Esclareça todas as Dúvidas sobre a Endometriose
A endometriose é caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora do útero, em locais como os intestinos, ovários, trompas de falópio ou bexiga, o que causa sintomas como dores muito fortes, especialmente durante a menstruação, mas que também podem ser sentidas nos outros dias do mês.
Além do tecido endometrial, podem estar presentes a glândula ou estroma que também são tecidos que não deveriam estar em outros locais do corpo, somente dentro do útero. Essa alteração pode se espalhar por diversos tecidos da cavidade pélvica, causando uma inflamação crônica nestas áreas.
1. O que é endometriose intestinal?
A endometriose intestinal é quando o tecido endometrial (que reveste o útero internamente) se espalha pelo corpo e chega até o intestino, causando aderências. Esse tecido também responde aos hormônios, e por isso também sangra durante a menstruação. Assim durante essa fase a mulher apresenta também sangramento pelo ânus, além de ter cólicas muito fortes. Saiba tudo sobre a endometriose intestinal.
2. É possível engravidar com endometriose?
A endometriose pode atrapalhar quem deseja engravidar podendo causar infertilidade, mas isto nem sempre acontece porque depende muito dos tecidos que estão envolvidos. É muito mais difícil engravidar quando há endometriose nos ovários ou nas trompas de faópio, do que quando há somente em outras regiões. Teoricamente, quando mais tecido endometrial estiver fora do útero, mais difícil será engravidar. Veja porque em: Quem tem endometriose pode engravidar?
3. Como saber se tenho endometriose?
Se a mulher apresentar sintomas como menstruação abundante, dor durante o contato íntimo ou logo após a relação e dor no pé da barriga deve ir ao ginecologista para realizar exames como ultrassom transvaginal ou pélvico para verificar se realmente é endometriose e iniciar o tratamento adequado.
4. O que causa endometriose?
Teoricamente as causas da endometriose podem ser:
- Menstruação retrógrada, ou seja, a presença de restos de menstruação em órgãos pélvicos e abdominais que dá origem ao tecido endometrial causando a doença. Estes restos menstruais presentes na cavidade abdominal deveriam ser eliminados pelas células de defesa do organismo, mas por alguma falha, isto não acontece e é isto que vêm sendo estudado ao longo dos últimos anos.
- Fatores ambientais como a presença de poluentes chamados PCB e TCDD estão presente na gordura das carnes, água e refrigerantes e podem alterar o sistema imune fazendo com que o corpo não reconheçam estes tecidos, o que daria início a endometriose, mas mais pesquisas científicas devem ser realizadas para comprovar estas teorias.
Além disso sabe-se que mulheres com casos de endometriose na família têm mais chances de desenvolver a doença e por isso fatores genéticos também estariam envolvidos.
5. A endometriose tem cura?
A endometriose tem cura através da cirurgia para retirar todo o tecido endometrial espalhado na região pélvica, mas também pode ser necessário retirar o útero e os ovários, se a mulher não deseja engravidar. Existem outras opções como analgésicos e remédios hormonais, que ajudam a controlar a doença e aliviam os sintomas, mas se o tecido estiver espalhado em outras regiões, somente a cirurgia será capaz de fazer a sua remoção completa.
6. Qual o melhor tratamento para endometriose?
O tratamento da endometriose deve ser orientado pelo ginecologista e, normalmente, depende da idade da mulher e dos sintomas que apresenta.
- Endometriose leve: Podem ser usados antiinflamatorios, como o ibuprofeno, que reduzem as dores, mas que não impedem o desenvolvimento da doença.
- Endometriose profunda: Podem ser usados remédios hormonais ou cirurgia para endometriose, que ajudam a reduzir a quantidade de tecido endometrial fora do útero.
No entanto, estes tipos de tratamentos reduzem as chances de engravidar e só são usados em casos mais avançados ou quando a mulher está perto da menopausa. Saiba mais detalhes do tratamento em: Tratamento para endometriose.
7. Como é a cirurgia para endometriose?
A cirurgia é feita pelo ginecologista por videolaparoscopia e consiste em remover a maior quantidade possível de tecido endometrial que esteja fora do útero. Essa cirurgia é delicada, mas pode ser a melhor solução para os casos mais graves, quando o tecido se espalhou por diversas áreas causando dores e aderências. Saiba tudo sobre a cirurgia aqui.
8. Endometriose engorda?
A endometriose provoca inchaço abdominal e retenção de líquidos, porque acaba provocando uma inflamação nos órgãos em que se encontra, como ovários, bexiga, intestino ou peritôneo. Apesar de não haver um grande aumento de peso na maioria das mulheres, pode-se notar um aumento do volume abdominal, principalmente pélvico nos casos mais severos de endometriose.
9. Endometriose vira câncer?
Não necessariamente, mas uma vez que o tecido encontra-se espalhado por áreas onde ele não deveria estar, isso somado a outros fatores genéticos, poderão facilitar o desenvolvimento de células malígnas e por isso se a mulher apresentar endometriose, deverá fazer o acompanhamento com o ginecologista, realizando exames de sangue e ultrassom com maior regularidade e deverá seguir o tratamento indicado pelo seu médico.
10. Muita cólica pode ser endometriose?
Um dos sintomas da endometriose é a intensa cólica durante a menstruação, no entanto, existe outras situações que também causam cólicas intensas como a dismenorréia, por exemplo. Por isso, quem faz o diagnóstico é o ginecologista com base na observação da mulher e de seus exames. Entenda como é o tratamento da dismenorreia.
11. Existe tratamento natural para endometriose?
As cápsulas de onagra de ômega 3 são uma boa opção natural, embora não sejam suficientes para curar a doença, ajudam a combater os sintomas da endometriose tornando o dia a dia e a fase da menstruação mais fácil.
12. A mulher com endometriose pode perder o bebê se engravidar?
Normalmente os sintomas da endometriose melhoram durante a gravidez e as complicações na gestação são muito raras. Mas apesar disso há um risco um pouco maior da mulher ter placenta prévia, o que pode ser observado com ultrassons mais frequentes, solicitados pelo obstetra.