A dor pélvica é uma dor sentida na região abaixo do abdômen, também conhecida como "pé da barriga" e, geralmente, é sinal de problemas ginecológicos, urológicos, intestinais ou relacionados à gravidez.
Este sintoma é mais comum na mulher, mas também pode surgir no homem, estando mais relacionado com problemas intestinais ou na próstata, por exemplo.
Para fazer o diagnóstico correto da causa desta dor deve-se ir ao médico e fazer exames como urina, ultra-sonografia ou tomografia computadorizada. Dependendo da causa, o tratamento pode incluir o uso de analgésicos, anti-inflamatórios ou antibióticos, havendo até casos em que pode ser necessária a realização de uma cirurgia, como nos casos de mioma ou tumor, por exemplo.
É mais comum em adolescentes e é causada pela contração uterina involuntária durante a menstruação, tendendo a melhorar com o passar dos anos e com a gravidez. A cólica menstrual que surge mais tarde, que apresenta piora aos poucos ou que dura mais que o período da menstruação pode indicar outras situações, como efeito colateral do uso do DIU, por exemplo, sendo também importante pesquisar doenças pélvicas, como endometriose.
Para tratar a cólica menstrual o ginecologista pode indicar medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para serem usados nos períodos de dor. Em alguns, casos, pode ser feito o uso de pílulas hormonais ajudam a regular a menstruação e aliviar a dor pélvica.
A dor pélvica na gravidez é bastante comum e pode ter como causas a produção de um hormônio chamado relaxina que é responsável por tornar os ligamentos mais elásticos, tornando as articulações mais soltas para o parto, e pelo aumento da pressão nos órgãos e músculos da região da pelve com o avançar da gravidez.
A dor não é intensa, e pode ter início logo no primeiro trimestre de gestação ou pode surgir apenas poucos dias antes do parto. Em grande parte das vezes a dor surge no final da gravidez quando o peso da barriga começa a ser maior.
Entretanto, em alguns casos, pode indicar uma complicação mais séria deste período, como gravidez ectópica ou um abortamento, por isso, sempre que a dor pélvica surge ao longo de uma gravidez ou após um atraso menstrual, é importante consultar-se como ginecologista.
Existem várias causas urológicas que podem causar dor na região pélvica. Estas incluem:
Caso a dor pélvica seja acompanhada de dor para urinar, presença de sangue na urina ou febre, as causas urológicas ficam mais prováveis, sendo necessário consultar-se com o médico para realização de exames de urina e ultrassom das vias urinárias, se necessário.
A endometriose é o crescimento de tecido do endométrio fora do útero, o que causa inflamação e dor pélvica que piora na menstruação, aumento do fluxo menstrual, além de dor durante o contato íntimo e dificuldade para engravidar. Não é fácil identificar a endometriose, podendo ser necessário realizar exames como ultrassom ou até cirurgia com biópsia. Entenda os principais sintomas que indicam endometriose.
Quando leve, o tratamento pode ser feito com medicamentos para aliviar a dor, como Ibuprofeno, entretanto, nos casos mais graves podem ser usados remédios hormonais ou cirurgia para endometriose, que ajudam a reduzir a quantidade de tecido endometrial fora do útero.
Os miomas uterinos são tumores benignos formados no tecido muscular que forma o útero, e apesar de nem sempre causarem sintomas, podem provocar dor pélvica, sangramentos ou dificuldade para engravidar. Saiba mais sobre o que é e o que causa o mioma.
Nem sempre é necessário tratar, sendo indicado uso de medicamentos analgésicos para aliviar a dor pélvica, quando necessários. Entretanto, quando provoca sintomas intensos ou dificuldade para engravidar, o ginecologista pode indicar a realização de cirurgia ou outras técnicas, como embolização ou cauterização da parede do útero, para remoção do tumor.
A presença de cistos, tumores ou infecções ovarianas podem causar dor pélvica, pois causam distensão, contração ou inflamação da musculatura do sistema reprodutor, além de aumentarem o risco de torção das tubas uterinas, situação chamada torção anexial. Nestes casos, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos ou a realização de cirurgia, de acordo com cada caso.
Outra causa comum de dor pelvica é dor ovulatória, também conhecida como "dor do meio", pois surge durante a ovulação, já que neste período há uma intensa estimulação hormonal, com liberação dos ovócitos pelo ovário, o que pode causar dor que, geralmente, dura 1 a 2 dias. O alívio da dor pode ser feito com analgésicos ou anti-inflamatórios que podem aliviar os sintomas quando surgem.
É uma doença que causa inflamação nos órgãos genitais internos da mulher, geralmente, quando uma infecção genital alcança o colo uterino e atinge o útero, podendo subir até às trompas e ovários. Geralmente é causada por bactérias que podem ser sexualmente transmissíveis, e podem ser infecções agudas ou crônicas, podendo persistir por vários meses ou anos.
O tratamento para doença inflamatória pélvica pode ser feito com o uso de antibióticos por via oral ou por via intramuscular por cerca de 14 dias, sendo necessário, em alguns casos, cirurgia para tratar a inflamação das tubas uterinas ou para drenagem de abscessos. Também é recomendado que o parceiro seja tratado, mesmo que não tenha sintomas, para evitar a recontaminação.
Outros tipos de infecções genitais, como as causadas por candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase, por exemplo, também podem causar dor pélvica. Embora este tipo de infecção possa surgir em todas as mulheres e em qualquer idade, é mais frequente nas que já iniciaram a atividade sexual, uma vez que o contato íntimo facilita o contato com microorganismos. Confira como identificar e tratar a vulvovaginite.
Doenças do intestino, como gastroenterites, apendicite, diverticulite, doença inflamatória intestinal, doença do intestino irritável ou, até, câncer, também são causas de dor pélvica. Geralmente, estão associadas a mudanças do ritmo intestinal, como diarréia, além de náuseas e vômitos.
A presença de uma hérnia na região pélvica pode causar dor nesta região, assim como a inflamação ou lesão de qualquer músculo localizado nesta área causam este sintoma. O hematoma da parede abdominal, comum após uma pancada na região, mesmo que não seja visível, é causa de dor que pode ser intensa.
Outras causas mais raras de dor pélvica podem incluir desde alterações na circulação sanguínea, doenças do sistema nervoso ou até auto-imunes, mas geralmente são suspeitadas quando as causas mais prováveis são descartadas pela avaliação médica.
Como as causas de dor pélvica são muito variadas, sempre que a dor for intensa ou persistir por mais de 1 dia, é importante procurar a avaliação médica para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos de forma eficaz.
Além disso, a consulta anual com o ginecologista ou urologista é importante para a detecção de alterações que podem não ser percebidas de início, o que pode prevenir sérios problemas e evitar complicações futuras, melhorando a saúde e o bem-estar.
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