Principais sintomas da doença do sono
A doença do sono, conhecida cientificamente como Tripanossomíase africana humana, é uma doença causada pela picada da mosca de tsé-tsé, que é frequente em vários países africanos.
Geralmente, os sintomas surgem algumas semanas após a picada, mas podem demorar vários meses para surgir, dependendo da resposta do organismo e da espécie da mosca, por exemplo.
Os primeiros sintomas são mais difíceis de identificar pois incluem dor de cabeça, febre e dores articulares, que podem ser confundidos com uma gripe ou resfriado. No entanto, com o tempo, o parasita afeta o sistema nervoso central e surgem outros sinais como:
- Confusão frequente;
- Alterações repentinas de comportamento;
- Dificuldade de coordenação;
- Problemas de equilíbrio.
Além disso, também surgem as conhecidas alterações do sono que provocam uma sensação de sono excessivo durante o dia, mas dificuldade para manter uma boa noite de sono e descansar.
Esta doença deve ser identificada e tratada assim que possível, pois se evoluir muito pode colocar em risco a vida da pessoa, devido às lesões causadas pelo parasita no sistema nervoso e várias partes do cérebro.
Como se transmite
A forma de transmissão mais comum da doença do sono é através da picada da mosca de tsé-tsé. Em casos mais raros, a infecção também pode surgir devido à picada de outro tipo de moscas ou mosquitos, que tenham picado anteriormente uma pessoa contaminada com o parasita, por exemplo.
Assim, as melhores formas de prevenção são:
- Utilizar roupa de manga comprida, preferencialmente de cor neutra, uma vez que a mosca é atraída por cores brilhantes;
- Evitar estar perto de mato, pois a mosca pode habitar em pequenos arbustos;
- Utilizar repelente de insetos, especialmente para afastar outros tipos de moscas e mosquitos que podem transmitir a doença.
Além disso, a infecção com o parasita também pode passar de mães para filhos, surgir de picadas acidentais com agulhas contaminadas ou acontecer após relações íntimas sem camisinha.
Como é feito o tratamento
O tratamento varia de acordo com o grau de evolução da doença, sendo que antes de afetar o sistema nervoso central é mais rápido e com medicamentos menos agressivos, como Pentamidina ou Suramina. Já quando a doença está mais avançada, é necessário usar medicamentos mais agressivos e com mais efeitos colaterais, como Melarsoprol, Eflornitina ou Nifurtimox, que devem ser administrados no hospital.
Este tratamento deve ser mantido até que o parasita seja completamente eliminado do organismo e, por isso, é necessário fazer exames de sangue e outros fluídos corporais para garantir que o parasita foi completamente eliminado. Depois disso, é necessário manter uma vigilância de 24 meses para garantir que a doença não volta a surgir, podendo ser necessário fazer exames de sangue regulares.