Frequência cardíaca na infância: Valores normais e o que altera
Os batimentos cardíacos no bebê e na criança são normalmente mais rápidos que nos adultos, e isso não representa nenhum motivo de preocupação. Algumas situações que podem fazer o coração do bebê bater mais acelerado que o normal são em caso de febre, choro ou durante brincadeiras que exijam esforço.
Em todo caso é bom observar se estão presentes outros sintomas como alteração na cor da pele, tontura, desmaio ou respiração forte, porque podem ajudar a identificar o que está acontecendo. Assim, se os pais observarem alguma alteração destas devem falar com o pediatra para uma avaliação minuciosa.
Tabela da frequência cardíaca normal na criança
A tabela a seguir indica as variações normais da frequência cardíaca desde recém-nascido até os 18 anos de idade:
Idade | Variação | Média normal |
Recém nascido pré-maturo | 100 a 180 bpm | 130 bpm |
Bebê recém-nascido | 70 a 170 bpm | 120 bpm |
1 à 11 meses: | 80 a 160 bpm | 120 bpm |
1 à 2 anos: | 80 a 130 bpm | 110 bpm |
2 à 4 anos: | 80 a 120 bpm | 100 bpm |
4 à 6 anos: | 75 a 115 bpm | 100 bpm |
6 'a 8 anos: | 70 a 110 bpm | 90 bpm |
8 à 10 anos: | 70 a 110 bpm | 90 bpm |
12 a 17 anos: | 60 a 110 bpm | + 65 bpm |
*bpm: batimentos por minuto. |
Os batimentos cardíacos podem ser considerados como sendo:
- Taquicardia: quando a frequência cardíaca está mais alta que o normal para a idade: acima de 120 bpm nas crianças, e acima de 160 bpm em bebês com até 1 ano;
- Bradicardia: quando a frequência cardíaca está mais baixa que o desejado para a idade: abaixo de 80 bpm, nas crianças e abaixo de 100 bpm em bebês com até 1 ano.
Para se certificar de que os batimentos cardíacos estão alterados no bebê e na criança deve-se deixa-la em repouso durante, pelo menos, 5 minutos e depois verificar usado um medidor de frequência cardíaca no pulso ou no dedo, por exemplo. Saiba mais detalhes de como medir os batimentos cardíacos.
O que altera a frequência cardíaca na criança
Normalmente os bebês possuem os batimentos cardíacos mais acelerados que um adulto, e isso é completamente normal. No entanto, existem certas situações que fazem com que a frequência cardíaca aumente ou diminua, como por exemplo:
O que aumenta os batimentos cardíacos:
As situações mais comuns são febre e choro, mas existem outras situações mais graves, como falta de oxigênio no cérebro, em caso de dor forte, anemia, algumas doenças cardíacas ou depois de uma cirurgia cardíaca.
O que diminui os batimentos cardíacos:
Essa é uma situação mais rara, mas que pode acontecer quando existe alterações congênitas no coração que afetam o marca-passo cardíaco, bloqueios no sistema de condução, infecções, apneia do sono, hipoglicemia, hipotireoidismo materno, lúpus eritematoso sistêmico, sofrimento fetal, doenças do sistema nervoso central do feto ou elevação da pressão intracraniana, por exemplo.
O que fazer quando a frequência cardíaca está alterada
Em muitos casos, o aumento ou a diminuição dos batimentos cardíacos na infância não são graves e não indicam uma doença cardíaca que tenha muito significado, mas ao observar que os batimentos cardíacos do bebê ou da criança estão alterados, os pais devem leva-la ao hospital para que seja avaliada.
Nos casos mais graves, geralmente estão presentes outros sintomas como desmaio, cansaço, palidez, febre, tosse com catarro e alteração na cor da pele que pode parecer mais azulada.
Com base nisso os médicos deverão realizar exames para identificar o que o bebê apresenta para indicar o tratamento, que poderá ser feito com a toma de remédios para combater a causa da alteração na frequência cardíaca, ou até mesmo, cirurgia.
Sinais de alerta para ir ao pediatra
O pediatra geralmente avalia o funcionamento do coração logo depois do nascimento e também nas primeiras consultas do bebê, que são realizadas a cada mês. Por isso, se houver alguma alteração cardíaca importante o médico pode descobrir numa consulta de rotina, mesmo que não estejam presentes outros sintomas.
Mas quando o bebê ou a criança apresentam os seguintes sintomas, deve-se ir ao médico o quanto antes, se:
- O coração está batendo muito mais rápido que o normal;
- O bebê ou criança tiver pálido, desmaiar ou se ficar muito mole;
- A criança diz que o coração está batendo muito rápido sem ter efeito nenhum esforço, nem exercício físico;
- O bebê ou criança desmaiar, ou dizer que se sente fraco ou com tonturas.
Estes casos devem ser sempre avaliados por um pediatra, que poderá solicitar exames para avaliar o coração do bebê ou da criança, como eletrocardiograma, por exemplo.