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Corrente russa: realmente emagrece (ou você está sendo enganado?)

A corrente russa é um aparelho de eletroestimulação que promove uma contração dos músculos promovendo um aumento da força e aumento do volume muscular.

Esse equipamento é mais utilizado na fisioterapia, na reabilitação de pessoas que não conseguem contrair os músculos de forma efetiva, como acontece com pessoas que tiveram um AVC, ou em casos de paraplegia, por exemplo, mas também pode ser usado para melhorar a performance de atletas, e para fins estéticos para fortalecer os abdominais, glúteos e pernas, desde que seja usado corretamente.

Corrente russa: realmente emagrece (ou você está sendo enganado?)

Corrente russa: realmente emagrece (ou você está sendo enganado?)

A corrente russa serve para emagrecer?

A corrente russa vem sendo usado na estética para melhorar a aparência da barriga, pernas e glúteos, no entanto, ela não é tão eficaz quanto a prática do exercício físico, porque as contrações realizadas pelo equipamento não são exatamente iguais as que o corpo consegue fazer. Assim, esse equipamento nunca deverá substituir a prática do exercício físico.

A verdade é que a corrente russa consegue recrutar mais fibras musculares durante seu uso, desde que a pessoa realize uma contração muscular ao mesmo tempo em que acontece o estímulo elétrico. Dessa forma, seria mais sensato usar a corrente russa numa academia de ginástica ou num centro de reabilitação, por exemplo.

Como usar a corrente russa para chapar a barriga

Acredita-se que 10 minutos de corrente russa na barriga corresponda a mais de 400 abdominais tradicionais, mas para que a corrente russa seja realmente eficaz é importante contrair o abdômen ao mesmo tempo, porque assim todas as fibras do músculo reto abdominal podem ser trabalhadas. O mesmo não acontece se a pessoa usar o equipamento num centro de estética, de forma totalmente passiva.

Assim, uma excelente forma de fortalecer os abdominais, tirando melhor proveito da corrente russa é posicionar os eletrodos no reto abdominal e fazer 2 minutos do exercício prancha abdominal, por exemplo, com no mínimo 3 repetições desse exercício.

Uma série como essa é capaz de realmente fortalecer o abdômen, tendo efeito satisfatório, mas somente se a pessoa realizar a contração ao mesmo tempo. O uso da corrente russa de forma totalmente passiva, ou seja, sem contração muscular voluntária ao mesmo tempo, não é eficaz e não trará qualquer efeito significativo para o corpo.

Como funciona a corrente russa

O aparelho de corrente russa é composto de várias pequenas almofadinhas que são os eletrodos que devem ser posicionados estrategicamente no meio do músculo da região que está sendo tratada, mas sempre respeitando princípios, como não colocar ao mesmo tempo em músculos agonistas ou antagonistas, devendo por isso, ser posicionada por um fisioterapeuta ou preparador físico.

O aparelho irá promover um estímulo semelhante ao que o cérebro envia para os músculos, o que gera uma contração involuntária do músculo, mas para que possa tirar melhor proveito desse equipamento, sempre que este estímulo elétrico acontecer, o indivíduo deve contrair o músculo ao mesmo tempo.

Quais os resultados da corrente russa

Como resultados da corrente russa, pode-se esperar um aumento do volume muscular, diminuição da flacidez, melhora da circulação sanguínea, melhora da drenagem linfática, maior facilidade ao realizar movimentos e maior destreza ao realizar movimentos delicados. No entanto estes resultados são mais vistos quando a pessoa apresenta inicialmente fraqueza muscular causada por um derrame, ou segue um programa de exercícios físicos que deve ser realizado ao mesmo tempo de uso do equipamento.

Os melhores resultados são observados quando a corrente russa:

  • É usada para combater a atrofia muscular em pessoa acamadas ou em recuperação;
  • É usada para melhorar a performance de atletas;
  • É usada para fins estéticos, como complemento da atividade física e alimentação adequada.

Quando se trata de uma pessoa saudável, que apenas é sedentária e não pratica nenhum tipo de atividade física, quando a contração voluntária não acontece, pode-se notar um pequeno aumento da força e do tônus muscular, havendo pouquíssimo aumento no volume muscular, e por isso a corrente russa nunca poderá substituir a prática de exercícios como a musculação.

Quantas sessões de corrente russa fazer?

O número ideal de sessões de corrente russa a se fazer depende muito da situação muscular de cada indivíduo. Indivíduos muito flácidos ou em caso de atrofia muscular necessitam de um número maior de sessões, que podem ser realizadas diariamente, com a duração de, aproximadamente, 10 a 15 minutos por área tratada.

Para fins estéticos e atléticos o número de sessões varia de acordo com a necessidade que a pessoa apresenta, sendo o ideal praticar exercícios, pelo menos, 5 vezes por semana, usando a corrente russa nos músculos específicos que precisam de uma contração muscular mais forte.

Durante o tratamento deve-se sentir uma espécie de formigamento inicialmente e a seguir, ao aumentar a intensidade do equipamento, deve-se observar a contração muscular, sendo indicado permanecer dentro do limite confortável para que as contrações não provoquem dor. Ao contrair os músculos ao mesmo tempo que a corrente russa está ligada, é possível recrutar mais fibras musculares, o que aumenta a eficiência do tratamento e o limite de dor.

Quando não se deve usar

Apesar de ser um excelente tratamento para fortalecer os músculos, a corrente russa não deve ser usada nas seguintes situações:

  • Em indivíduos que possuem marcapasso ou doença cardíaca para não alterar os batimentos cardíacos;
  • Em pessoas que sofrem com epilepsia porque pode desencadear uma crise eplética;
  • Em caso de doença mental porque a pessoa pode retirar os eletrodos do lugar;
  • Em caso de hipertensão arterial de difícil controle porque a pressão pode ficar muito alterada;
  • Durante a gravidez não deve ser posicionado sobre o abdômen;
  • Não deve ser aplicado nas pernas com grandes varizes;
  • Não deve ser usado durante um episódio de Flebite ou Trombose venosa profunda;
  • Em caso de lesão muscular, ligamentar, nos tendões ou em caso de fratura da área a ser tratada.