Principais causas do cortisol alto e como tratar
O cortisol alto é causado pelo consumo de corticóides por período acima de 15 dias, ou pelo aumento da produção deste hormônio nas glândulas supra-renais, devido a estresse crônico ou algum tumor.
Quando se suspeita deste problema, devido aos efeitos negativos do cortisol em excesso, como aumento do peso, pressão alta, diabetes e osteoporose, o clínico geral poderá pedir o exame do cortisol, por dosagem no sangue, urina ou saliva.
O controle deste hormônio é feito com atividade física e consumo de alimentos que controlam o estresse e o açúcar do sangue, como inhame, aveia, ovo, linhaça e leite e derivados, por exemplo. Entretanto, quando os níveis altos de cortisol são graves, é necessário o tratamento a base de remédios ou até cirurgia, orientados pelo endocrinologista.
Principais causas
O uso de remédios corticóides, como prednisona ou dexametasona, por mais de 15 dias é a forma mais comum de excesso de cortisol no sangue, no entanto outras causas são:
- Estresse crônico e o sono irregular: podem desregular a produção do cortisol e causar o seu aumento no organismo;
- Disfunção da glândulas adrenais: causada pela presença algum tumor ou pela desregulação das suas células, que podem produzir o cortisol em excesso;
- Tumor cerebral: pode estimular a secreção de cortisol pelas glândulas supra-renais.
O estresse costuma causar uma alteração leve nos valores de cortisol, enquanto os aumentos mais intensos e graves são causadas pelas alterações diretas nas glânculas supra-renais e cérebro.
Efeitos do cortisol alto no organismo
Ao ser produzido nas glânculas supra-renais, o cortisol é liberado na circulação para o efeito de regular as funções do organismo. Porém, quando em excesso, e por um longo período, pode causar consequências ruins como:
- Aumento do peso, da circunferência abdominal e inchaço, pela retenção de líquidos, e redistribuição da gordura corporal;
- Diabetes e elevação dos níveis de açúcar no sangue, por estimular a ação do fígado a produzir glicose;
- Osteoporose, por diminuir a absorção de cálcio pelo corpo e redução do colágeno;
- Aumento do estresse, irritabilidade e depressão, por causar a liberação de adrenalina e por ação direta no cérebro;
- Colesterol alto, por aumentar a produção de gorduras pelo fígado e liberação na circulação;
- Redução de músculos e fraqueza, porque diminui a produção de proteínas e degrada as proteínas nos tecidos;
- Pressão alta, por causar a retenção de sódio e líquidos, e por aumentar a liberação de adrenalina na circulação;
- Redução das defesas do organismo, pela inibição da inflamação e da imunidade;
- Aumento dos níveis de hormônios masculinos no corpo, o que na mulher pode causar sinais indesejáveis, como excesso de pêlos, engrossar a voz e queda de cabelo;
- Alterações do ciclo menstrual e dificuldade para engravidar, por desregular os hormônios femininos;
- Fragilidade na pele, aumentando feridas, manchas na pele e estrias, por diminuir o colágeno e reduzir o efeito de cicatrização do corpo.
O nome destas alterações causadas pelo aumento crônico de cortisol é síndrome de Cushing. Quando se suspeita desta síndrome ou do aumento do cortisol, o clínico geral ou endocrinologista podem solicitar exames de sangue, urina ou saliva, que demonstram o aumento deste hormônio no corpo.
Se estes exames tiverem valor alto, o médico irá, em seguida, investigar a causa do excesso de cortisol, pela avaliação clínica, e através de tomografia ou ressonância magnética, do abdome e cérebro.
Saiba mais sobre como é feito o exame do cortisol.
Como baixar os níveis de cortisol
Como o cortisol está intimamente ligado ao sistema emocional, uma boa forma de regular o cortisol consiste em reduzir o estresse e a ansiedade, com psicoterapia e momentos de lazer. Além disso, fazer atividade física e comer alimentos que controlam o açúcar e o estresse, como ovos, leite e derivados, peixes, aveia, amêndoas, castanhas, sementes de chia e de linhaça, também pode ajudar.
Já, se o excesso de cortisol é causado pelo uso de corticóides, este deve ser retirado gradativamente, ao longo de vários dias, com a orientação do clínico geral ou endocrinologista.
Quando a causa do aumento o cortisol é mais grave, como um tumor, o tratamento é feito com o uso de medicamentos para controlar quantidade do hormônio, como metirapona, aminoglutetimida, por exemplo, e a cirurgia para retirada deste tumor, que será decidida e programada entre o paciente, o endocrinologista e o cirurgião.
Saiba como fazer um tratamento natural que ajuda a controlar o cortisol alto.
Efeitos do cortisol alto na gravidez
Além de dificultar a possibilidade de engravidar, o cortisol alto pode causar algumas consequências para a mãe e para o bebê, porque aumenta os risco de pressão alta e diabetes gestacional, além de favorecer o trabalho de parto prematuro. No bebê, o excesso de cortisol aumenta do risco de transtornos no futuro, como depressão, ansiedade e esquizofrenia.
Assim, sempre que a gestante tiver sintomas de cortisol alto, deve avisar ao seu obstetra, para que seja feito o exame.
Para evitar o aumento de cortisol, a gestante deve fazer uma alimentação equilibrada e evitar situações de muito estresse durante a gravidez, além de ter momentos para lazer, que permitam descansar e relaxar, sempre que possível.
Saiba mais sobre os riscos do estresse na gravidez.