Dor na vagina: o que pode ser e o que fazer
A dor na vagina é comum de acontecer e geralmente não significa nada muito grave. Por possuir causas variadas, assim que a dor começar, deve-se prestar atenção aos hábitos e alguns sintomas, como dor ou ardor ao urinar, vermelhidão na região íntima, vagina inchada, presença de feridas, caroços ou verrugas e sangramentos fora do período menstrual. Dessa forma, assim que surgirem os primeiros sintomas, deve-se ir ao ginecologista.
Já na gravidez, a dor na vagina é comum e não representa nenhum risco para a mãe ou para o bebê. Geralmente surge a partir do terceiro trimestre, que é quando o bebê, que já está praticamente formado, começa a fazer pressão nos órgãos da mãe, principalmente no útero, causando dor. Veja o que acontece no terceiro trimestre de gravidez.
1. Uso de roupas apertadas
O uso de roupas apertadas geralmente é a principal causa de dor na vagina. Isso porque as roupas muito apertadas e de tecido sintético impedem que haja passagem de ar para a região íntima da mulher, aumentando a temperatura e a umidade do local, o que favorece a proliferação de fungos e bactérias. A consequência do uso de roupas apertadas é percebido quando a mulher apresenta os primeiros sintomas de uma infecção urinária ou vaginal, que são dor e ardência ao urinar.
O que fazer: Deve-se ir ao ginecologista ou urologista para que seja determinada a causa e, assim, ser estabelecido o tratamento. É aconselhado usar roupas mais leves, bem arejadas e que não sejam de tecido sintético, além de optar por calcinhas de algodão. Dormir sem calcinha é uma boa alternativa, pois evita que a região passe tanto tempo abafada.
2. Infecções urinárias
As mulheres possuem grande chance de terem mais de uma infecção urinária durante a vida. Isso porque a uretra feminina é curta e a distância entre a vagina e o ânus é pequena, o que favorece a migração e proliferação de fungos e bactérias. As infecções urinárias geralmente acontecem quando não há boa higienização da região íntima ou com o uso de roupas apertadas que fazem com que a vagina fique abafada.
A mulher com infecção urinária normalmente tem muita vontade de ir ao banheiro, mas não consegue eliminar muita urina e, além disso, pode sentir dor, ardência ou coceira na vagina. Saiba quais são os sintomas da infecção urinária.
O que fazer: Ao se notar os primeiros sintomas da infecção urinária, deve-se ir ao urologista ou ginecologista para que se possa identificar o agente causador da infecção e iniciar o tratamento. Além disso, é importante ter atenção à higienização da região íntima. O tratatamento geralmente é feito com antibióticos, como amoxicilina ou ciprofloxacino, por exemplo.
Alguns remédios naturais podem ajudar a evitar e tratar a infecção urinária, mas não excluem o uso dos antibióticos. Saiba mais sobre o tratamento caseiro para infecção urinária.
3. Reações alérgicas
Algumas mulheres têm sensibilidade aumentada a alguns produtos, como sabonete, amaciante utilizado para lavar calcinha, absorvente, papel higiênico ou algum tipo de preservativo. As reações alérgicas podem ser notadas a partir do inchaço, vermelhidão, coceira, dor ou ardência na vagina.
O que fazer: É importante identificar o que causa a alergia e evitar fazer uso desse produto. O ginecologista poderá indicar o uso de algum medicamento, como por exemplo pomadas anti-inflamatórias, que devem ser utilizadas na região que foi sensibilizada.
4. Doenças sexualmente transmissíveis
As doenças sexualmente transmissíveis, ou DSTs, são doenças causadas por microrganismos e que podem acontecer por meio do contato íntimo desprotegido e quando se tem mais de um parceiro no mesmo período de tempo. As DSTs manifestam-se por meio de vermelhidão, pequenas feridas, caroços ou verrugas na região íntima, ardência ao urinar, corrimento vaginal e dor na vagina. Saiba quais são os principais sintomas de DSTs nas mulheres.
O que fazer: Na presença de sintomas que sejam indicativos de DST, deve-se ir ao ginecologista para que seja confirmado o diagnóstico, através da avaliação dos sintomas ou observação dos órgãos genitais, e que seja iniciado o tratamento adequado. Normalmente o tratamento é feito com o uso de antibióticos, antifúngicos ou antivirais a depender do microrganismo causador da doença.
Apesar de algumas DSTs serem curáveis com o tratamento, é importante usar preservativo nas relações sexuais e evitar o contato íntimo com mais de um parceiro. Saiba tudo sobre DSTs.
5. Presença de cistos
Alguns cistos podem alterar a anatomia da vagina e levar à dor, como o cisto no ovário, que é uma bolsa cheia de líquidos que se forma dentro ou ao redor do ovário. Além do cisto no ovário, alguns cistos na vagina também podem causar dor, como o cisto de Bartholin e o cisto de Skene, que são cistos formados em glândulas que estão localizadas na vagina. Saiba mais sobre o cisto de Bartholin e sobre a inflamação na glândula de Skene.
O que fazer: Quando se notar sangramento vaginal fora do período menstrual, dor durante o contato íntimo, dificuldade para engravidar, atraso da menstruação ou dor na vagina, deve-se ir ao ginecologista, pois pode se tratar de um cisto.
O tratamento indicado pelo médico varia de acordo com o tamanho do cisto, podendo ser recomendado desde o uso de pílulas anticoncepcionais até a indicação de cirurgia para retirada do cisto ou do útero. Saiba como identificar e como tratar o cisto no ovário.
6. Ressecamento da vagina
O ressecamento da vagina acontece normalmente pela diminuição da produção de estrogênio, que é um hormônio feminino, sendo mais comum de acontecer na menopausa. Quando há pouca produção de muco, a mulher pode sentir dores na vagina, geralmente durante a relação sexual.
O que fazer: Para diminuir o desconforto causado pela vagina ressecada, pode-se utilizar lubrificantes para facilitar a relação sexual, utilizar hidratantes vaginais ou até mesmo fazer reposição hormonal de acordo com orientação médica.
Quando ir ao médico
É importante ir ao ginecologista quando a dor na vagina for recorrente e quando apresentar algum dos seguintes sintomas:
- Dor ou ardência ao urinar;
- Vagina inchada;
- Vermelhidão;
- Coceira;
- Aparecimento de feridas, verrugas ou caroço na vagina;
- Sangramentos fora do período menstrual.
Além de ir ao médico, é importante realizar sempre boa higienização da região íntima e evitar o uso de roupas quentes.