Linfonodomegalia: O que é e causas comuns
A linfonodomegalia é o aumento dos gânglios linfáticos que pode acontecer diante de qualquer inflamação ou infecção, e até mesmo o câncer. No entanto raramente uma íngua pode indicar câncer, sendo este mais comum em pessoas com mais de 40 anos de idade.
Os gânglios linfáticos são pequenos órgãos do sistema linfático que estão diretamente relacionados com o sistema de defesa do corpo. Assim, quando um gânglio, popularmente chamado de íngua encontra-se inchado ou dolorido, isso indica que o sistema imune está combatendo vírus ou bactérias, nas regiões próximas dessa área.
Principais causas da Linfonodomegalia
A linfonodomegalia pode ser causada por uma inflamação, uso de medicamentos, devido a doença auto-imune ou ser causada pela presença de vírus, fungos ou bactérias, e como as causas são muito variadas, citamos aqui as causas mais comuns do aumento dos gânglios linfáticos em determinadas partes do corpo:
- Linfonodomegalia cervical - na região do pescoço, atrás da orelha e perto da mandíbula: faringite, infecção da pele, conjuntivite, mononucleose, infecção de ouvido, da boca ou dentes;
- Linfonodomegalia clavicular: toxoplasmose, sarcoidose, tuberculose, câncer gastrointestinal, de mama, testículo, ovário, pulmão, mediastino, pulmão ou esôfago;
- Linfonodomegalia inguinal: devido a doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose, câncer na região genital;
- Linfonodomegalia axilar: infecções de prótese de silicone nas mamas, doença da arranhadura do gato, câncer de mama, melanoma, linfoma:
- Linfonodomegalia generalizada: mononucleose, artrite idiopática juvenil, dengue, brucelose, doença de chagas, rubéola, sarampo, HIV, medicamentos como feitoína, penicilina, captropil.
A melhor forma de saber o que está causando esse aumento dos linfonodos é ir ao clínico geral e informar o médico a presença de outros sinais e sintomas, além de observar se o local encontra-se dolorido, o seu tamanho, consistência, e se estão presentes sinais de inflamação como aumento da temperatura, vermelhidão ou dor.
Linfonodomegalia é câncer?
Apesar do aumento dos gânglios linfáticos em determinadas áreas do corpo, ser motivo de grande preocupação, quando seu tamanho é menor que 1 cm é pouco provável que seja câncer, principalmente em pessoas jovens. Alguns sinais e sintomas de que a linfonodomegalia possa ser câncer são:
- Local: Linfonodomegalia supraclavicular esquerda, em volta do umbigo ou nas axilas;
- Tamanho: com mais de 2,25 cm;
- Consistência: Dura;
- Fixação: Aderido produndamente;
- Sintomas: Ausência de dor.
Existem maiores chances de uma linfonodomegalia ser câncer quando a pessoa apresenta inchaço nos gânglios localizados próximas à clavícula, afetando o lado esquerdo do corpo, em pessoas com mais de 40 anos de idade, especialmente se houver casos na família de câncer de mama, intestino, tireoide ou melanoma.
A tabela a seguir indica as diferenças entre as características do câncer e de uma linfonodomegalia inflamatória:
Câncer | Outras doenças |
Inchaço surge lentamente | Inchaço surge de um dia para o outro |
Não causa dor | É bastante dolorido ao toque |
Geralmente um único gânglio é afetado | Geralmente vários gânglios são afetados |
Superfície irregular | Superfície lisa |
Deve ter mais de 2 cm | Deve ter menos de 2 cm |
Em caso de suspeita o médico solicita uma punção com biopsia que poderá identificar a lesão, e outros exames que achar necessário, dependendo dos sintomas que a pessoa apresenta. Normalmente é preciso fazer biópsia quando o gânglio tem mais de 2 cm, localizado no tórax, que persistem por mais de 4 a 6 semanas, que crescem lentamente.
Linfonodomegalia na infância
O aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, axila ou virilha devem ser sempre investigados pelo pediatra. Algumas possíveis causas desse aumento podem ser:
- Doenças infecciosas: Brucelose, coxsackie, doença da arranhadura do gato, hanseníase, herpes simplex, hepatite, HIV, infecção bacteriana, infecção das vias aéreas superiores, Leishmaniose, mononucleose, rubéola, sífilis, toxoplasmose, tuberculose, tularemia;
- Doenças autoimunes: Artrite idiopática infantil, artrite reumatóide, dermatomiosite, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren;
- Câncer: Leucemia, linfoma, metástase, neoplasia cutânea, sarcoma de kaposi;
- Outras causas: Beriliose, doença de kawasaki, doença de kimura, reação da vacina, hipertireoidismo, sarcoidose, silicose.
Quando a criança apresenta sintomas de gânglios linfáticos aumentados deve-se leva-la ao pediatra, onde serão solicitados exames de sangue, raio-x, ultrassonografia, tac ou ressonância magnética, além de outros que o médico ache necessário, como a biópsia.
O tratamento pode ser feito com antibióticos como amoxicilina + clavulanato, cefalosporina para avaliar se há redução do tamanho e dos sinais de que o gânglio está inflamado. Radioterapia, quimioterapia e cirurgia podem ser necessários em caso de lesões malignas.