Prolactina alta: Sintomas, Valores, Causas e Tratamentos
A prolactina é um hormônio que estimula as glândulas mamárias a produzir leite materno na gravidez e durante a amamentação. Por isso, a prolactina alta no sangue pode ser sinal de gravidez e um teste de gravidez pode ser indicado. Fora da gravidez a prolactina também é responsável por regular outros hormônios participando da ovulação e da menstruação.
No entanto, em alguns casos pode haver aumento de prolactina no sangue e as causas podem ser o uso de remédios, hipotireoidismo ou tumor que, pode ser benigno ou maligno, na glândula onde este hormônio é produzido, a hipófise. Essa alteração é mais comum em mulheres jovens, com idades entre 25 e 34 anos, mas homens também podem ser afetados.
Sintomas de prolactina alta
Em caso de prolactina alta em mulheres podem surgir sintomas como:
- Atraso ou ausência menstrual por mais de 35 dias em cada ciclo;
- Produção de leite materno, mesmo sem estar grávida ou ter tido um bebê recentemente;
- Diminuição da líbido;
- Infertilidade, havendo dificuldade para engravidar por longos meses ou anos;
- Pode haver osteoporose, com diminuição de 25% da massa óssea na coluna.
Nos homens o aumento da prolactina pode causar sintomas como:
- Saída de leite pelas mamas do homem;
- Diminuição da líbido;
- Disfunção erétil;
- Diminuição da produção de testosterona;
- Diminuição da produção de espermatozoides;
- Infertilidade;
- Aumento das mamas;
- Osteoporose.
Outros sintomas comummente encontrados tanto a mulher, como no homem, são a dor de cabeça e as alterações na visão. Saiba tudo sobre o aumento da prolactina no homem.
Causas da prolactina elevada
A prolactina elevada pode estar relacionada com:
- Gravidez ou amamentação;
- Exercício físico intenso;
- Sono acumulado e stress psicológico;
- Estimulação mamária;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Uso de remédios antidepressivos ou remédios para convulsão, anestesia, alergia, pressão alta, estrogênios, enjôo,
- Hipotireoidismo primário;
- Cirurgia na cabeça ou no tórax ou traumatismos nestes locais;
- Doença de Addison ou doenças como acromegalia, hipofisite ou adenoma;
- Tumor no cérebro;
- Exposição à radiação na região da cabeça.
Nas mulheres em cerca de 30% dos casos do aumento da prolactina, sem estar relacionada a gravidez ou amamentação, se deve a Síndrome dos Ovários Policísticos, ou devido a presença de um pequeno tumor com menos de 10 mm de diâmetro, que muito raramente aumenta de tamanho e que nem sempre pode ser visto numa Ressonância Magnética.
Como baixar a prolactina
O tratamento para normalizar os valores da prolactina é indicado quando os sintomas são desagradáveis e prejudicam a vida do indivíduo.
Nos casos onde a causa é uso de remédios, deve-se conversar com o médico para verificar a possibilidade de trocar por outro medicamento que não interfira na prolactina.
Também é importante iniciar o tratamento quando o casal possui o desejo de engravidar, mas não tem sido possível devido a infertilidade. Certos casais conseguem engravidar com valores de 50 a 60 ng/mL, mas pode ser preciso baixar ainda mais esses valores com o uso de remédios como Dostinex ou Parlodel, por exemplo, porque a prolactina alta aumenta o risco de aborto espontâneo.
Quando a causa é um tumor, deve-se realizar o tratamento com medicamentos, como cabergolina e bromocriptina, que normalmente reduzem o seu tamanho, em aproximadamente 2 anos e em casos mais raros pode ser necessário fazer cirurgia, e por vezes, radioterapia, que só é indicada para tumores agressivos ou malignos.
Valores de referência
Na mulher, fora da gravidez e amamentação, é normal a prolactina estar abaixo de 25ng/mL e no homem é normal o valor abaixo de 20 ng/mL. No entanto, como a forma de realizar o exame pode variar de um laboratório para o outro, deve-se observar os valores de referência de onde realizar o exame.
Quando a prolactina está acima de 100 ng/mL a causa mais comum é o uso de remédios ou a presença de microtumores, e quando os valores estão acima de 250 ng/mL provavelmente se trata de um tumor maior.
Se existir a suspeita de um tumor o médico pode optar por repetir o exame da prolactina a cada 6 meses durante 2 anos, fazendo depois somente 1 exame por ano, para verificar se houve alguma alteração.
Como se preparar para o exame
Para realizar o exame da prolactina de forma mais correta deve-se seguir alguns cuidados como tirar sangue, pelo menos 1 hora depois de acordar e tomar o café da manhã.
Normalmente basta 1 exame para identificar alterações na prolactina, mas quando o resultado é de 20 à 60 ng/mL, o médico pode achar mais seguro fazer mais um exame para confirmar os valores.