Quais são os Exames do 3º Trimestre de gestação
Os exames do terceiro trimestre, que compreende a 27ª semana de gestação até o nascimento, servem para verificar o desenvolvimento do bebê e para se certificar de que não haverá problemas durante o parto.
Nesta fase final da gravidez, além dos exames, os pais devem também se preparar para o parto e, por isso, devem começar a comprar todos os itens que vão ser necessários para as primeiras semanas, assim como fazer um curso de preparação para o parto, de forma a saber como agir no momento em que estoura a bolsa de água e também aprender a fazer os primeiros cuidados ao bebê.
No final da gravidez, a partir da 32ª semana de gestação, a mala com o enxoval da mamãe e do bebê devem estar prontas, à porta de casa ou no porta-malas do carro, para uma eventual necessidade. Veja o que deve contar a mala do enxoval.
Os exames que devem ser realizados no terceiro trimestre de gravidez incluem:
1. Ultrassom fetal
- Quando fazer: pode ser feito em qualquer momento da gravidez e mais do que uma vez.
O ultrassom é um dos exames mais feitos durante toda a gestação, pois permite avaliar o desenvolvimento do bebê dentro do útero, assim como perceber se existe algum problema com a placenta. Além disso, este exame também ajuda a prever com maior precisão a data provável do parto.
Enquanto em algumas mulheres, este exame pode ser feito apenas uma vez, em outras, ele pode ser repetido regularmente, especialmente se existir alguma situação especial como gravidez múltipla ou sangramento vaginal em algum momento da gravidez.
2. Pesquisa da bactéria streptococcus B
- Quando fazer: normalmente entre as 35 e 37 semanas de gravidez.
A bactéria streptococcus B é bastante comum no trato reprodutivo e, geralmente, não provoca qualquer tipo de problema ou sintoma na mulher. Porém, quando esta bactéria entra em contato com o bebê durante o parto, pode causar infecções graves como meningite, pneumonia ou até uma infecção de todo o corpo.
Por isso, para evitar esse tipo de complicações, o obstetra geralmente faz um teste no qual passa um cotonete na região genital da mulher, que depois é analisado em laboratório para identificar se existem bactérias do tipo streptococcus B. Caso o resultado seja positivo, normalmente a grávida precisa fazer antibióticos durante o parto para diminuir o risco de passar a bactéria para o bebê.
3. Perfil biofísico do bebê
- Quando fazer: é comum após a 28ª semana de gestação.
Este teste permite avaliar os movimentos do bebê, assim como a quantidade de líquido amniótico. Dessa forma, se algum destes valores estiver errado, pode significar que o bebê está passando por algum problema e pode precisar fazer um parto precoce.
4. Monitoramento do batimento cardíaco fetal
- Quando fazer: pode ser feito em qualquer momento após as 20 semanas.
Este exame avalia o ritmo cardíaco do bebê dentro do útero e ajuda a identificar se existe algum problema com o seu desenvolvimento. Este tipo de monitoramento também é feito durante o parto para garantir que tudo está correndo bem, e também pode ser feito várias vezes após a 20ª semana de gestação.
5. Cardiotocografia
- Quando fazer: após as 32 semanas de gravidez.
A cardiotocografia é feita para avaliar os batimentos cardíacos e os movimentos do bebê e, para isso, o médico coloca um sensor na barriga da mãe que capta todos os sons. Este exame demora entre 20 a 30 minutos e pode ser feito várias vezes após as 32 semanas, sendo indicado fazer 1 vez por mês em casos de gravidez de risco.
6. Avaliação da pressão arterial da grávida
- Quando fazer: em todas as consultas.
A avaliação da pressão arterial é muito importante nas consultas de pré-natal pois ajuda a manter a pressão arterial bem monitorada, evitando o surgimento de pré-eclâmpsia. Geralmente, quando a pressão está muito elevada a gestante deve fazer alterações na sua alimentação e praticar exercício físico regularmente. Porém, se isso não for suficiente, o médico pode aconselhar o uso de alguns medicamentos.
Entenda melhor o que é a pré-eclâmpsia e como é feito o tratamento.
7. Teste de estresse durante a contração
- Quando fazer: não é feito em todos os casos, sendo decidido pelo médico.
Este exame é muito semelhante à cardiotocografia, pois também avalia os batimentos cardíacos do bebê, no entanto, faz essa avaliação enquanto acontece uma contração. Essa contração geralmente é provocada pelo médico através da injeção de ocitocina diretamente no sangue.
Este exame ajuda também a avaliar a saúde da placenta, já que durante uma contração a placenta deve ser capaz de manter o fluxo de sangue correto, mantendo o ritmo cardíaco do bebê. Caso isso não aconteça, o batimento do bebê diminui, e, por isso, o bebê pode não aguentar o estresse do trabalho de parto, podendo ser necessário fazer uma cesárea.
Além destes exames, o médico poderá solicitar outros, dependendo do histórico de saúde da gestantes e do desenvolvimento de doenças durante a gestação, especialmente para detectar doenças sexualmente transmissíveis como a gonorreia e clamídia, que podem causar problemas como parto prematuro e diminuição do desenvolvimento do feto. Veja quais são as 7 DSTs mais comuns na gravidez.