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Saiba os riscos da Epilepsia na Gravidez

Durante a gravidez, as crises de epilepsia podem diminuir ou aumentar, mas costumam ser mais frequentes principalmente no terceiro trimestre da gravidez e próximo ao parto.

O aumento das crises se deve principalmente devido às alterações normais dessa fase da vida, como aumento de peso, alterações hormonais e aumento do metabolismo. Além disso, a frequência com que a doença ataca também pode se dar porque a gestante suspende o uso da medicação, por medo de afetar a saúde do bebê.

A presença de epilepsia durante a gravidez aumenta as chances das seguintes complicações:

  • Aborto espontâneo;
  • Parto prematuro;
  • Morte do bebê após o nascimento;
  • Atraso no desenvolvimento;
  • Malformações genéticas, como problemas no coração, lábio leporino e espinha bífida;
  • Baixo peso ao nascer;
  • Pré-eclâmpsia;
  • Sangramento vaginal.

No entanto, ainda não se sabe se o aumento do risco de complicações é devido à própria doença ou ao tratamento com uso de medicamentos anticonvulsivantes.

Quando se preocupar

Em geral, as crises parciais simples, crises de ausência, que são aqueles em que a pessoa perde a consciência apenas por um breve período de tempo, e as crises mioclônicas, caracterizadas por breves contrações musculares semelhantes a choques elétricos, não trazem riscos à gravidez. Veja Como identificar e tratar a crise de ausência.

No entanto, mulheres que já tinham crises de difícil controle antes ou que apresentem crises generalizadas tônico-clônicas, em que ocorre perda de consciência e rigidez muscular generalizada, têm maiores chances de causar danos, como falta de oxigênio para o bebê e palpitações cardíacas.

Como tratar

O tratamento é feito de acordo com o tipo e a frequência de crises apresentada, e em mulheres que estão há mais de 2 anos sem ter convulsões, o médico pode avaliar a suspensão da medicação tanto durante o planejamento da gravidez quanto durante o primeiro trimestre de gestação.

Dentre os medicamentos utilizados, o Valproato é o mais relacionado com maiores chances de malformações fetais, e para diminuir esse efeito, é comum que ele seja prescrito com a Carbamazepina.

No entanto, é importante seguir o tratamento prescrito, não devendo-se suspender o uso do medicamento sem orientação médica, mesmo que não venha apresentando crises ou que as crises tenham aumentado com a medicação.

Como fica a amamentação

Mulheres com epilepsia podem amamentar normalmente o bebê, mas alguns medicamentos utilizados no tratamento da doença podem causar irritação e sonolência nas crianças.

Deve-se amamentar o bebê após 1 hora da tomada da medicação, e é recomendado que o aleitamento seja feito enquanto a mãe está sentada no chão, em uma poltrona ou deitada na cama para evitar acidentes, pois as convulsões podem surgir durante a amamentação.

Para evitar complicações, saiba o que fazer na crise de epilepsia.