Entenda o que é Morte cerebral
A morte cerebral é a incapacidade do cérebro de manter as funções vitais do organismo, como o paciente respirar sozinho, por exemplo. Um paciente é diagnosticado com morte cerebral quando ele apresenta sintomas como ausência total de reflexos, sendo mantido "vivo" somente com a ajuda de aparelhos, e é nesse momento que se pode fazer a doação de órgão, se for possível.
Além de promover o transplante de órgãos, em caso de morte cerebral, os familiares podem se despedir do paciente, o que pode trazer algum conforto. No entanto, crianças, idosos e pessoas com problemas de coração ou que não podem se emocionar não devem entrar em contato com este paciente.
O que pode causar morte cerebral
A morte cerebral pode ser causada por inúmeras causas, como por exemplo:
- Traumatismo craniano;
- Falta de oxigênio no cérebro;
- Parada cardiorrespiratória;
- Derrame (AVC);
- Inchaço no cérebro,
- Aumento da pressão intra craniana;
- Tumores;
- Overdose;
- Falta de glicose no sangue.
Estas e outras causas levam ao aumento do tamanho do cérebro ( edema cerebral), que associado a impossibilidade de expansão devido ao crânio, leva à compressão, à diminuição da atividade cerebral e à danos irreversíveis no sistema nervoso central.
Como saber se é morte cerebral
Os sinais que indicam que se trata de uma morte cerebral e que a pessoa não irá se recuperar são:
- Ausência da respiração;
- Ausência de dor à estímulos como picar uma agulha no corpo ou mesmo dentro dos olhos do paciente;
- Pupilas não reagentes
- Não deve haver hipotermia e hipotensão deve mostrar ausência de sinais.
Contudo, se a pessoa estiver ligada à aparelhos, eles podem manter sua respiração e seus batimentos cardíacos, mas as pupilas não serão reagentes e este será um indício de morte cerebral. O diagnóstico deve ser feito por dois médicos diferentes, em dois dias diferentes, mediante a observação dos sintomas acima citados para nao haver margem para erros.
Quanto tempo dura a morte cerebral
O paciente em morte cerebral pode ser mantido "vivo" enquanto os aparelhos estiverem ligados. No momento em que os aparelhos são desligados, o paciente é verdadeiramente dito como morto, e neste caso, desligar os aparelhos não é considerado eutanásia, pois o paciente não tem chances de sobreviver.
O paciente pode ser mantido "vivo" através dos aparelhos por quanto tempo a família desejar. Embora só seja desejado que o paciente seja mantido neste estado por algum tempo se ele for doador de órgãos, para garantir a retirada dos órgãos para posterior transplante em outro paciente. Saiba como é feito o transplante de coração, por exemplo.