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7 motivos para não tomar remédio sem indicação médica

Tomar remédio sem conhecimento médico pode ser prejudicial à saúde porque estes tem reações adversas e contraindicações que devem ser respeitadas.

Uma pessoa pode tomar um analgésico ou um anti-inflamatório quando tem uma dor de cabeça ou tiver uma dor de garganta, mas estes medicamentos não devem ser consumidos por mais de 3 dias e persistência destes sintomas ou com o surgimento de outros sintomas é importante ir ao médico.

7 motivos para não tomar remédio sem indicação médica

Os 7 motivos para não tomar remédios sem orientação médica são:

1. Desenvolvimento de superbactérias

O uso de antibióticos por conta própria aumenta o risco da pessoa tomar a dose errada ou por menos tempo do que deveria aumentando assim a resistência dos vírus e bactérias, diminuindo assim a eficiência dos antibióticos. Isso pode acontecer quando a pessoa toma antibióticos em forma de cápsulas, comprimidos, injeções ou até mesmo pomadas antibióticas.

2. Mascarar sintomas

Ao tomar analgésicos, anti-inflamatórios ou antipiréticos por conta própria a pessoa pode disfarçar os sintomas que apresenta e por isso o médico pode ter mais dificuldade em encontrar o diagnóstico da doença. Além disso, os anti-inflamatórios como Ibuprofeno podem causar gastrite, úlcera ou causar hemorragia digestiva que podem não estar diretamente relacionados à doença, sendo somente uma complicação do remédio usado.

3. Podem prejudicar o fígado e os rins

O uso de remédios sem receita médica pode levar à intoxicação do fígado, já que os medicamentos podem ser acumular nesse órgão, e também prejudicar o funcionamento do rins. Como os rins são responsáveis pela filtração do sangue, quando este encontra-se cheio de medicamentos fica mais difícil garantir a eliminação de toxinas. Apesar do funcionamento renal ser mais prejudicado em pessoas que já sofrem com problemas renais, isso também pode acontecer em pessoas aparentemente saudáveis.

4. Aumentam o risco de hemorragias

Alguns medicamentos de venda livre como o Paracetamol, que parece ser inofensivo, pode levar à hemorragia digestiva, especialmente em pessoas que tem um estômago mais sensível. Geralmente isso acontece quando a pessoa ingere uma grande quantidade de paracetamol de uma só vez, mas também pode acontecer ao ingerir 500mg por dia ao longo dos meses e por isso é melhor evitar sua ingestão desnecessária.

As aspirinas também aumentam o risco de hemorragias e por isso só devem ser consumidas após conselho médico, principalmente em época de epidemias como dengue, já que este é um medicamento proibido em caso de dengue ou suspeita de dengue.

5. Podem surgir reações adversas

Certos medicamentos não devem ser tomados ao mesmo tempo e por isso, se a pessoa sofre de asma ou hipertensão e precisa tomar remédios diariamente, não é recomendado tomar nenhum outro medicamento sem conhecimento médico.

Pessoas com asma não podem tomar nem mesmo Ibuprofeno, que pode ser comprado sem receita porque podem sofrer com uma crise de asma, por exemplo. Já os remédios para pressão só devem ser usados após a indicação do cardiologista porque quando usados de forma indevida podem causar desequilíbrio eletrolítico, dor de cabeça, tontura e queda da pressão.

Além disso, a pessoa pode ter uma reação alérgica ao medicamento, o que leva ao surgimento de sintomas como  dificuldade em respirar, bolinhas ou inchaço da pele, sendo mais comum após o uso de antibióticos, analgesicos ou anti-inflamatórios.

6. Podem causar dependência

Analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos podem causar dependência e deixam a pessoa viciada. Além de, com o passar do tempo, ser necessário uma dose cada vez maior para atingir o mesmo objetivo eles podem causar sonolência, falta de coordenação motora, vertigens e problemas cardiovasculares e por isso só devem ser usados por indicação médica, devendo ser respeitada sua dosagem e tempo de tratamento.

7. Podem ser contraindicados na gravidez ou lactação

A maior parte dos medicamentos é contraindicada durante a gestação e também quando a mulher amamenta porque podem prejudicar o bebê causando mal-formação fetal ou problemas nos rins. Ao passar pelo leite, o medicamento chega ao bebê aumentando o risco de uma doença chamada síndrome de reye que pode ser fatal. Por isso, especialmente nessa fase o uso de medicamentos só deve ser feito pela orientação do obstetra.

Confira uma lista de Medicamentos Proibidos na Gravidez e Chás que a grávida não pode tomar.

Quais são os medicamentos de venda livre

Apesar destes serem facilmente comprados sem receita médica, os analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e anti-histamínicos não devem ser consumidos livremente sempre que a pessoa acha que está com uma tosse chata, uma dor de cabeça insistente ou dor nas costas.

A dor é um alerta que indica que algo está errado, sendo preciso investigar o que está acontecendo. Ao mascarar este sintoma, a pessoa pode ter um agravamento da doença. Um cuidado muito importante que se deve ter é ler a embalagem e a bula de cada medicamento antes de usa-lo. Você pode desconfiar que o remédio pode ter graves reações adversas ou contraindicações quando em sua embalagem se observa uma tarja vermelha ou preta.

Tarja vermelha

Tarja preta

Tarja amarela

  • Tarja vermelha: Encontrada em remédios que podem ser comprados com receita médica branca, como antidislipidêmicos ou antidiabéticos. Podem ter reações adversas leves, como náuseas, diarreia ou dor de cabeça;
  • Tarja preta: Encontrada em remédios que atuam no sistema nervoso central e, geralmente a receita é azul e fica retida na farmácia, como antidepressivos, ansiolíticos ou medicamentos para emagrecer. Suas reações adversas podem ser graves, como sono profundo, esquecimento constante e dependência.

Como tomar remédios de forma segura

Para tomar um remédio de forma segura é preciso:

  • Consultar o médico para que indique qual remédio deve tomar, a quantidade e hora de tomar;
  • Ler a bula do medicamento para conhecer os efeitos colaterais mais comuns que podem surgir;
  • Não seguir as indicações de amigos ou familiares que tomaram medicamentos para sintomas semelhantes ao que tem, porque a causa da doença pode não ser a mesma;
  • Não tomar outros medicamentos, remédios naturais ou tomar chás ao mesmo tempo do tratamento, sem questionar o médico, pois em alguns casos, diminui o efeito do remédio ou leva à interação entre eles.

No entanto, mesmo no caso de remédios de venda livre, que não têm tarja, deve-se pedir orientações para o farmacêutico para fazer a melhor escolha, e manter o médico informado, nas consultas de rotina, sobre o hábito de tomar determinado medicamento e a sua frequência.

Pacientes com mais risco de tomar remédios sem indicação médica

Apesar de qualquer pessoa poder passar mal, os riscos de desenvolver problemas graves de saúde são ainda maiores em:

  • Bebês e crianças: porque na maioria dos casos os remédios variam com a idade e peso, podendo prejudicar o crescimento e desenvolvimento infantil quando é dada a formula errada ou uma quantidade exagerada.
  • Idosos: porque tomam vários remédios para controlar diferentes doenças e o risco de interação é maior;
  • Indivíduos com doenças crônicas, como diabetes: porque pode diminuir o efeito do remédio para controlar a doença.

Por isso, o uso de medicamentos só deve ser usado sob orientação médica, mesmo quando se manifeste sintomas corriqueiros como dor de cabeça, diarreia ou coceira na pele, ou quando se está pensando em tomar algum remédio para emagrecer, mesmo que seja natural, por exemplo.