Transplante de coração: Como é feito, riscos e recuperação
O transplante de coração consiste na substituição do coração por outro, vindo de um indivíduo que esteja com morte cerebral e, que seja compatível com o do paciente que tem um problema cardíaco potencialmente fatal.
Desta forma, a cirurgia só é feita em casos de doenças cardíacas graves e, que ponham em risco a vida do paciente e, é realizada no hospital, sendo necessário internamento durante 1 mês e cuidados depois da alta para que não ocorra a rejeição do órgão.
Como é feita a cirurgia
O transplante de coração é feito por uma equipe médica especializada dentro de um hospital devidamente equipado, pois é uma cirurgia complexa e delicada, onde é removido o coração e substituído por outro compatível, porém, permanece sempre alguma parte do coração do paciente cardíaco.
A cirurgia é feita seguindo as seguintes etapas:
- Anestesiar o paciente no bloco operatório;
- Fazer um corte no peito do doente, ligando-o a uma máquina de coração-pulmão, que durante a cirurgia vai ajudar a bombear o sangue;
- Remover o coração fraco e colocar o coração do dador no local, suturando-o;
- Fechar o tórax, fazendo uma cicatriz.
O transplante cardíaco demora algumas horas e após o transplante o indivíduo é transferido para a unidade de cuidados intensivos e, deverá permanecer internado no hospital por cerca de 1 mês para recuperar-se e para evitar infecções.
Indicações para o transplante
Há indicação para um transplante de coração em caso de doenças cardíacas graves em estágios avançados, que não podem ser solucionadas com a ingestão de medicamentos nem com outras cirurgias, e que põem em causa a vida do individuo, como:
- Doença coronária grave;
- Miocardiopatia;
- Doença cardíaca congênita
- Válvulas cardíacas com alterações graves.
O transplante pode afetar indivíduos de todas as idades, desde recém-nascidos a idosos, contudo, a indicação para o transplante cardíaco também irá depender do estado dos outros órgãos, como cérebro, fígado e rins, pois se eles estiverem gravemente comprometidos, o indivíduo poderá não se beneficiar do transplante.
Contraindicações para o transplante
As contraindicações para o transplante de coração incluem:
Pacientes com AIDS, hepatite B ou C | Incompatibilidade sanguínea entre receptor e doador | Diabetes insulino-dependente ou diabetes mellitus de difícil controle, obesidade mórbida |
Insuficiência hepática ou renal irreversível | Doença psiquiátrica grave | Doença pulmonar grave |
Infecção ativa | Úlcera péptica em atividade | Embolia pulmonar com menos de três semanas |
Câncer | Amiloidose, sarcoidose ou hemocromatose | Idade maior do que 70 anos. |
Embora, existam contraindicações o médico avalia sempre os riscos e os benefícios da cirurgia e, em conjunto com o paciente decidem se a cirurgia deve ou não ser feita.
Riscos do transplante de coração
Os riscos do transplante de coração envolvem:
- Infecção;
- Rejeição ao órgão transplantado, principalmente durante os primeiros 5 anos;
- Desenvolvimento de aterosclerose, que é o entupimento das artérias cardíacas;
- Aumento do risco de desenvolver um câncer.
Apesar destes riscos, a sobrevida dos indivíduos transplantados é grande e a maioria vive mais de 10 anos depois do transplante.
Preço do transplante de coração
O transplante cardíaco pode ser realizado nos hospitais conveniados ao SUS, em algumas cidades, como Recife e São Paulo e, a demora depende do número de doadores e da fila de pessoas com a necessidade de receber esse órgão.
Recuperação após transplante do coração
Alguns cuidados importantes que o transplantado deve ter depois do transplante do coração incluem:
- Tomar remédios imunossupressores, segundo indicação do médico;
- Evitar o contato com pessoas que estejam doentes, ambientes poluídos ou muito frios, pois o vírus poderá desencadear uma infecção e levar à rejeição do órgão;
- Fazer uma alimentação equilibrada, eliminando todos os alimentos crus da dieta e, optando apenas alimentos cozidos para reduzir o risco de infeção.
Estes cuidados devem ser seguidos por toda vida, podendo o transplantado ter uma vida praticamente normal, e até mesmo realizar até mesmo atividade física. Saiba mais em: Pós Operatório de Cirurgia Cardíaca.