As causas do aborto espontâneo são muito variadas mas podem envolver a idade da mulher, infecções causadas por vírus ou bactérias, estresse, uso de cigarro e também devido o uso de drogas. A dor abdominal forte e o sangramento vaginal durante a gravidez são os principais sintomas de abortamento espontâneo. Conheça outros sinais e o que fazer em caso de suspeita, clicando aqui.
Indicamos aqui as causas mais comuns de interrupção involuntária da gravidez, uma situação que pode ocorrer em qualquer grávida até a 20ª semanas de gestação.
A formação do útero da mulher é responsável por até 10% dos abortos que ocorrem de forma espontânea e dentro destas alterações, a mais comum é uma situação chamada insuficiência do ístimo-cervical. Outras possíveis causas relacionadas ao útero são quando a mulher possui: útero bicorno, septado, arqueado, deformação no endométrio causada pela presença de pólipos ou miomas que dificultam a implantação do embrião no útero.
Como tratar: Em alguns casos pode ser preciso realizar uma cirurgia para melhorar a anatomia do útero, permitindo uma gravidez saudável até o nascimento do bebê.
A falta de progesterona é a causa mais comum de aborto causado por alteração hormonal. Isto pode acontecer quando a mulher usa medicamentos hormonais sem orientação médico durante a gestação
Como tratar: Tomar remédios que regulam a quantidade de progesterona na corrente sanguínea.
As alterações da tireoide que podem causar aborto espontâneo são hipertireoidismo, hipotireoidismo e também a presença de anticorpos anti-tireoidianos.
Como tratar: O hipotireoidismo pode ser tratado com o uso de medicamentos como o Propiltiuracil. Os corticoides podem ser úteis para tratar os anticorpos anti-tireoidianos.
As mulheres que possuem esta síndrome tem dificuldade para ovular e podem não ovular todos os meses e além disso, tem quase 50% de chance de ter um aborto espontâneo
Quando os cromossomos do pai e da mãe não ficam bem formados e dão origem a um embrião com alguma alteração cromossômica, o corpo da mulher pode rejeitar este embrião, levando ao aborto espontâneo. Neste caso, o pai e a mãe estão bem de saúde e não encontram nenhuma razão para a perda do bebê, mas esta causa representa 50% dos abortos espontâneos.
Algumas doenças que aumentam o risco de aborto são as doenças sexualmente transmissíveis como clamídia, sífilis, micoplasma e outras doenças como brucelose e gonococos.
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas durante a gestação e a exposição à fumaça do cigarro e o consumo excessivo de alimentos ricos em cafeína como café, chá-preto e coca-cola também estão relacionados ao aumento de casos de aborto espontâneo. A quantidade ideal de cafeína que pode ser consumida na gestação pode ser vista aqui.
Quando o pai possui alguma doença autoimune existe um maior risco de aborto, mesmo que o casal tenha uma boa saúde e esteja com todos os exames normais. Neste caso o corpo da mulher reage à presença do embrião com um ser estranho, que começa a ser atacado, levando ao aborto.
Tomar remédios sem orientação médica também pode causar aborto. Veja os exemplos de remédios que podem causar aborto clicando aqui.
Estar muito abaixo do peso ideal assim como estar muito acima do peso também pode aumenta o risco de aborto porque o corpo pode entender que não está nas melhores condições para o bom desenvolvimento do bebê.
Se apresentar sinais e sintomas como dor abdominal intensa e perda de sangue pela vagina, especialmente após o contato íntimo deve ir ao médico para realizar exames como o ultrassom para verificar se o bebê e a placenta estão bem.
O médico poderá indicar que a mulher fique de repouso e evite o contato íntimo por 15 dias, mas também pode ser preciso tomar remédios analgésicos e antiespasmódicos para relaxar o útero e evitar as contrações que levam ao aborto.
A forma de tratamento varia conforme o tipo de aborto que a mulher apresenta, podendo ser:
Ocorre quando o feto morre e é completamente eliminado do útero, neste caso não é necessário realizar nenhum tratamento específico. O médico poderá fazer uma ultrassonografia para verificar se o útero está limpo.
Ocorre quando o feto morre mas não é totalmente eliminado do útero, havendo restos fetais ou placentares dentro do útero da mulher. Neste caso o médico pode indicar o uso de remédios como Cytotec para eliminação completa e a seguir poderá realizar uma curetagem ou aspiração manual ou com vácuo, para remover os restos de tecidos e limpar o útero da mulher, prevenindo infecções.
Quando há sinais de infeção uterina como odor fétido, corrimento vaginal, intensa dor abdominal, batimento cardíaco acelerado e febre, o que normalmente é causado por abortos provocados de forma clandestina, o médico pode prescrever antibióticos em forma de injeção e raspagem uterina. Nos casos mais graves pode ser necessário retirar o útero para salvar a vida a mulher.
Após sofrer um aborto a mulher deve receber apoio psicológico profissional, da família e dos amigos para se recuperar emocionalmente do trauma causado pela perda do bebê.
A mulher poderá voltar a tentar engravidar após 3 meses do aborto, esperando que a menstruação volte ao normal, tendo pelo menos 2 ciclos menstruais ou após este período quando se sentir novamente segura para tentar uma nova gravidez.