A vacina contra o HPV, ou papiloma vírus humano, é dada em forma de injeção e previne não só o HPV, mas também o câncer do colo do útero. Esta vacina pode ser tomada no posto de saúde e clínicas particulares, mas também é oferecida pelo SUS nos postos de saúde e em campanhas de vacinação nas escolas.
A vacina oferecida pelo SUS é a quadrivalente, que protege contra os 4 tipos de vírus HPV mais comuns no Brasil. Após a toma da vacina o corpo produz os anticorpos necessários para combater o vírus e assim, caso a pessoa seja infectada, ela não desenvolve a doença, ficando protegida.
Apesar de ainda não estar disponível para ser aplicada, a Anvisa já aprovou uma nova vacina contra o HPV, que protege contra 9 tipos de vírus.
A vacina contra o HPV tem eficácia comprovada durante 8 a 9 anos, e pode ser tomada das seguintes formas:
A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde, em 2 a 3 doses, para:
A vacina pode ser tomada, também, por meninos e meninas que já não são virgens, mas a sua eficácia pode estar diminuída, pois já podem ter estado em contato com o vírus.
A vacina também pode ser tomada por pessoas com idades superiores, entretanto, são apenas disponibilizadas em clínicas de vacinação particulares. Ela está indicada para:
A vacina pode ser tomada mesmo por pessoas que fazem tratamento ou já tiveram infecção pelo HPV, pois ela pode proteger contra outros tipos de vírus HPV, e prevenir a formação de novas verrugas genitais e risco de câncer.
O preço da vacina bivalente contra o HPV é de, aproximadamente, R$ 200 por dose e o da tetravalente é de, aproximadamente, R$ 300 por dose, quando tomadas no particular. A vacina que protege contra os 9 tipos de HPV ainda não tem preço.
Existem 2 vacinas diferentes contra o HPV: a vacina quadrivalente e a vacina bivalente.
Vacina quadrivalente
Veja a bula desta vacina clicando em: Gardasil
Vacina bivalente
Confira mais sobre esta vacina na bula: Cervarix.
Vacina nonavalente
A vacina do HPV não deve ser administrada em caso de:
A vacinação pode ajudar a prevenir a infeção pelo HPV e o câncer de colo do útero, mas não é indicada para tratar a doença. Por isso, também é importante usar o preservativo em todos os contatos íntimos e, além disso, a mulher deve consultar o ginecologista pelo menos 1 vez por ano e realizar exames ginecológicos como o Papanicolau.
A vacina contra o HPV faz parte do calendário de vacinação, sendo gratuita no SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade. Em 2016 o SUS passou a vacinar também os meninos de 9 a 14 anos, pois inicialmente, era disponível apenas para aqueles com 12 a 13 anos de idade.
Os meninos e as meninas nesta faixa etária devem tomar 2 doses da vacina, sendo que a 1ª dose está disponível em escolas públicas e privadas ou em postos de saúde da rede pública. A 2ª dose deve ser tomada em uma unidade de saúde 6 meses após a primeira ou numa segunda temporada de vacinação promovida pelo SUS.
A vacina contra o HPV pode ter como efeitos colaterais: dor, vermelhidão ou inchaço no local da picada, que podem ser diminuídos com a colocação de uma pedrinha de gelo, protegido com um pano, no local. Além disso, a vacina contra o HPV pode provocar dor de cabeça e febre superior a 38ºC, que pode ser controlada com um antitérmico como o Paracetamol, por exemplo. Caso o indivíduo desconfie da origem da febre, deve entrar em contato com o médico.
Algumas meninas relataram alteração da sensibilidade das pernas e dificuldade para caminhar, entretanto, os estudos não confirmam que esta reação seja provocada pela vacina sendo mais provável que se trate de reações emocionais, ansiedade ou superlotação, por exemplo, como uso da vacina. Não foram confirmados por estudos científicos outras alterações relacionados a esta vacina.
Os artigos científicos apontam que a vacina contra HPV é mais eficaz quando aplicada em quem ainda não iniciou a vida sexual, e por isso o SUS só aplica a vacina para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, no entanto todos podem tomar a vacina em clínicas particulares.
Não é preciso realizar nenhum exame para verificar se há infecção pelo vírus HPV antes de tomar a vacina, mas deve-se informar caso não seja virgem porque a vacina não tem a mesma eficácia em pessoas que já tiveram contato íntimo.
Mesmo quem tomou as duas doses da vacina deve usar sempre a camisinha em todo contato íntimo porque esta vacina não protege de outras doenças como a AIDS e sífilis, por exemplo.
A vacina administrada pelo SUS é segura e tem poucos efeitos colaterais porque ela já foi administrada a muitas pessoas, de diversos países e ainda não existem estudos científicos que comprovem efeitos secundários graves relacionados ao seu uso.
No entanto, há caso relatados de pessoas que podem ficar nervosas e ansiosas durante a vacinação, podendo desmaiar, mas este fato não está diretamente relacionado à vacina aplicada, estando relacionado ao sistema emocional.