Como identificar e tratar a mononucleose
A mononucleose, também conhecida como mononucleose infecciosa ou doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitido através da saliva, que provoca sintomas como febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na garganta e ínguas no pescoço.
Este vírus pode provocar infecção em qualquer idade, mas é mais comum causar sintomas apenas em adolescentes e adultos, sendo que as crianças normalmente não apresentam sintomas e, por isso, não precisam de tratamento.
Embora a mononucleose não tenha um tratamento específico, tem cura e desaparece após 1 ou 2 semanas. O único tratamento recomendado inclui repouso, ingestão de líquidos e uso de remédios para aliviar os sintomas.
Principais sintomas
Assinale qual dos sintomas de mononucleose está sentindo, para saber suas chances de estar com a doença:
- 1. Febre acima de 38º C SimNão
- 2. Dor de garganta muito intensa SimNão
- 3. Dor de cabeça constante SimNão
- 4. Cansaço excessivo e mal estar geral SimNão
- 5. Placas esbranquiçadas na boca e língua SimNão
- 6. Ínguas no pescoço SimNão
Estes sintomas podem ser facilmente confundidos com uma gripe ou resfriado, dessa forma, se durarem por mais de 2 semanas é aconselhado consultar um clínico geral.
Exames para confirmar a mononucleose
Em alguns casos, a mononucleose pode ser diagnosticada pelo médico apenas através da observação dos sintomas e duração dos mesmos. Porém, também podem ser usados alguns exames para confirmar, como:
1. Linfócitos anormais no hemograma
A infecção por mononucleose obriga o corpo a produzir células brancas maiores que o normal, sendo conhecidas como linfócitos anormais, para eliminar o vírus do organismo. Assim, embora este teste não consiga confirmar o tipo de infecção, quando associado aos sintomas apoia a possibilidade de ser mononucleose.
2. Exame para anti-corpos específicos
Este exame permite identificar anticorpos específicos, no sangue, para o vírus que causa a mononucleose. Por isso, quando estes anticorpos existem e estão em altas quantidades é sinal de que se está infectado. Porém, os níveis deste tipo de anticorpos podem demorar até 14 dias para aumentar o suficiente, podendo ser necessário voltar a repetir o teste mais tarde.
Como se pega mononucleose
A transmissão da mononucleose acontece através do contato com a saliva de uma pessoa infectada e, por isso, a forma mais comum é através do beijo. No entanto, também é possível pegar mononucleose através da tosse e dos espirros.
Além disso, a partilha de copos ou talheres com uma pessoa infectada também pode levar ao surgimento da doença.
Como é feito o tratamento
Não existe um tratamento específico para a mononucleose, uma vez que o corpo é capaz de eliminar o vírus. No entanto, é recomendado ficar de repouso e ingerir muitos líquidos, como água, chás ou sucos naturais para acelerar o processo de recuperação e evitar o surgimento de complicações, como inflamação do fígado ou aumento do baço.
Além disso, o clínico geral pode ainda indicar o uso de alguns remédios analgésicos, como:
- Analgésicos e antipiréticos, como o Paracetamol ou Dipirona: diminuem a febre, as dores de cabeça e o cansaço;
- Anti-inflamatórios, como Ibuprofeno ou Diclofenaco: aliviam a dor de garaganta e reduzem as ínguas, por exemplo.
No caso de surgirem outras infecções, como amigdalite, por exemplo, o médico pode ainda indicar o uso de antibióticos, como a Amoxicilina ou Penicilina. No entanto, os antibióticos não devem ser utilizados nos outros casos pois podem provocar uma alergia na pele.
Saiba mais sobre o tratamento da mononucleose.
Possíveis complicações
As complicações da mononucleose são mais comuns em pessoas que não fazem o tratamento adequado ou que apresentam um sistema imune enfraquecido, permitindo que o vírus se desenvolva mais.
Estas complicações normalmente incluem o aumento do baço e inflamação do fígado. Nestes casos, é comum o surgimento de dores intensas na barriga e inchaço do abdômen e é recomendado consultar um clínico geral para iniciar o tratamento adequado.
Além disso, podem ainda surgir complicações mais raras como anemia, inflamação do coração ou infecções no sistema nervoso central, como meningite, por exemplo.