Quando a criança tem microcefalia pode apresentar atraso mental, alterações físicas como dificuldade para andar, problemas de fala e hiperatividade ou convulsões, por exemplo. Além disso, a criança tem uma cabeça menor do que o normal, podendo precisar de ajuda para comer, tomar banho ou andar, por exemplo.
Porém, estas consequências da doença não surgem em todos os casos e, algumas crianças podem se desenvolver normalmente e ter uma inteligência normal porque isso depende da gravidade da sua microcefalia. Assim, as crianças que foram diagnosticadas ainda na gestação geralmente são as que tem mais limitações, enquanto que as crianças que foram diagnosticadas com microcefalia após o nascimento tem maiores possibilidade de se desenvolverem melhor.
A microcefalia não tem cura e o tratamento inclui sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional pelo menos 3 vezes por semana para estimular a criança, diminuir o retardo mental e também o atraso do desenvolvimento crescimento. Veja o que pode causar microcefalia e como é feito seu diagnóstico.
Entenda de forma simples o que é microcefalia e como cuidar de um beber com esse problema assistindo ao vídeo a seguir.
O tratamento da microcefalia deve ser orientado pelo pediatra e neurologista, porém é necessário a intervenção de enfermeiros, fisioterapeutas e outros terapeutas para ajudar a criança a se desenvolver com o mínimo de limitações possível e, para melhorar a qualidade de vida da criança, pode-se:
Para melhorar a capacidade para falar a criança deve ter acompanhamento de um fonoaudiólogo pelo menos 3 vezes por semana.
Além disso, os pais devem cantar com a criança pequenas músicas e falar com ela olhando nos olhos durante todo o dia, mesmo que ela não responda ao estímulo. Também deve-se usar gestos para facilitar o entendimento do que está dizendo e captar melhor a atenção da criança.
Para melhorar o desenvolvimento motor, aumentar o equilíbrio e evitar atrofia dos músculos e os espasmos musculares é importante fazer o máximo de sessões de fisioterapia possível, pelo menos 3 vezes por semana, realizando exercícios simples com bola de Pilates, alongamentos, sessões de psicomotricidade e hidroterapia podem ser úteis.
A fisioterapia é indicada porque pode ter resultados no desenvolvimento físico da criança, mas também ajuda no desenvolvimento mental.
Para aumentar a autonomia a criança deve realizar terapia ocupacional várias vezes por semana, pois a realização de atividades, como escovar os dentes e tentar comer utilizando talheres, ajudam a criança a ficar cada vez mais independente, podendo realizar tarefas sozinho.
Para melhorar a capacidade de socialização deve-se avaliar a possibilidade de manter a criança em uma escola normal para que possa interagir com outras crianças que não possuem microcefalia, podendo participar de jogos e brincadeiras que promovem a interação social. No entanto, se houver retardo mental a criança provavelmente não irá aprender a ler e a escrever, embora possa ir para a escola para ter contato com outras crianças.
Em casa, os pais devem estimular a criança o máximo possível, fazendo brincadeiras de frente para o espelho, estando do lado da criança e participar sempre que possível em reuniões de família e amigos para tentar manter o cérebro da criança sempre ativo.
A criança com microcefalia pode precisar tomar medicamentos indicados pelo médico segundo os sintomas que apresenta, como anticonvulsivante para reduzir as convulsões ou para tratar a hiperatividade, como Diazepam ou Ritalina, além de analgésicos, como Paracetamol, para diminuir a dor nos músculos, devido a tensão excessiva.
Em alguns casos, pode-se realizar uma cirurgia sendo feito um corte na cabeça para permitir o crescimento do cérebro, reduzindo as sequelas da doença. Porém, esta cirurgia para ter resultado deve ser feita até aos 2 meses do bebê e não é indicada para todos os casos, somente quando podem existir muitos benefícios e poucos riscos associados.
O bebê que nasce com microcefalia precisa de acompanhamento médico frequente e normalmente precisa de cuidados especiais, sendo necessário um maior cuidado, atenção e dedicação dos pais e de toda família.
Dependendo do grau e do tipo de microcefalia que o bebê possui, mais graves serão as consequências da doença e as suas implicações na saúde. Assim, os bebês que nascem com uma cabeça muito menor do que devia tem maiores dificuldades e podem ser completamente dependente dos outros para sobreviver.
Já os bebês que tem uma cabeça pequena, mas com um tamanho mais próximo das outras crianças com a mesma idade, tem uma melhor qualidade de vida e apesar de poder haver atraso no desenvolvimento, a criança pode aprender a sentar sozinha, falar algumas palavras, demonstrar amor e carinho e até mesmo andar.
Alguns conseguem controlar o xixi e o côco, mas muitas precisam usar fraldas adequadas à sua idade por toda a vida. Grande parte precisa de ajuda para caminhar porque precisam se apoiar em alguém para não perder o equilíbrio e também precisam de ajuda para tomar banho, porque tem dificuldade de cuidar da sua própria higiene sozinho.
Embora, a maioria das crianças com microcefalia tenham atraso metal, algumas mantêm a capacidade cognitiva sem grandes alterações, aprendendo a andar, escrever e ler, por exemplo.
No entanto, os danos da microcefalia não são iguais em todas as crianças e variam com as sequelas que apresentam, e por isso algumas crianças não conseguem comer sozinhas, nem tomar banho e, por isso, podem precisar de ajuda da família para fazer as tarefas cotidianas.
As meninas com microcefalia podem ter menstruação, e como todas as outras pessoas podem ficar doentes em algum momento da vida, necessitando de mais cuidados. A vacinação, normalmente, pode ocorrer normalmente mas depende da opinião do pediatra e das limitações que a doença causa.
A expectativa de vida das crianças com microcefalia é semelhante à das outras crianças que não possuem a doença, mas vai depender de vários fatores que incluem a gravidade da doença, se existem outras síndromes associadas e da forma como a criança é acompanhada e tratada.
Dessa forma, as crianças que possuem somente microcefalia e que recebem todo o tratamento necessário sempre que apresentarem doenças como gripe, dengue, infecção urinária ou outras, e que são estimuladas a andar e a se alimentar sozinhas tem maiores chances de chegar à vida adulta, embora seja sempre necessário alguém por perto para cuidar delas e de sua segurança.