O câncer em qualquer parte do corpo pode provocar sintomas genéricos como perda de mais de 6 kg sem fazer dieta, estar sempre muito cansado ou ter alguma dor que não passa. No entanto, para chegar ao diagnostico correto é preciso fazer uma série de exames para descartar outras hipóteses.
Normalmente o câncer é diagnosticado quando a pessoa apresenta sintomas bem específicos, que podem surgir de uma hora para outra, sem explicação ou como uma consequência de uma doença que não foi corretamente tratada. Como pode acontecer quando uma úlcera gástrica evolui para câncer de estômago, por exemplo. Veja quais os sinais mais comuns de câncer no estômago.
Por isso, em caso de suspeita deve-se ir ao médico para realizar todos os exames necessário, já que diagnosticar o câncer numa fase inicial aumenta as chances de cura.
A perda de peso rápida de até 10% do peso inicial, sem estar fazendo dieta ou exercício físico intensa é um sintoma frequente em pessoas que estão desenvolvendo câncer, principalmente câncer de pâncreas, estômago ou esôfago, mas que também podem surgir em outros tipos. Conheça as doenças que podem causar perda de peso.
O cansaço extremo é um sinal que pode indicar que se está desenvolvendo câncer porque, nesses casos, é comum o desenvolvimento de anemia ou a perda de sangue pelas fezes, o que leva à diminuição de glóbulos vermelhos e à redução de oxigênio no sangue, provocando intensa fadiga que surge logo de manhã ao acordar, ao subir escadas ou tentar arrumar a cama, por exemplo.
A dor localizada numa determinada região é comum em vários tipos de câncer, como câncer no cérebro, nos ósseo, no ovário, no testículo ou no intestino. Na maioria dos casos, esta dor não alivia com o repouso e não é causada por exercício excessivo ou outras doenças, como artrite ou lesão muscular. É uma dor persistente que não cede com nenhuma alternativa como compressas frias ou quentes, somente com analgésicos fortes.
A febre irregular pode ser um sinal de câncer, como leucemia ou linfoma, surgindo devido ao sistema imune estar enfraquecido. Geralmente, a febre surge durante alguns dias e desaparece sem precisar de tomar remédio, voltando a surgir de forma instável e sem estar ligada a outros sintomas como os da gripe.
Ter variações como fezes muito duras ou diarreia por mais de 6 semanas pode ser um sinal de câncer, principalmente câncer do intestino. Além disso, em alguns casos também podem surgir grandes alterações no padrão intestinal, como ter fezes muito duras durante alguns dias e, em outros dias, diarreia, além de barriga inchada, náuseas e vômitos. Essa variação no padrão das fezes deve ser persistente e não ter relação com a alimentação e outras doenças intestinais, como intestino irritável.
Os pacientes que estão desenvolvendo câncer podem ter dor ao urinar, urina com sangue e vontade de urinar com maior frequência, sendo sinais mais comuns no câncer de bexiga ou na próstata. No entanto, este sintoma também é comum na infecção urinária e por isso deve-se realizar um exame de urina para descartar esta hipótese.
O surgimento de feridas em qualquer região do corpo, como boca, pele ou vagina, por exemplo, que demoram mais de 1 mês para cicatrizar, também pode indicar câncer numa fase inicial, pois o sistema imene está mais fraco e ocorre diminuição das plaquetas que são responsáveis por ajudar na cicatrização de lesões. No entanto, a demora para cicatrizar também ocorre nos diabéticos, sendo por isso também importante fazer exames para a diabetes.
A hemorragia também pode ser um sinal de câncer, que pode acontecer na fase inicial ou numa fase mais avançada, podendo surgir sangue na tosse, nas fezes, na urina ou no mamilo, por exemplo, dependendo da região do corpo afetada.
Sangramento vaginal excessivo, corrimento escuro, vontade constante em urinar, febre e cólica menstrual podem indicar câncer de útero.
O câncer pode provocar alterações na pele, como manchas escuras na pele, pele amarelada, manchas vermelhas ou roxas com bolinhas e pele áspera que causa coceira.
Além disso, podem surgir alteração da cor, formato e tamanho de uma verruga, sinal, mancha ou sarda da pele, podendo indicar câncer de pele ou outro tipo de câncer.
O surgimento de nódulos ou caroços pode surgir em qualquer região do corpo, como mama ou testículos. Além disso, pode ocorrer inchaço da barriga, devido ao aumento do figado, do baço e do timo e inchaço das ínguas localizadas nas axilas, virilhas e pescoço, por exemplo. Este sintoma pode estar presente em diversos tipos de câncer.
Em pacientes com câncer pode surgir dificuldade a engolir, provocando engasgamento e tosse persistente, principalmente quando o paciente está desenvolvendo câncer do esôfago, estômago ou faringe, por exemplo.
Ínguas inflamadas no pescoço e ínguas, aumento do abdômen, palidez, suores, manchas roxas na pele e dor nos ossos podem indicar Leucemia.
Ter tosse persistente, falta de ar e voz rouca pode ser um sinal de câncer de pulmão, de laringe ou tireoide, por exemplo. Tosse seca persistente, acompanhada de dor nas costas, falta de ar e cansaço intenso podem indicar câncer de pulmão.
