Linfócitos - O que são e Valores de Referência
Os linfócitos são um tipo de célula de defesa do organismo, também conhecidos como glóbulos brancos, que são produzidos em maior quantidade quando existe uma infecção, sendo, por isso, um bom indicador do estado de saúde do paciente.
Normalmente, o número de linfócitos pode ser avaliado através do exame de sangue, sendo que quando estão aumentados, geralmente, é sinal de uma infecção e, por isso, é recomendado consultar um clínico geral para diagnosticar o problema e iniciar o tratamento adequado.
Os valores de referência dos linfócitos são de 20 a 50% ou 1500 a 5000/mm3 de sangue.
Linfócitos alterados
Os linfócitos são considerados alterados quando o resultado do hemograma, que é o exame de sangue, está acima ou abaixo dos valores de referência. Assim as principais causas incluem:
- Linfócitos aumentados: é sinal de algum tipo de infecção, podendo indicar problemas simples, como alergia ou gripe, e até ser sinal de problemas mais graves como hepatite viral, toxoplasmose ou rubéola, por exemplo.
- Linfócitos baixos: podem indicar problemas com a medula óssea, como anemia aplástica ou leucemia, por exemplo, ou ser sinal de doenças auto-imunes que atacam as células de defesa do organismo, como no caso do HIV.
No entanto, qualquer uma destas alterações no número de leucócitos pode ser provocada pela ingestão de alguns tipos de remédios ou situações de estresse, por exemplo, e, por isso, é recomendado consultar um clínico geral para avaliar a causa e iniciar o tratamento adequado, caso seja necessário.
Tipos de linfócitos
Existem 2 tipos principais de linfócitos no organismo, os linfócitos B, que são células imaturas produzidas na medula óssea e lançadas para a corrente sanguínea para produzir anti-corpos contra bactérias, vírus e fungos, e os linfócitos T, que são produzidos na medula óssea mas que depois são desenvolvidas no timo até se dividirem em 3 grupos:
- Linfócitos CD4: ajudam os linfócitos B a eliminar infecções, sendo o primeiro alerta do sistema imune. Normalmente estas são as primeiras células a serem afetadas pelo vírus do HIV, sendo que em pacientes infectados o exame de sangue indica um valor inferior a 100/mm3 .
- Linfócitos CD8: diminuem a atividade de outros tipos de linfócitos e, por isso, encontram-se aumentados em casos de HIV estando acima de 1000/mm3.
- Linfócitos citotóxicos: destroem células anormais e infectadas por vírus ou bactérias.
Porém, os testes do tipo de linfócitos, especialmente do tipo CD4 ou CD8, devem ser sempre interpretados por um médico para avaliar se existe risco de ter HIV, uma vez que outras doenças também podem provocar o mesmo tipo de alterações.
Assim, caso exista dúvidas sobre estar infectado pelo HIV é aconselhado fazer o teste de laboratório que procura o vírus dentro das células do organismo. Saiba mais sobre teste do HIV.
O que são linfócitos atípicos?
Linfócitos atípicos são linfócitos que apresentam forma variada e que surgem normalmente quando há infecções, principalmente infecções virais, como a mononucleose, herpes, AIDS, rubéola e varicela. Além do aparecimento nas infecções virais, os linfócitos atípicos podem ser identificados no hemograma quando há uma infecção bacteriana, como a tuberculose e a sífilis, infecção por protozoários, como a toxoplasmose, quando há hipersensibilidade a drogas ou nas doenças auto-imunes, como no lúpus.
Normalmente a quantidade desses linfócitos volta ao normal (valor de referência dos linfócitos atípicos é 0%) quando o agente causador da infecção é eliminado.
Esses linfócitos são considerados linfócitos T ativados que são produzidos em resposta aos linfócitos do tipo B infectados e desempenham as mesmas funções que os linfócitos típicos na resposta imune. Os linfócitos atípicos são geralmente maiores que os linfócitos normais e forma variável.