Como é feito o Tratamento para Escoliose
O tratamento para a escoliose depende da idade da pessoa e do grau de escoliose que ela possui. Quando ela é diagnosticada ainda em bebê e em crianças e é considerada grave, uma boa opção é utilizar o colete ortopédico, sob a orientação de um ortopedista.
Mas quando ela é descoberta em adolescentes ou adultos, muitos podem beneficiar-se da fisioterapia que pode ser uma grande ajuda sendo capaz até mesmo de curar completamente a escoliose. Nos casos considerados muito graves, quando a pessoa tem mais de 36 graus, devem ser tratados com cirurgia.
Na maior parte das vezes a pessoa se beneficia com a natação para fortalecer todos os músculos principalmente das costas fazendo com que a postura fique mais correta e isso traga algum benefício a mais. Evitar ficar sentado de mau jeito, ou deitado num sofá desleixadamente assim como evitar andar de moto são algumas dicas importantes à se ter atenção para evitar o agravamento da doença.
Fisioterapia para escoliose
Na fisioterapia podem ser realizados diversos exercícios com o objetivo de realinhar a coluna e para isso deve-se saber qual é o lado da escoliose para que o lado que está mais encurtado, seja alongado e para que o lado que está mais alongado possa ser fortalecido. No entanto, os dois lados do tronco devem ser trabalhados ao mesmo tempo.
A fisioterapia deve ser realizada diariamente, podendo ser feita 2 a 3 vezes por semana na clínica e todos os outros dias em casa, realizando os exercícios indicados pessoalmente pelo fisioterapeuta.
Uma boa técnica para curar a escoliose são os exercícios de correção postural através do RPG, que é Reeducação Postural Global. Esta técnica utiliza várias posturas e exercícios isométricos que visam realinhar a coluna trazendo grandes benefícios para a diminuição da escoliose e das dores nas costas.
As manipulações vertebrais através do método quiroprático também podem auxiliar a diminuir a pressão da coluna e no realinhamento e podem ser usadas 1 vez por semana, após uma sessão de fisioterapia.
Colete ortopédico
O uso do colete ortopédico deve ser indicado pelo ortopedista e é indicado para quando a escoliose tem entre 20 e 35 graus. Nesse caso, o colete deve ser usado durante todo o tempo, e deve ser retirado somente para tomar banho e para fazer fisioterapia.
Ele geralmente é colocado em crianças com mais de 4 anos de idade ou adolescentes e pode ser necessário passar anos com ele para que a curvatura da coluna seja normalizada. Não é indicado usar colete quando a curvatura é maior que 60 graus e entre 40 e 60 graus ele só é indicado quando não é possível realizar a cirurgia.
O uso do colete força a coluna a ficar centralizada e evita a cirurgia, sendo eficaz na maioria dos casos, mas para que tenha o efeito esperado deve-se usar o colete por pelo menos 23 horas por dia, até que o adolescente alcance a altura final, por volta dos 18 anos de idade.
O colete pode apoiar somente a coluna lombar, a coluna lombar e a torácica ou a coluna lombar, torácica e cervical, dependendo da necessidade de cada pessoa.
Cirurgia na coluna
A cirurgia é indicada quando a pessoa tem mais de 36 graus de escoliose e consiste em colocar alguns parafusos ortopédicos para posicionar a coluna da forma mais ereta possível, mas na maioria das vezes ainda assim não é possível deixar a coluna completamente centralizada, mas é possível melhorar muitas deformidades.
Sinais de melhora e piora
Os sinais de piora da escoliose incluem aumento da inclinação da coluna, dor nas costas, contraturas e quando a escoliose afeta a parte final da coluna, pode haver sintomas de comprometimento do nervo ciático como dor que irradia para pernas, sensação de queimação ou formigamento nos glúteos ou pernas. Quando afeta mais a parte do meio da coluna, pode comprometer até mesma a respiração, porque o pulmão pode ter mais dificuldade para expandir e se encher de ar.
Os sinais de melhora chegam quando o tratamento é iniciado e inclui a diminuição de todos estes sinais e sintomas.
Complicações
Se o indivíduo não tratar a escoliose esta poderá evoluir e causar muita dor nas costa, no pescoço ou no final da coluna, além de contraturas musculares. Quando a inclinação é grande pode haver outras complicações como hérnia de disco, espondilolistese, que é quando uma vértebra escorrega sozinha para frente ou para trás, pressionando estruturas importantes da coluna e também pode haver falta de ar porque o pulmão não consegue se expandir o suficiente.