O que é Dislexia e como fica a escrita
A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem caracterizada pela dificuldade na escrita, na fala e no soletrar. Geralmente, é diagnosticada na infância durante o período de alfabetização, embora também possa ser diagnosticado em adultos.
Este distúrbio possui 3 graus: leve, moderado e grave, o que interfere no aprendizado das palavras e da leitura. Em geral, a dislexia ocorre na mesma família, sendo mais comum nos meninos do que nas meninas.
Além disso, é muito comum que a pessoa que tem dislexia também tenha outras condições associadas, como o Transtorno do Defict de Atenção e Hiperatividade. Normalmente quem tem dislexia possui características como dificuldade em lidar com a frustração, mas tem muita imaginação e grande empatia.
Como é a escrita do disléxico
Quem tem dislexia normalmente tem uma letra feia, grande, mas legível, embora os professores possam que queixar disso, principalmente no início quando a criança ainda está aprendendo a ler e a escrever.
A alfabetização demora um pouco mais do que nas crianças sem dislexia, porque é comum que ela troque as seguintes letras:
- f - t
- d - b
- m - n
- w - m
- v - f
- sol - los
- som - mos
A leitura de quem tem dislexia é lenta, sendo comum omissão de letras e mistura de palavras.
O cérebro do disléxico funciona de forma diferente havendo ligações neuronais peculiares e, até mesmo, certas áreas do cérebro são maiores que as das pessoas sem dislexia. O lado direito do cérebro é mais desenvolvido, mas normalmente a criança aprende a ler e a escrever, encontrando suas próprias soluções e estratégias neuronais.
Como é o disléxico na escola
Normalmente quem tem dislexia é distraído e troca as letras, havendo daltonismo a criança também pode trocar as cores principalmente o vermelho, rosa e o verde.
Geralmente a dislexia é descoberta na infância quando a criança está no pré escolar ou na alfabetização porque demora mais tempo para aprender as letras que os alunos da mesma sala.
Isso não indica que a criança disléxica não seja inteligente, mas tem uma dificuldade de aprendizagem. Um bom exemplo disso é que Albert Einstein era disléxico.
A experiência escolar tradicional pode não ser boa, se os professores não se adequarem para ajudar o disléxico a ler e aprender, mantendo-o motivado e atento todos os dias.
A dislexia não tem cura, mas o tratamento pode melhorar a qualidade de vida do indivíduo. O tratamento envolve muitos profissionais, pois esta dificuldade de aprendizagem possui muitos aspectos diferentes e, por isso, o tratamento pode incluir um acompanhamento com psicólogo, fonoaudiólogo e pedagogo para um melhor apoio escolar.
Dicas para o disléxico ler melhor
A leitura é uma das dificuldades de quem tem dislexia, indicamos aqui algumas dicas para facilitar esse processo:
- Usar sempre cadernos com folhas grossas para que não seja possível ler o que está escrito atrás da folha;
- Sempre que possível usar folhas que não sejam brancas, como creme ou amarela clara, mas preferir as letras com cores escuras para que o texto fique bem legível;
- Ao escrever no computador deve-se preferir fontes que sejam mais fáceis para o disléxico ler como Verdana, Arial, Tahoma, Century Gothic ou Trebuchet, nos tamanhos 12 ou 14, e espaçamento de 1.5;
- Para destacar algo no texto o negrito é a melhor opção, deve-se evitar o sublinhado e o itálico;
- Evitar ao máximo escrever todas as palavras com letras MAIÚSCULAS;
- Não usar o texto justificado, mas preferir a margem irregular do lado direito da página para permitir uma distração 'controlada';
- Usar sempre frases curtas e diretas, para facilitar pode-se usar tópicos e numeração, para evitar o texto corrido.
Ao seguir estas dicas a leitura e a compreensão dos textos pode se tornar mais fácil e menos frustrante para quem tem dislexia.