O que é eclâmpsia pós-parto e principais sintomas
A eclâmpsia no pós parto é uma condição rara que pode ocorrer logo nas primeiras 48 horas após o parto. É comum em mulheres que já foram diagnosticadas com pré-eclâmpsia durante a gravidez, mas também pode aparecer em mulheres que apresentam características que favorecem essa doença, como obesidade, hipertensão, diabetes e mais de 40 e menos de 18 anos.
A eclâmpsia, doença em que a mulher apresenta pressão arterial elevada e pode ter episódios de convulsão, podendo evoluir para o coma e ser fatal, pode aparecer após 20 semanas de gestação, no parto ou no pós parto. A mulher diagnosticada com eclâmpsia em qualquer momento da gravidez ou após a gestação deve permanecer hospitalizada até que sejam verificados sinais de melhora.
Em geral, o tratamento é realizado com medicamentos, principalmente com o sulfato de magnésio, que reduz as convulsões e impede o coma.
Principais sintomas da eclâmpsia pós parto
A eclâmpsia pós parto normalmente é a manifestação grave da pré-eclâmpsia. Os principais sintomas da eclâmpsia pós parto são:
- Desmaio;
- Dor de cabeça;
- Dor abdominal;
- Visão embaçada;
- Convulsões;
- Pressão arterial alta;
- Aumento de peso;
- Inchaço das mãos e dos pés;
- Presença de proteínas na urina;
- Zumbidos nos ouvidos;
- Vômito.
A pré-eclâmpsia é uma condição que pode surgir durante a gestação e é caracterizada por pressão alta na gravidez, superior a 140x90 mmHg, presença de proteína na urina e inchaço por conta da retenção de líquidos. Se a pré-eclâmpsia não for tratada corretamente, pode evoluir para a condição mais grave, que é a eclâmpsia. Saiba mais sobre a pré-eclâmpsia.
Como acontece a eclâmpsia pós parto
Os principais fatores que favorecem o surgimento de eclâmpsia pós parto são:
- Obesidade;
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Dieta pobre ou má-nutrição;
- Gravidez de gêmeos;
- Primeira gestação;
- Casos de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia na família;
- Idade superior a 40 anos e inferior a 18 anos;
- Doença renal crônica;
- Doenças auto-imunes, como o lúpus.
Todas essas causas podem ser evitadas, diminuindo, assim, as chances de surgimento de eclâmpsia pós parto, com hábitos de vida saudáveis e tratamento adequado.
Como tratar a eclâmpsia pós parto
O tratamento para a eclâmpsia pós parto tem como objetivo tratar os sintomas, por isso é indicado o uso de sulfato de magnésio, que controla as convulsões e evita o coma, anti-hipertensivos, para diminuir a pressão sanguínea, e, algumas vezes, aspirina para alívio da dor, sempre com orientação médica.
Além disso, é importante ter atenção à dieta, evitando o máximo de sal e alimentos gordurosos, para que a pressão não volte a aumentar, deve-se beber bastante água e ficar em repouso de acordo com a indicação do médico. Veja mais sobre o tratamento da eclampsia.
A eclampsia pós parto deixa sequelas?
Normalmente, quando a eclâmpsia é identificada imediatamente e o tratamento é iniciado logo em seguida, não há sequelas. Mas, se o tratamento não for adequado, a mulher pode ter episódios repetidos de convulsão, que podem durar cerca de um minuto, danos permanentes a órgãos vitais, como fígado, rins e cérebro, e pode evoluir para o coma, o que pode ser fatal para mulher.
A eclâmpsia pós parto não põe em risco o bebê, somente a mãe. O bebê se encontra em risco quando durante a gestação a mulher é diagnosticada com eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, sendo o parto imediato a melhor forma de tratamento e prevenção de mais complicações, como a Síndrome de HELLP, por exemplo. Nessa síndrome pode haver problemas no fígado, nos rins ou acúmulo de água no pulmão. Saiba o que é, os principais sintomas e como tratar a Síndrome de HELLP.