Câncer vaginal: como identificar e quem tem mais risco
Os sintomas de câncer na vagina como sangramento depois do contato íntimo e corrimento vaginal com mau cheiro geralmente surgem entre os 50 e 70 anos de idade em mulheres infectadas pelo vírus HPV, mas também podem surgir em mulheres mais jovens, especialmente se tiverem comportamentos de risco como ter relações com vários parceiros e não utilizar o preservativo.
No entanto, o câncer na vagina é muito raro e, na maioria das vezes, aparece como agravamento de câncer em outros local do corpo, como no colo do útero ou na vulva, por exemplo.
Na maior parte das vezes os tecidos cancerígenos estão localizados na parte mais interna da vagina, não sendo visível nenhuma alteração na região mais externa e, dessa forma, o diagnóstico só pode ser feito com base em exames de imagem pedidos pelo ginecologista ou oncologista.
Possíveis sintomas
Quando se encontra numa fase inicial, o câncer vaginal não provoca qualquer tipo de sintoma, no entanto, à medida que vai se desenvolvendo podem surgir sintomas como:
- Corrimento com mau cheiro ou muito líquido;
- Presença de um inchaço na região genital;
- Sangramento fora do período menstrual;
- Dor durante o contato íntimo;
- Sangramento após o contato íntimo;
- Vontade frequente para urinar;
- Dor pélvica constante;
- Dor ou ardência ao urinar.
Os sintomas de câncer na vagina também estão presentes em inúmeras outras doenças que afetam a região e, por isso, é importante ir às consultas ginecológicas de rotina e fazer periodicamente o exame preventivo, também chamado de papanicolau, para identificar alterações em fase precoce, garantindo melhores chances de cura.
Veja mais sobre o papanicolau e como entender o resultado do exame.
Para se fazer o diagnóstico da doença, o ginecologista raspa o tecido da superfície no interior da vagina para biópsia. No entanto, é possível observar a olho nu alguma ferida ou área suspeita durante uma consulta ginecológica de rotina.
O que causa o câncer vaginal
Não existe uma causa específica para o surgimento do câncer na vaginal, porém, estes casos geralmente estão relacionados com a infecção pelo vírus do HPV. Isso acontece porque alguns tipos do vírus são capazes de produzir proteínas que alteram a forma como o gene supressor de tumores funciona. Assim, as células cancerígenas têm mais facilidade para aparecer e se multiplicar, causando um câncer.
Quem tem maior risco
O risco de desenvolver algum tipo de câncer na região genital é superior em mulheres com infecção por HPV, no entanto, existem outros fatores que também podem estar na origem do câncer vaginal, e que incluem:
- Ter idade superior a 60 anos;
- Ter diagnóstico de neoplasia vaginal intraepitelial;
- Ser fumante;
- Ter infecção por HIV
Uma vez que este tipo de câncer é mais comum em mulheres que têm infecção por HPV, deve-se ter comportamentos de prevenção como evitar ter vários parceiros sexuais, usar preservativo e fazer a vacinação contra o vírus, que pode ser feita gratuitamente no SUS em meninas entre os 9 e 14 anos. Saiba mais sobre esta vacina e quando fazer a vacinação.
Além disso, mulheres que nasceram após a mãe ter feito tratamento com DES, ou dietilestilbestrol, durante a gravidez também podem ter maior risco para desenvolver câncer na vagina.
Como tratar
O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer que a mulher possui e o seu estadiamento, mas pode ser feito através da radioterapia ou da retirada dos tecidos afetados pela doença, através de uma cirurgia. A quimioterapia é indicada para o tratamento paliativo somente para alívio dos sintomas.
Entenda melhor quais as opções de tratamento para o câncer na vagina.