7 sintomas ao parar o anticoncepcional
Quando se resolve parar o uso do anticoncepcional, podem surgir algumas mudanças no corpo da mulher, como perda ou ganho de peso, atraso da menstruação, piora das cólicas e sintomas da TPM, além de, é claro, aumentar o risco de gravidez, que acontecem porque o corpo precisa se readapatar às alterações dos hormônios.
O anticoncepcional pode ser parado a qualquer momento, mas, de preferência quando acabar a cartela, para haver um melhor controle do ciclo. Estes efeitos começam a ser sentidos cerca de 2 semanas após após a suspensão do remédio, quando o corpo percebe a falta dos hormônios artificiais e começa a ter que produzí-los naturalmente, mas isto pode variar de acordo com cada mulher e do tipo de anticoncepcional utilizado.
Assim, os principais efeitos da suspensão do anticoncepcional são:
1. Alteração do peso
Sabe-se que as substâncias deste medicamento podem causar retenção de líquidos, com intensidade variada de acordo com cada tipo, portanto, é comum emagrecer um pouco após parar. Por outro lado, como parar o anticoncepcional pode provocar oscilações maiores no humor da mulher, também acontece o ganho de peso devido ao maior apetite, indisposição para atividade física e maior desejo por doces.
O que fazer: o ideal é apostar em uma alimentação saudável, rica em cálcio, vitamina B6 e magnésio, como legumes, frutas, verduras, peixes e cereais integrais, que ajudam o corpo a equilibrar os níveis de hormônios e eliminar toxinas, que pioram a retenção de líquidos e o mau humor. A realização de atividade física é fundamental para melhorar a circulação, queimar de gordura e regular o apetite.
2. Desregulação da menstruação
Ao parar o uso do anticoncepcional, os ovários precisam voltar a produzir seus hormônios, e, além disso levar um tempo, eles não são tão pontuais e constantes como acontecia com o uso de remédios.
O que fazer: estas alterações de alguns dias costumam ser normais, mas, se forem muito intensas, a ponto de ficar 2 meses sem mensurar, ou menstruar 3 vezes no mês, por exemplo, deve-se consultar o ginecologista para serem feitas avaliações dos níveis de hormônios e do funcionamento dos ovários. Uma dica é anotar sempre as datas das menstruações e quanto tempo ela durou, para saber como funciona o ritmo do seu ciclo.
3. Piora das cólicas menstruais
Quando menstruamos naturalmente, sem ação dos efeitos do remédio, o tecido do útero fica mais espesso, o que é uma preparação para uma possível gravidez, causando piora das cólicas e fluxo de sangue durante a menstruação.
O que fazer: tomar anti-inflamatórios, como ibuprofeno ou ácido mefenâmico, para aliviar os sintomas das cólicas, além de fazer compressa de água morna na barriga ou na região lombar, podem aliviar as cólicas. Confira algumas dicas para diminuir as cólicas menstruais.
4. TPM e oscilação de humor
Como os hormônios femininos, progesterona e estrogênio, produzidos naturalmente nos ovários têm uma variação mais intensa e abrupta ao longo do mês, em relação a quando se toma o anticoncepcional, é mais comum haver piora da TPM, com irritabilidade, tristeza, impulsividade, alterações do sono e dor de cabeça.
O que fazer: para aliviar os sintomas da TPM, deve-se apostar em alimentos calmantes, como suco de maracujá, chá de camomila, 1 pedaço de chocolate meio amargo, além de exercícios de relaxamento, meditação e alongamento. Confiram mais dicas de como combater os principais sintomas da TPM.
5. Alterações da pele
A maioria das pílulas diminuem a produção de testosterona, deixando a pele mais limpa, seca e sem obstrução dos poros, portanto, quando suspendemos o uso do anticoncepcional, é muito comum que a pele tenha mais oleosidade e com espinhas. Alguns tipos de anticoncepcional, entretanto, podem ter composições diferentes, por isso, o efeito pode ser contrário contrário.
O que fazer: para combater a oleosidade da pele, pode-se usar algumas loções ou sabonetes adstringentes, comprados na farmácia, e usar 1 ou 2 vezes ao dia. Mas, quando a formação de espinhas é mais intensa, é necessário ir ao dermatologista para a orientação do uso de cremes mais específicos, como peróxido de benzoíla ou adapaleno, por exemplo.
6. Aumento de pêlos e da libido
Como muitos anticoncepcionais limitam as produção de hormônios, inclusive a testosterona, é comum que, ao pararmos de usá-los, a produção deles volte ao natural e possam surgir mais pêlos indesejáveis, voz um pouco mais grossa, além de aumento da vontade do contato íntimo.
O que fazer: como estes hormônios são naturais do corpo, devemos aceitá-los e compreender melhor como o nosso corpo funciona naturalmente, além de conversar com o parceiro sobre essas mudanças. Já os pêlos indesejáveis podem dar um pouco mais de trabalho, mas podem ser resolvidos com técnicas de depilação ou clareamento. Tomar chás de hortelã-pimenta e de calêncula são ótimas dicas para o tratamento natural do excesso de pêlos.
7. Maior quantidade de secreções íntimas
É comum que a mulher sinta que há maior umidade na região íntima, tanto no dia-a-dia como no contato íntimo, o que faz parte da maior produção natural de estrógeno pelo corpo.
O que fazer: este tipo de secreção é perfeitamente natural, e indica que os ovários estão trabalhando bem. É importante ter uma troca de roupas íntimas a cada banho, para manter a higiene e impedir a proliferação de microorganismos na região.
Quanto tempo demora para engravidar
O tempo de adaptação do corpo da mulher à ausência dos hormônios do anticoncepcional pode variar, geralmente entre alguns dias até 1 ano, principalmente se o uso este medicamento foi por muitos anos. Os anticoncepcionais injetáveis, por conter maiores níveis de hormônios, podem causar uma demora maior para os ovários e útero permitirem uma gravidez, porém, tudo vai depender da capacidade de cada organismo de eliminar as substâncias artificiais do corpo e voltar a produzir os seus próprios.
Existem alimentos que podem ajudar o organismo a produzir seus próprios hormônios e nutrientes, e eliminar os efeitos artificiais do anticoncepcional, principalmente os ricos em zinco, vitaminas B6, A, C, E e ômega-3, como ovos, peixes, brócolis, aveia, quinoa, trigo, semente de girassol e abacate, por exemplo. Saiba mais sobre como aumentar a fertilidade com a alimentação.