A dor crônica, que é a dor que dura mais de 3 meses, pode ser aliviada com medicamentos que incluem analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares ou antidepressivos por exemplo, que devem ser orientados pelo médico. Além disso, caso seja uma dor de difícil melhora, pode ser necessário aumentar as doses ou utilizar remédios mais potentes, como, como os opióides, ajustando de acordo com a necessidade de cada pessoa.
Entretanto, a melhor forma de tratar este tipo de dor é com alternativas direcionadas para a causa, após o médico determinar o que está provocando os sintomas, seja uma artrose da coluna, hérnia de disco, artrite, fibromialgia, herpes-zóster ou compressão do nervo ciático, por exemplo. Assim, além dos remédios, pode ser necessária a realização de tratamentos como fisioterapia, acupuntura, radiofrequência, cirurgia ou, inclusive, acompanhamento psicológico.
A dor crônica pode surgir em qualquer parte do corpo, e indica que existe algum tipo de dano ou lesão aos tecidos ou nervos do corpo, e pode ser influenciada, também, por questões emocionais, já que situações como ansiedade e depressão têm importância para a intensidade e duração da dor. Saiba mais sobre o que é a dor crônica e os tipos.
O tratamento para a dor crônica é individualizado, orientado de acordo com as necessidades de cada pessoa, e pode ser feito pelo clínico geral ou, em casos mais complexos, por médicos especialistas em dor. As principais formas de tratamento incluem:
Segundo a Organização Mundial de Saúde, para tratar uma dor crônica de qualquer tipo, o médico deve escolher os remédios em degraus, ou seja, tenta-se a melhora com medicamentos mais fracos, e pode-se elevar a dose ou a intensidade do medicamento de acordo com a necessidade. Os degraus de tratamento da dor são:
Degraus | Remédios | Remédios auxiliares Para todos os graus de tratamento da dor, as terapias auxiliares são essenciais para alívio eficaz e duradouro. Algumas opções são: - Antidepressivos, como Amitriptilina; - Relaxantes musculares, como Ciclobenzaprina; - Antiepiléticos, como Gabapentina. |
1 (Dor de leve intensidade) | - Analgésicos, como Dipirona ou Paracetamol; - Anti-inflamatórios, como Ibuprofeno ou Cetoprofeno, por exemplo (de preferência em períodos de dor aguda, não se devendo fazer uso contínuo). | |
2 (Dor que não melhora com os tratamentos anteriores) | - Analgésicos ou Anti-inflamatórios; + - Opióides fracos, como Tramadol ou Codeína; | |
3 (Dor intensa ou que não melhora com os tratamentos anteriores) | - Analgésicos ou Anti-inflamatórios + - Opióides fortes, como Morfina, Metadona, Oxicodona ou Fentanil transdérmico, por exemplo. |
Quando a dor tem origem no sistema nervoso, sendo chamada de dor neuropática, o tratamento é baseado, principalmente, nos remédios que interferem neste setor, como os antidepressivos do tipo tricíclicos, como Amitriptilina ou Nortriptilina, e os Antiepiléticos, como Carbamazepina, Gabapentina e Pregabalina, já que os analgésicos e opióides não têm um efeito muito bom e são reservados para quando a dor não melhora com as opções anteriores.
As terapias alternativas são excelentes formas de melhorar a percepção corporal, aliviando a tensão e os estímulos nervosos, o que tem grande influência sobre a dor. Algumas opções são:
À medida que a dor apresenta melhora, o médico poderá fazer a remoção de algumas formas de tratamento, de forma que se use cada vez menos remédios. Entretanto, as terapias alternativas podem ser mantidas, e são ótimas formas de prevenir novos quadros de dor.
Existem casos de dor crônica que são de difícil tratamento, pois não melhoram com remédios ou tratamentos alternativos. Assim, podem ser feitos alguns procedimentos cirúrgicos, principalmente, por neurocirurgiões, anestesistas ou ortopedistas, que podem corrigir deformidades ósseas ou bloquear nervos que são responsáveis pela dor. Algumas opções incluem:
Após realização destes procedimentos, também é importante a manutenção do tratamento com terapias alternativas, sobretudo a fisioterapia, para permitir que os efeitos sejam o mais duradouro possível.
Apesar de ser desagradável, a dor é uma sensação importante para a sobrevivência, pois é quando o corpo avisa ao cérebro que algo está errado ou causando malefícios ao corpo, e precisa ser resolvido, como uma queimadura ou corte, por exemplo.
Entretanto, o problema é quando a dor se torna crônica, pois indica que a lesão ou inflamação seja persistente, sem o adequado tratamento, como acontece em casos de doenças como artrite reumatóide, osteoartrite, fibromialgia, contraturas musculares, disfunções de órgãos abdominais ou câncer, por exemplo, ou quando há alterações no sistema nervoso e nas fibras nervosas.
Independente da origem da dor, o estado mental da pessoa é um forte influenciador para torná-la persistente e crônica, e isto é comprovado pois pessoas deprimidas e ansiosas tendem a sentir muito mais dor do que as outras. Já pelo contrário, pessoas que sofrem dor em contexto de satisfação, como acontece com esportistas durante um campeonato, por exemplo, tendem a se queixar muito menos delas.
Assim, é muito importante dar atenção e cuidar bem do estado emocional, já que ele tem muitas influências sobre diversas funções do organismo, podendo, até, causar ou piorar doenças, chamadas de psicossomáticas. Saiba quais são as doenças que podem ter causas emocionais.