O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro, e isso pode ter diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo, que dão origem ao AVC isquêmico, ou sangramento por pressão alta e até, ruptura de um aneurisma, dando origem ao AVC hemorrágico.
Quando esta situação acontece, as sequelas dependem da gravidade da lesão cerebral e do tratamento adequado, sendo comum ficar com fraqueza em um lado do corpo ou dificuldade na fala, por exemplo. Por isso, é importante focar em terapias de reabilitação, para diminuir qualquer tipo de dificuldade que tenha permanecido. Saiba mais sobre as principais sequelas e como tratar.
Existem diversas causas para o derrame cerebral isquêmico e hemorrágico, sendo sempre possível, para cada situação, adotar comportamentos ou tratamentos que, se feitos da forma correta, podem evitar esta situação. As principais causas são:
O AVC isquêmico é causado pela obstrução de algum vaso que leva sangue ao cérebro, que na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acontecer em jovens. Isso pode acontecer devido a:
Hábitos de vida como o tabagismo, o consumo de alimentos ricos em gorduras, frituras, sal, carboidratos e açúcares, aumentam o risco de desenvolver o acúmulo de placas de gordura, também chamadas de aterosclerose, nos vasos sanguíneos do cérebro e em vasos importantes para a circulação cerebral. Quando isso acontece, o sangue não consegue passar e, as células da região afetada começam a morrer por falta de oxigênio.
Doenças como pressão alta, colesterol, triglicerídeos altos, obesidade ou diabetes são os maiores riscos para a formação de acúmulo de placas de gordura, assim como o desenvolvimento de inflamações nos vasos sanguíneos e doenças cardíacas, sendo importantes riscos para o AVC.
Alterações no coração, como presença de uma arritmia, dilatação ou alterações no funcionamento do músculo cardíaco ou de suas valvas, assim como a presença de um tumor ou calcificação, contribuem para a formação de coágulos, que podem chegar ao cérebro pela corrente sanguínea.
Outras situações menos comuns para a ocorrência de um derrame cerebral, e que devem ser suspeitadas, principalmente, quando acontece em pessoas jovens, incluem:
O tratamento em uma situação de AVC, independente da causa, deve ser iniciado o mais rápido possível, já na emergência, com uso de medicamentos para auxiliar o retorno do fluxo de sangue, como AAS, clopidogrel, trombólise e controle da pressão arterial e dos dados vitais. Saiba, em mais detalhes, como é feito o tratamento para AVC.
O derrame cerebral hemorrágico acontece quando há um sangramento dentro do cérebro ou nas meninges, que são películas que envolvem o cérebro. Este tipo de AVC pode acontecer tanto em idosos quanto em jovens, e as principais causas são:
A pressão muito elevada pode romper algum dos vasos do cérebro, sendo esta a principal causa do AVC hemorrágico. Geralmente, acontece em pessoas que têm picos de pressão muito alta, por não realizar o tratamento da hipertensão.
O traumatismo crânio-encefálico, que pode acontecer em acidentes de trânsito, é uma importante causa de AVC, pois pode provocar o sangramento dentro e ao redor do cérebro, sendo uma situação muito grave e que põe em risco a vida da pessoa.
A presença de um aneurisma ou outras mal-formações de vasos sanguíneos dentro do cérebro, aumentam o risco de ruptura e hemorragia, principalmente quando seu tamanho aumenta com o tempo.
Os remédios anticoagulantes são muito importantes em diversas doenças, como arritmias, trombose ou doenças das valvas do coração, por exemplo, entretanto, se usados da forma errada, ou se a pessoa não se tiver alguns cuidados, por aumentar o risco de sangramentos, inclusive dentro o cérebro.
Outras causas menos comuns para o AVC hemorrágico podem incluir:
Um AVC hemorrágico também deve ser tratado o mais rapidamente possível, já no pronto-socorro, com o controle dos dados vitais, e, se necessário, com a realização de cirurgia, para que se diminua o risco de vida e de formação de sequelas.
O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos ou, quando acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e de reabilitação para deixar menos sequelas.
Além disso, é possível que o corpo se recupere de boa parte, ou totalmente, dos sintomas e dificuldades que surgem com o AVC, o que também depende de um acompanhamento com neurologista, e da realização de uma reabilitação, com:
Desta forma, mesmo que as sequelas do AVC não diminuam ou recuperem rapidamente, é possível melhorar a qualidade de vida da pessoa que convive com esta situação.