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Como identificar a sífilis congênita

A sífilis congênita acontece quando a bactéria responsável pela sífilis passa da mãe para o bebê através da placenta. Isso acontece especialmente durante a segunda metade da gestação ou quando a grávida nunca fez o tratamento para a sífilis ou começou o tratamento menos de 4 semanas antes do parto.

Além das alterações que pode provocar no bebê desde o nascimento, a sífilis congênita também pode ser responsável por problemas como aborto espontâneo, prematuridade ou baixo peso ao nascimento.

A sífilis congênita tem cura e o tratamento do bebê deve ser iniciado o mais rápido possível após o nascimento para evitar complicações graves, como surdez ou cegueira, que, mesmo após a cura da doença, não possem ser revertidas.

A sífilis pode passar pela placenta, infectando o bebê

Principais sintomas

Na maior parte dos casos os bebês nascem sem qualquer sintomas de infecção pela sífilis, porém até aos 2 anos de idade podem surgir sinais precoces como:

  • Manchas brancas e vermelhas com descamação da pele;
  • Pele muito amarelada;
  • Coriza com secreções avermelhadas;
  • Alterações visuais.
  • Dificuldade para aumentar de peso.

Após o 2º ano de vida podem ainda surgir sintomas mais graves como alterações no ossos, surdez, cegueira ou dificuldade para aprender, caracterizando a sífilis congênita tardia.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da sífilis congênita pode ser difícil de confirmar pois o exame utilizado para identificar esta doença geralmente apresenta um resultado positivo mesmo em bebês que não estão infectados, devido à passagem de anticorpos da mãe para o bebê.

Além disso, como a maior parte dos casos não apresenta sintomas antes dos 3 meses de idade é difcíl confirmar se o resultado do exame é verdadeiro.

Dessa forma, a necessidade de tratamento é indicada pelo risco de o bebê estar infectado por sífilis, que é determinado por fatores como o estado de tratamento da mãe, o resultado do exame de sífilis e o exame físico feito após o nascimento.

Como é feito o tratamento

O tratamento da sífilis congênita é sempre feito com injeções de penicilina, no entanto, as doses e duração do tratamento variam de acordo com o risco de infecção do bebê, sendo que o tratamento mais longo dura até 14 dias.

Veja como é feito o tratamento em cada tipo de risco do bebê.

Após o tratamento, o pediatra pode fazer várias consultas de acompanhamento para repetir o exame de sífilis no bebê e avaliar o seu desenvolvimento, confirmando que já não está infectado.

Como evitar a sífilis congênita

A única forma de reduzir o risco de passar a sífilis para o bebê é iniciar o tratamento da mãe durante a primeira metade da gravidez. Assim, é importante que a grávida faça todas as consultas de pré-natal, onde são feitos exames de sangue importantes para identificar possíveis infecções que podem afetar o bebê durante a gestação.