O que é Transtorno da Derpersonalização e como tratar
O transtorno de despersonalização, ou síndrome de despersonificação, é uma doença em que a pessoa se sente desconectada do seu próprio corpo, como se fosse um observador externo de si mesmo. É comum que também haja sintomas de desrealização, o que significa uma alteração da percepção do ambiente que envolve, como se tudo o que está ao redor fosse irreal ou artificial.
Esta síndrome pode surgir de forma súbita ou gradual, e apesar de poder surgir em pessoas saudáveis, em situações de estresse, cansaço intenso ou consumo de drogas, está muito associada a doenças psiquiátricas, como depressão, transtornos de ansiedade ou esquizofrenia, ou doenças neurológicas como epilepsia, enxaqueca ou lesões no cérebro.
Para tratar o transtorno de despersonificação, é necessário acompanhamento com psiquiatra, que irá orientar o uso de remédios como antidepressivos e ansiolíticos, assim como psicoterapia.
Principais sintomas
No transtorno de despersonalização e desrealização, a pessoa processa suas emoções de forma alterada, desenvolvendo sintomas como:
- Sensação de que é um observador externo do seu corpo ou que o corpo não lhe pertence;
- Noção de que está separado de si próprio e do ambiente;
- Sensação de estranheza;
- Se olhar no espelho e não se reconhecer;
- Ficar em dúvida se algumas coisas realmente aconteceram com elas ou se elas apenas sonharam ou imaginaram estas coisas.
- Estar em algum lugar e não saber como chegou ou ter feito algo e não se lembrar como;
- Não reconhecer alguns membros da família ou não lembrar de eventos importantes da vida;
- Não ter emoções ou ser capaz de sentir dor, em certos momentos;
- Sentir-se como se fossem duas pessoas diferentes, porque mudam muito seu comportamento de uma situação para outra;
- Sentir-se como se tudo estivesse embaçado, de tal forma que as pessoas e as coisas parecem estar longe ou pouco nítidas, como se sonhasse acordado.
Assim, nesta síndrome, a pessoa pode ter a sensação de que está sonhando acordado ou que o que está vivendo não é real, por isso, é comum que está síndrome seja confundida com acontecimentos sobrenaturais.
O início do distúrbio pode ser súbito ou gradual, sendo comum haver outros sintomas psiquiátricos como alterações do humor, ansiedade e outros distúrbios psiquiátricos. Em certos casos, a despersonalização pode apresentar episódios únicos, por meses ou anos e, posteriormente, torna-se contínua.
Como confirmar
Em caso de sintomas que indiquem o transtorno de despersonalização, é necessário consultar-se com o psiquiatra, que poderá confirmar o diagnóstico ao avaliar a intensidade e a frequência destes sintomas.
É importante lembrar que não é incomum que alguns dos sintomas que indicam esta síndrome possam acontecer isoladamente, uma vez ou outra, entretanto, caso sejam persistentes ou aconteçam sempre, é necessário preocupar-se.
Quem tem mais risco
A síndrome de despersonalização é mais comum em pessoas que apresentam os seguintes fatores de risco:
- Depressão;
- Síndrome do pânico;
- Esquizofrenia;
- Doenças neurológicas, como epilepsia, tumor cerebral ou enxaqueca;
- Estresse intenso;
- Maus tratos emocionais;
- Longos períodos de privação do sono;
- Traumas na infância, sobretudo maus-tratos ou abusos físicos e psicológicos.
Além disso, este transtorno também pode ser derivado do consumo de drogas, como cannabis ou outras drogas alucinógenas. É importante lembrar que as drogas, em geral, estão muito associadas ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Entenda quais são os tipos de drogas e suas consequências para a saúde.
Como é feito o tratamento
O transtorno de despersonalização tem cura, e o seu tratamento é orientado pelo psiquiatra e psicólogo. A psicoterapia é a principal forma de tratamento, e inclui técnicas de psicanálise e terapias cognitivo-comportamental, por exemplo, que são muito importantes para controle das emoções e diminuição dos sintomas.
O psiquiatra também poderá prescrever medicamentos que ajudam a controlar a ansiedade e as alterações do humor, com medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, como Clonazepam, Fluoxetina ou Clomipramina, por exemplo.