Outros sintomas que também podem indicar câncer na mulher são alterações no tamanho da mama, vermelhidão, formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo e saída de líquido pelo mamilo, que pode indicar câncer de mama.
A presença desses sintomas não indica sempre a existência de um tumor, no entanto, podem sugerir a existência alguma alteração e, por isso, é importante ir no médico assim que possível para avaliar o estado de saúde, principalmente indivíduos com história de câncer na família.
Em caso de suspeita de câncer deve-se ir ao médico para realizar exames de sangue como PSA, CEA ou CA 125, por exemplo, sendo que os valores ficam normalmente aumentados.
Além disso, o médico pode indicar uma ecografia ou ressonância magnética para observar o órgão e confirmar a suspeita de câncer e, em alguns casos, pode ser necessário a realização de uma tomografia ou de uma biopsia. Veja quais são os exames de sangue que detectam o câncer.
Após saber qual o tipo de câncer a pessoa possui, o médico indica também todas as possibilidades de tratamentos e inclusive a taxa de cura.
É importante estar atento aos sinais e sintomas de câncer, recorrendo ao médico logo que sinta algum dos sinais ou sintomas, pois o tratamento é mais eficaz quando o câncer é diagnosticado precocemente, tendo menos probabilidade de se espalhar para outras regiões do corpo, existindo assim maiores chances de cura.
Desta forma, nenhum sinal nem sintoma deve ser ignorado, especialmente se ele está presente por mais de 1 mês.
O câncer pode surgir em qualquer pessoa, em qualquer fase da vida e é caracterizado pelo crescimento desordenado de algumas células, que podem comprometer o funcionamento de algum órgão. Este crescimento desordenado pode estar relacionado a complicações como agravamento de alguma doença mas existem outros fatores relacionados como cigarro, consumo de alimentos ricos em gordura e exposição a metais pesados. Entenda o passo a passo do desenvolvimento do câncer.
Após o diagnóstico do câncer o médico também deve indicar qual o estadiamento do tumor e quais são as opções de tratamento porque elas podem variar dependendo da idade da pessoa, tipo de tumor e estadiamento. As opções incluem:
Para retirada de todo o tumor, parte dele ou até mesmo outros tecidos que possam estar afetados por ele. Este tipo de tratamento para o câncer está indicado para tumores como o câncer de cólon, câncer de mama e da boca, por serem locais mais fáceis de operar.
Consiste na exposição a radiação ionizante que podem diminuir o tamanho do tumor, e pode ser indicada antes ou após a cirurgia.
O paciente durante o tratamento não sente nada, mas após a sessão de radioterapia pode ter efeitos colaterais como náuseas, vômitos, diarreia, pele vermelha ou sensível, que duram apenas alguns dias. O descanso é importante na recuperação do paciente após a sessão da radioterapia.
Caracterizada pela toma de um coquetel de medicamentos, em forma de comprimidos ou injeções, que são administrados no hospital ou centro de tratamento.
A quimioterapia pode ser constituída apenas por um medicamento ou pode ser uma associação de medicamentos e ser tomada em comprimidos ou injetável. Os efeitos colaterais da quimioterapia são vários como anemia, queda do cabelo, náuseas, vômitos, diarreia, feridas na boca ou alterações na fertilidade. A quimioterapia, a longo prazo, pode também provocar leucemia, um câncer no sangue, embora seja raro. Veja mais sobre o que fazer para diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia.
São medicamentos que fazem com que o próprio organismo seja capaz de reconhecer as células cancerígenas, combatendo-as de forma mais eficaz. A maioria dos tratamentos com imunoterapia são injetáveis e atuam em todo o corpo, podendo provocar sintomas de reações alérgicas como erupção cutânea ou coceira, febre, dor de cabeça, dor muscular ou náuseas.
São comprimidos que servem para combater os hormônios que possam estar relacionados ao crescimento do tumor. Os efeitos colaterais da terapêutica hormonal dependem do medicamento utilizado ou da cirurgia, mas pode incluir impotência, alterações menstruais, infertilidade, sensibilidade nas mamas, náuseas, dor de cabeça ou vômitos.
Pode ser usado nos casos de câncer nas células do sangue, como leucemia, e tem como objetivo substituir a medula óssea doente por células normais de medula óssea. Antes do transplante o indivíduo recebe tratamento com altas doses de quimioterapia ou radioterapia para destruir as células cancerosas ou normais da medula, para depois receber o transplante de medula óssea saudável de uma outra pessoa compatível. Os efeitos colaterais do transplante de medula óssea podem ser infecções, anemia ou rejeição da medula óssea saudável.
A fosfoetanolamina é uma substância que está em fases de testes, que parece ser eficaz no combate ao câncer, aumentando suas chances de cura. Esta substância consegue identificar e eliminar as células cancerígenas mas ainda são necessários mais estudos que possam comprovar sua eficácia.
Estes tratamentos devem ser orientados pelo oncologista e podem ser usados sozinhos ou combinados entre si para diminuir o risco de metástases, que ocorre quando o tumor se espalha para outras regiões do corpo e também para aumentar as chances de cura.