Que tipo de Pólipo Intestinal pode virar câncer?
Os pólipos intestinais adenomatosos vilosos ou túbulo-vilosos podem virar câncer, no entanto, nem todos sofrerão esta transformação. Há maior risco de desenvolver o câncer colorretal nos pólipos sésseis, que são planos, e que possuem mais de 1 cm de diâmetro, e quanto maior o tamanho, maior o risco.
No entanto, a maioria dos pólipos intestinais são os hiperplásicos, que são benignos e raramente viram câncer. Tanto um como outro, podem ser identificados e retirados numa colonoscopia, diminuindo o risco de desenvolvimento do câncer. Veja como é feita a retirada dos pólipos intestinais.
Quem tem mais risco de desenvolver câncer de intestino?
Alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer colorretal são:
- Presença de vários pólipos no intestino, sendo que quanto maior for o pólipo, maior a probabilidade de se tornar maligno;
- Alimentação com poucas calorias e rica em gorduras de fonte animal;
- Cigarro e consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Idade acima de 50 anos;
- Em caso de doenças hereditárias como Polipose adenomatosa familiar, Síndrome de Gardner, Síndrome de Turcot e Síndrome de Lynch.
A presença de doenças inflamatórias intestinais como Colite ulcerativa e Doença de Crohn também aumentam o risco de desenvolvimento de câncer.
Como diminuir o risco dos pólipos virar câncer
Para diminuir o risco dos pólipos intestinais virarem câncer é recomendado retirar todos os pólipos com mais de 0,5 cm através da colonoscopia, mas além disso é importante praticar exercícios regularmente; ter uma alimentação rica em fibras; não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas porque estes fatores facilitam o surgimento do câncer.
Como se identificam os pólipos Intestinais
A maioria dos pólipos intestinais não gera sintomas, especialmente no início da sua formação e por isso é aconselhado fazer colonoscopia em caso de doenças inflamatórias no intestino e a partir dos 50 anos de idade todos devem fazer esse exame.
1. Sintomas
Os sintomas de pólipo no intestino podem ser:
- Mudança de hábito intestinal, que pode ser diarreia ou prisão de ventre;
- Presença de sangue nas fezes, que pode ser visto a olho nu ou detectado num exame de sangue oculto nas fezes;
- Dor ou desconforto abdominal como gases e cólicas intestinais.
O mais comum é que os pólipos intestinais causem sangramento após evacuar, sendo os restantes dos sintomas menos frequentes.
2. Exames
Em caso de suspeita de pólipos intestinais o médico pode solicitar exames como radiografia e colonoscopia, que é o exame que serve para visualizar as paredes internas do intestino. Após identificar um pólipo com menos de 0,5 cm o médico pode decidir não retira-lo e repetir o exame após 3 anos. Não há necessidade de realizar o exame anualmente porque os pólipos demoram cerca de 5 anos para crescer e se modificar. Veja como se preparar para a colonoscopia.
Os pólipos com mais de 1 cm geralmente são retirados durante a colonoscopia e são enviados para análise do patologista para saber se existem células cancerígenas ou não. Se houver células cancerígenas o médico deverá encaminhar o paciente para oncologista para que ele indique o tratamento necessário.
Após o resultado da primeira colonoscopia, o médico irá orientar o paciente quando o exame deverá ser realizado novamente. Em geral, deve-se repetir a colonoscopia:
Situação do paciente | Fazer novamente a colonoscopia após: |
Ausência de pólipos intestinais | 10 anos |
Pólipos hiperplásicos com menos de 1 cm | 10 anos |
1 ou 2 adenomas tubulares com menos de 1 cm | 5 anos |
3 a 10 adenomas tubulares | 3 anos |
10 ou mais adenomas | 1 ou 2 anos |
1 ou mais adenomas tubulares com mais de 1 cm | 3 anos |
1 ou mais adenomas vilosos ou túbulo-vilosos | 3 anos |
1 adenoma com sinais de displasia de alto grau | 3 anos |
Os médicos gastroenterologista e proctologista são os mais indicados para tratar os pólipos intestinais e durante uma consulta todas as dúvidas poderão ser esclarecidas pessoalmente, sendo uma boa forma de acalmar o paciente.
Veja O que falar para o médico na consulta para um diagnóstico mais rápido e um tratamento mais preciso.