O tratamento para enfisema pulmonar é feito com o uso de medicamentos diários para expandir as vias aéreas, como broncodilatadores e corticóides inalatórios, indicados pelo pneumologista, sendo também muito importante a adoção de hábitos de vida saudáveis, principalmente evitando o fumo, além da realização de exercícios de reabilitação respiratória.
O enfisema pulmonar, também conhecido com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é uma doença respiratória crônica e que não tem cura, e o seu tratamento é importante para reduzir os sintomas e reduzir a piora da doença, além de melhorar as condições de saúde e independência da pessoa afetada. Saiba identificar os sintomas do enfisema pulmonar.
Já nos casos mais graves, pode ser necessário o uso da máscara de oxigênio, por algumas horas ou de forma contínua, assim como pode ser indicada a realização de cirurgias para redução do volume pulmonar ou, até, transplante de pulmão.
O uso de medicamentos que dilatam as vias aéreas são a principal forma de tratamento do enfisema, geralmente, feitos na forma de bombinhas inalatórias. Alguns exemplos são:
As bombinhas de medicamento já podem vir compostas pela combinação entre broncodilatadores ou em associação com os corticóides, para facilitar o uso e diminuir o número de doses, como no caso de exemplos como Seretide ou Alenia, por exemplo.
Os remédios corticóides são usados, principalmente, na forma inalatória. O uso contínuo deste medicamentos, em conjunto com os broncodilatadores pode reduzir a piora da função do pulmões e o risco de complicações, devendo ser indicados pelo pneumologista.
Costumam ser usados 2 vezes ao dia, e já podem vir combinados com os broncodilatadores no mesmo medicamento. É recomendado enxaguar a boca após o uso, para diminuir o risco de infecções bucais, como a candidíase oral.
Os corticóides em comprimido não são recomendados para uso contínuo, pois causam muitos efeitos colaterais e poucos benefícios no tratamento da doença, devendo ser utilizados em casos de exacerbação da doença com infecção, podendo trazer benefícios para a recuperação.
É um programa de tratamento de fisioterapia que inclui exercícios para fortalecer a musculatura do peitoral e melhorar a capacidade respiratória, como exercícios para expansão pulmonar, alongamento dos músculos a respiração, conscientização da postura e da respiração correta, proporcionando uma melhor capacidade de realizar atividades do dia-a-dia. Saiba mais sobre este tipo de tratamento.
Além disso, é recomendada a realização de exercícios físicos, como caminhadas com acompanhamento profissional, após recomendação médica, para melhorar o condicionamento físico, aumentar a capacidade da respiração e diminuir os sintomas.
O uso de catéter nasal de oxigênio é indicado somente nos casos mais graves, em que os pulmões já não conseguem suprir por si só a oxigenação do corpo. Eles são indicados pelo médico, e podem ser necessários durante algumas horas ou ao longo de todo o dia.
Pessoas portadoras de enfisema pulmonar têm maior risco de adquirir infecções respiratórias, o que deve ser evitado, tanto por se tornarem mais graves nestes pacientes como por proporcionarem a piora do enfisema durante as crises.
Por isso, é indicado que pessoas com DPOC recebam vacina contra Influenza anualmente, e contra infecções por pneumococos, evitando casos de pneumonia e riscos de vida. Também podem estar indicadas as vacinas contra gripe anualmente.
A N-acetil-cisteína pode ser indicado em muitos casos, devido às suas propriedades antioxidantes e redutora de muco.
Já os antibióticos podem ser necessários em caso de infecção respiratória provocadas por bactérias, o que não é incomum nos pacientes com DPOC.
Embora seja mais raro, em alguns casos mais graves, o médico pode aconselhar fazer uma cirurgia para retirar as partes mais afetadas do pulmão, permitindo que as regiões saudáveis se expandam melhor e funcionem de forma mais adequada, entretanto, esta cirurgia só é feita em alguns casos muito graves e em que a pessoa poderia tolerar este procedimento.
O transplante de pulmão também pode ser uma possibilidade em casos específicos, indicados pelo médico.
O enfisema não tem cura e, por isso, os sintomas não desaparecem completamente. No entanto, caso o tratamento seja feito da maneira correta, após alguns dias já é possível notar uma diminuição em quase todos os sintomas, como sensação de falta de ar, dor no peito ou tosse.
Além disso, com o tratamento, pode haver menor dificuldade para fazer atividades que se tornaram muito cansativas, como fazer caminhadas.
Os sinais de piora são mais comuns nos casos em que o tratamento não está sendo adequado ou quando a doença progride e se torna muito grave, o que é mais comum em casos em que o diagnóstico demorou para ser feito.
Estes sinais incluem dificuldade extrema para respirar, dedos azulados, rosto com coloração arroxeada e chiado intenso ao respirar. Nestes casos, é aconselhado ir imediatamente ao hospital para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações graves, como a parada cardio-respiratória.
Um tratamento para enfisema pulmonar que pode ser feito em casa, é aprender um exercício de fisioterapia chamado freno labial e realizá-lo várias vezes ao dia, como forma de complementar o tratamento orientado pelo médico, jamais substituindo-o. Para isso, basta inspirar profundamente e soltar o ar pela boca com os dentes entreabertos e os lábios semicerrados de forma a movimentá-los com o ar que sai pela boca.
Este simples exercício fortalece os músculos expiratórios e ajuda a eliminar completamente o ar dos pulmões, permitindo que mais oxigênio entre na inspiração seguinte e, de preferência, deve ser orientado pelo fisioterapeuta.