Como tratar a pré-eclâmpsia e quais são as complicações
O tratamento da pré-eclâmpsia busca garantir a segurança da mãe e do bebê, e leva em consideração a gravidade da doença, o tempo de gestação e as condições clínicas observadas durante a avaliação do obstetra. Geralmente, é indicado pelo obstetra a realização repouso, avaliações constantes do estado do bebê, uso de medicamentos anti-hipertensivos, como Hidralazina ou Metildopa, e, nos casos mais graves, antecipação do parto.
Geralmente, ela ocorre após a 20ª semana de gravidez, em cerca de 7 a cada 100 mulheres grávidas, sendo mais comum na primeira gestação ou na mulher que já tinha uma hipertensão arterial anterior, e pode provocar sinais e sintomas como pressão alta, inchaço generalizado, presença de proteínas na urina, dor de cabeça, visão turva ou alterações nos exames de sangue. Para saber mais sobre como identificar a pré-eclâmpsia e seus tipos, confira sintomas de oré-eclâmpsia.
As principais formas de tratamento são indicadas pelo obstetra, e incluem:
1. Pré-eclâmpsia leve
Neste caso, costuma ser orientado:
- Dieta regular, sem restrição de sal;
- Repouso;
- Medida da pressão arterial e quantidade de proteína na urina diariamente;
- Reavaliação médica, pelo menos, 2 vezes por semana.
Se houver piora da doença no período, está indicada a internação hospitalar e avaliação quanto a antecipação do parto.
2. Pré-eclâmpsia grave
A principal forma de tratamento, neste caso, é a antecipação do parto, do tipo cesárea, em caso de idade gestacional maior que 34 semanas.
Antes deste período, a observação pode ser feita se a mãe e o bebê tiverem um quadro clínico estável, sem piora, com um controle adequado da pressão arterial e se não houver alterações graves, como comprometimento das funções do fígado, rins, coração ou cérebro.
Também pode ser recomendado o uso de anti-hipertensivos, como Hidralazina ou Metildopa, caso a pressão esteja muito alta e com difícil controle.
Possíveis complicações
Algumas das complicações que a pré-eclâmpsia pode causar são:
- Eclâmpsia: é um quadro mais grave da pré-eclâmpsia, em que há episódios repetidos de convulsões, seguidos de coma, o que pode ser fatal se não for tratada imediatamente. Saiba como identificar e tratar e eclâmpsia;
- Síndrome HELLP: outra complicação caracterizada por, além dos sintomas de eclâmpsia, a presença de destruição das células sanguíneas, com anemia, hemoglobinas abaixo de 10,5% e queda das plaquetas abaixo de 100.000/mm3, além da elevação das enzimas hepáticas, com TGO acima de 70U/L. Saiba mais detalhes sobre esta síndrome;
- Sangramentos: acontecem devido à destruição e diminuição do número de plaquetas, e comprometimento da capacidade de coagulação;
- Edema agudo de pulmão: situação em que há coleção de líquido nos pulmões;
- Insuficiência do fígado e rins: que podem, até, se tornar irreversíveis;
- Prematuridade do bebê: situação que, se for grave e sem o adequado desenvolvimento dos seus órgãos, pode deixar sequelas e comprometer as suas funções.
Estas complicações podem ser evitadas, caso a gestante faça um acompanhamento e pré-natal adequados durante esse importante período, já que a doença pode ser identificada no começo e o tratamento pode ser feito o mais rápido possível.
A mulher que teve pré-eclâmpsia pode engravidar novamente, sendo importante que o pré-natal seja feito rigorosamente, conforme as orientações do obstetra.