometrioma não terão câncer.
