Conheça a Gripe Espanhola que também afetou o Brasil
A gripe espanhola foi uma doença provocada por uma mutação do vírus da gripe que levou à morte de mais de 50 milhões de pessoas, afetando toda a população mundial entre os anos de 1917 e 1918, durante a primeira guerra mundial.
Inicialmente, a gripe Espanhola surgiu apenas na Europa e nos Estados Unidos, mas em poucos meses se espalhou pelo resto do mundo, afetando a Índia, o sudeste asiático, o Japão, a China, a América Central e inclusive o Brasil, onde matou mais de 10 mil pessoas no Rio de Janeiro e 2 mil em São Paulo.
A gripe espanhola não tinha cura, mas a doença desapareceu por volta do ano 1918, não tendo sido registados mais casos da doença desde essa época.
Sintomas da gripe Espanhola
O vírus da gripe espanhola tinha a capacidade de afetar vários sistemas do organismo, ou seja, podia causar sintomas ao atingir os sistemas respiratório, nervoso, digestivo, renal ou circulatório. Assim, os principais sintomas da gripe espanhola incluam:
- Dores musculares e nas articulações;
- Intensa dor de cabeça;
- Insônia;
- Febre acima de 38º;
- Cansaço excessivo;
- Dificuldade para respirar;
- Sensação de falta de ar;
- Inflamação da laringe, faringe, traquéia e brônquios;
- Pneumonia;
- Dor abdominal;
- Aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos;
- Proteinúria, que é o aumento da concentração de proteína na urina;
- Nefrite.
Após algumas horas de surgimento dos sintomas, os pacientes com gripe Espanhola podiam apresentar manchas marrons no rosto, pele azulada, tosse com sangue e sangramentos pelo nariz e orelhas.
Causa da gripe Espanhola
A gripe Espanhola foi causada por uma mutação aleatória no vírus da gripe, o H1N1, que foi facilmente transmitido de pessoa para pessoa por meio do contato, tosse e ar.
Como era feito o tratamento
Não foi descoberto um tratamento para a gripe Espanhola, sendo que apenas era aconselhado repousar e manter uma alimentação e hidratação adequadas. Assim, poucos eram os pacientes que ficavam curados, dependendo do seu sistema imune.
Como não havia vacina na época contra o vírus, o tratamento era feito para combater o sintomas e normalmente era receitado pelo médico aspirina, que é um anti-inflamatório usado para aliviar a dor e baixar a febre.
A mutação do vírus da gripe comum de 1918 é semelhante à que surgiu nos casos da gripe das aves (H5N1) ou gripe suína (H1N1). Nestes casos, como não era fácil identificar o organismo que estava causando a doença, não era possível encontrar um tratamento eficaz, tornando a doença fatal na maior parte dos casos.
Prevenção da gripe Espanhola
Para evitar a transmissão do vírus da gripe Espanhola era recomendado evitar estar em lugares públicos com muita gente, como teatros ou escolas, e, por isso, algumas cidades foram abandonadas.
Hoje em dia a melhor forma de prevenir a gripe é por meio da vacinação anual, uma vez que os vírus sofrem mutações aleatórias ao longo do ano para poderem sobreviver. Além da vacina, existem antibióticos, que surgiram em 1928, e que podem ser receitados pelo médico para evitar a ocorrência de infecções bacterianas posteriores à gripe.
É importante, também, evitar ambientes muito populosos, pois o vírus da gripe pode passar de pessoa para pessoa facilmente. Veja como prevenir a gripe.