O que é cardiomiopatia hipertrófica e como tratar
A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença grave que leva ao aumento da espessura do músculo cardíaco, deixando-o mais rígido e com maior dificuldade em bombear o sangue, podendo levar à morte.
Embora a cardiomiopatia hipertrófica não tenha cura, o tratamento ajuda a aliviar os sintomas e a evitar o agravamento do problema, prevenindo complicações como fibrilação auricular e, até, parada cardíaca, por exemplo.
Veja 12 sinais que podem indicar problemas no coração.
Principais sintomas
Na maior parte dos casos, a cardiomiopatia hipertrófica não apresenta qualquer sinal ou sintoma, sendo, muitas vezes, identificada num exame de rotina ao coração. Porém algumas pessoas podem sentir:
- Sensação de falta de ar, especialmente ao fazer esforços físicos;
- Dor no peito, principalmente durante o exercício físico;
- Palpitações ou sensação de batimentos cardíacos rápidos;
Assim, quando surge algum destes sintomas é aconselhado ir no médico para fazer os exames necessários, como ecocardiografia ou raio X do tórax, que ajudam a identificar o problema e iniciar o tratamento adequado.
Normalmente, com o avançar da idade e do endurecimento do coração, também é comum que surja pressão alta e até arritmias, devido à alteração dos sinais elétricos no músculo cardíaco.
Porque acontece
A cardiomiopatia hipertrófica normalmente é causada por uma alteração genética que provoca o desenvolvimento excessivo do músculo cardíaco, que se torna mais espesso que o normal.
A alteração que provoca esta doença pode passar de pais para filhos, existindo 50% de chances de os filhos nascerem com o problema, mesmo que a doença só afete um dos pais.
Como é feito o tratamento
Assim, o cardiologista normalmente inicia o tratamento com o uso de remédios como:
- Remédios para relaxar o coração, como Metoprolol ou Verapamil: diminuem o estresse sobre o músculo cardíaco e diminui a frequência cardíaca, permitindo que o sangue seja bombeado de forma mais eficaz;
- Remédios para controlar o ritmo cardíaco, como Amiodarona ou Disopiramida: mantêm o ritmo cardíaco estável, evitando excesso de trabalho pelo coração;
- Anticoagulantes, como Varfarina ou Dabigatrano: são usados quando existe fibrilhação auricular, para evitar a formação de coágulos que podem provocar infarto ou AVC;
Porém, quando o uso destes medicamentos não é capaz de aliviar os sintomas, o médico pode utilizar a cirurgia para retirar um pedaço do músculo cardíaco que separa os dois ventrículos do coração, facilitando a passagem do sangue e diminuindo o esforço sobre o coração.
Já nos casos mais graves, em que existe um grande risco de parada cardíaca devido a arritmia, pode ser necessário implantar um marcapasso no coração, que produz choques elétricos capazes de regular o ritmo cardíaco. Entenda melhor como funciona o marcapasso.