pt.odysseedubienetre.be

O que é o Estado vegetativo e possíveis causas

O estado vegetativo acontece quando uma pessoa está acordada, mas não está consciente e também não tem qualquer tipo de movimento voluntário, não conseguindo, por isso, entender ou interagir com o que se passa à sua volta. Dessa forma, embora seja comum a pessoa em estado vegetativo abrir os olhos, normalmente é apenas uma reação involuntária do corpo, não sendo controlado pela sua própria vontade.

Geralmente, este estado surge quando existe uma diminuição muito acentuada da função cerebral, que apenas é suficiente para manter movimentos involuntários, como a respiração e o batimento cardíaco. Assim, embora os estímulos externos, como os sons, continuem chegando até ao cérebro, a pessoa não os consegue interpretar e, por isso, não tem qualquer reação.

O estado vegetativo é mais comum em pessoas que sofreram extensas lesões no cérebro, como acontece em casos mais graves de pancadas na cabeça, tumor cerebral ou AVC, por exemplo.

O que é o Estado vegetativo e possíveis causas

Principais sintomas do estado vegetativo

Além da falta de consciência e incapacidade para interagir com o que está à sua volta, a pessoa em estado vegetativo pode ainda apresentar outros sinais como:

  • Abrir e fechar os olhos durante o dia;
  • Movimentos lentos dos olhos;
  • Mastigar ou engolir, sem que seja durante a refeição;
  • Produzir pequenos sons ou gemidos;
  • Contrair os músculos quando escuta um som muito alto ou se provoca dor na pele;
  • Produção de lágrimas.

Este tipo de movimentos acontece devido a reações primitivas do corpo humano, mas são muitas vezes confundidos por movimentos voluntários, especialmente por familares da pessoa afetada, o que pode levar a que se acredite que a pessoa ganhou consciência e já não está no estado vegetativo.

Qual a diferença do coma

A principal diferença entre o coma e o estado vegetativo é que no coma a pessoa não parece estar acordada e, por isso, não existe abertura dos olhos ou movimentos involuntários como bocejar, sorrir ou produzir pequenos sons.

O estado vegetativo tem cura?

Em alguns casos o estado vegetativo tem cura, especialmente quando dura há menos de um mês e tem uma causa reversível, como uma intoxicação, por exemplo. Porém, quando o estado vegetativo é provocado por lesões no cérebro ou pela falta de oxigênio, a cura pode ser mais difícil e, muitas vezes, é mesmo impossível.

Normalmente, os médicos consideram que a cura é possível quando o estado vegetativo dura há menos de 1 mês, no caso de não ter existido um trauma na cabeça, ou dura há menos de 12 meses, quando houve uma pancada.

Se o estado vegetativo continuar por mais de 6 meses, normalmente é considerado um estado vegetativo persistente ou permanente e, quanto mais tempo passar, menores são as chances de cura. Além disso, após os 6 meses, mesmo que a pessoa recupere, é muito provável que fique com sequelas graves, como dificuldade para falar, caminhar ou compreender.

Principais causas do estado vegetativo

As causas do estado vegetativo geralmente estão relacionadas com lesões ou alterações do funcionamento do cérebro, por isso podem incluir:

  • Pancadas fortes na cabeça;
  • Acidentes ou quedas graves;
  • Hemorragia cerebral;
  • Aneurisma ou AVC;
  • Tumor cerebral.

Além disso, doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, também alteram o correto funcionamento do cérebro e, por isso, embora seja mais raro, também podem estar na base do estado vegetativo.

Como é feito o tratamento

Não existe um tratamento específico para o estado vegetativo e, por isso, o tratamento precisa sempre ser adaptado ao tipo de sintomas que cada pessoa apresenta, assim como às causas que estiveram na origem do estado vegetativo. Dessa forma, se existirem hemorragia cerebrais, é preciso estancá-las, já se existir uma intoxicação, é preciso combatê-la, por exemplo.

Além disso, é preciso substituir a pessoa nas tarefas vitais que não consegue fazer, como alimentar-se, hidratar-se e tomar banho, por exemplo. Assim, quase todos os pacientes em estado vegetativo devem ficar internados no hospital, para serem alimentados diretamente na veia e terem seus cuidados de higiene feitos diariamente.

Em alguns casos, especialmente quando existe uma elevada probabilidade de a pessoa recuperar, o médico pode também aconselhar a realização de fisioterapia passiva, na qual um fisioterapeuta movimenta regularmente os braços e as pernas do paciente para impedir que os músculos se vão degradando e para manter as articulações funcionais.