Alergia ao Frio - Como identificar e Conviver
Os sintomas da alergia ao frio podem surgir quando a pessoa fica exposta ao frio no outono ou inverno, mas também pode acontecer até mesmo no verão quando a pessoa entra numa cachoeira ou está na praia e o mar tem a água muito fria, como acontece no Rio de Janeiro e São Paulo.
Esse tipo de alergia também pode afetar pessoas que precisam trabalhar no frigorífico dos açougues, na sessão dos congelados do supermercado ou em laboratórios onde é preciso estar em baixas temperaturas, por exemplo. Geralmente os sintomas surgem poucos minutos depois da exposição ao frio ou de entrar em contato prolongado com a água fria.
Sintomas de alergia ao frio
Os sintomas que podem indicar alergia ao frio, uma situação cientificamente chamada de perniose ou urticária do frio, podem ser:
- Placas avermelhadas ou amareladas nas áreas expostas ao frio;
- A região afetada pode parecer sem sangue;
- Dedos das mãos e dos pés inchados;
- Sensação de dor e queimação;
- Coceira na pele, principalmente nas extremidades do corpo;
- Podem surgir feridas e descamação na pele inchada e vermelha;
- Podem surgir vômito e dor abdominal.
As mulheres são as mais afetadas e as áreas mais afetadas são as mãos, os pés, o nariz e as orelhas. Uma doença semelhante é a Síndrome de Raynaud e o médico poderá confirmar que se trata de perniose levando em consideração os sintomas e podem ser realizados exames como biópsia para avaliar as lesões.
Tratamento para alergia ao frio
Quando forem observados sintomas de alergia ao frio, deve-se tentar aquecer a região do corpo afetada o quanto antes porque este é o tratamento mais eficiente. Também é indicado não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas porque parecem piorar os sintomas. Além disso, é indicado também praticar exercícios regularmente para estimular sempre a circulação sanguínea, mas quando os sintomas aparecem fazer algum exercício também pode ajudar a normalizar o fluxo de sangue a temperatura no local afetado.
Quem está na praia pode se enrolar numa toalha ou canga e ficar ao sol por uns instantes até que a circulação sanguínea volte ao normal e a pele deixe de coçar e desinche. Já, quem trabalha em situações onde os sintomas surgem devem se proteger usando luvas e botas para proteger as extremidades do corpo.
Quando a alergia ao frio é muito frequente e os sintomas permanecem por dias, trazendo incômodo à vida do indivíduo é recomendado buscar ajuda médica porque pode ser necessário realizar exames que possam indicar que existe alguma outra condição ao mesmo tempo. O médico mais indicado é o dermatologista que pode indicar o uso de remédios vasodilatadores.
Mas além disso, também pode ser necessário o uso de adrenalina nas situações mais graves porque pode haver até mesmo parada cardíaca ou bloqueio completo da respiração, quando a pessoa fica muito tempo dentro da água gelada do mar ou da cachoeira, por exemplo.
Como conviver com alergia ao frio
É importante evitar todos os fatores que possam levar a pessoa a sentir frio. Assim, deve ser importante garantir que o corpo permanece aquecido, evitando viajar para lugares muito frios, como o inverno na Europa, evitar chupar picolé ou sorvete, tomar banhos sempre mornos, preferir sapatos fechados porque até mesmo o uso de um sapato aberto ou sandália pode levar ao desenvolvimento dos sintomas nos dedos dos pés, ao caminhar numa orla da praia, num dia mais frio, por exemplo.
A urticária ao frio não é permanente mas depois que os primeiros sintomas aparecem a pessoa deverá ter estes cuidados durante os próximos 10 anos.
Possíveis complicações
Se a pessoa não seguir as recomendações e não realizar o tratamento, podem surgir complicações devido a falta de sangue em pequenas áreas do corpo como necrose, que ocorre quando a área fica preta e dificilmente tem cura, sendo necessária amputação, lesão do nervo, celulite, que é a inflamação de uma área do corpo, e tromboflebite.