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Como a Zika pode afetar a gravidez

A contaminação com o Zika vírus durante a gravidez é uma situação grave porque o vírus passa para o bebê causando microcefalia, uma alteração que compromete o desenvolvimento cerebral do bebê.

O diagnóstico da Zika normalmente é feito através dos sintomas apresentados, no entanto, quando a gestante está com suspeita da doença o médico pode solicitar exames específicos que possam confirmar a doença, principalmente a partir 16ª semana de gestação.

Os exames que são capazes de confirmar a doença não estão disponíveis na rede pública, nem possuem a cobertura dos planos de saúde, mas podem ser realizados em laboratórios particulares, com um custo de aproximadamente mil reais, e o resultado demora em média 1 mês. Este exame só pode ser feito quando os sintomas estiverem presentes.

Como a gestante sabe que está com Zika

Para a grande maioria da população, basta que a mulher apresente sintomas de zika, como manchinhas vermelhas na pele, coceira por todo o corpo e febre para que haja suspeita da doença. Quem tiver condições financeiras pode pedir ao médico para realizar o exames e clínicas particulares.

Apesar do comprometimento cerebral do bebê ser maior quando a mãe está com Zika no primeiro trimestre de gestação, o bebê pode ser afetado em qualquer fase da gravidez. Por isso todas as gestantes devem ser acompanhadas por médicos durante o pré-natal e devem se proteger do mosquito para evitar pegar Zika, além disso também devem usar camisinha, quando o parceiro apresentar sintomas de Zika.

Zika causa dano cerebral em qualquer fase da gravidez

O zika vírus pode causar danos ao bebê em qualquer fase da gravidez, e não apenas no início da gestação. Em geral, os danos são menores quando a mulher é infectada no final da gravidez, mas ainda existe risco de morte do feto, mesmo quando a mulher é saudável e sem complicações na gestação.

Além de aborto e morte do bebê ainda no útero, o vírus também pode causar alterações no sistema nervoso, microcefalia, diminuição do crescimento e sofrimento fetal.

O que pode acontecer com o bebê

Quando a mulher pega Zika durante a gravidez o vírus atravessa a barreira placentária, circula no sangue do bebê e consegue fazer com que o cérebro do bebê não se desenvolva, ficando num tamanho menor que 33 cm, característica da microcefalia.

As únicas formas de saber se o bebê tem microcefalia são através do ultrassom onde pode ser observado um menor perímetro encefálico e através da medição do tamanho da cabeça assim que o bebê nascer.

Como a Zika pode afetar a gravidez

Apesar disso, nenhum exame consegue comprovar que o Zika vírus esteve presente na corrente sanguínea do bebê em nenhum momento durante a gestação. Mas acredita-se que a Zika seja a causadora da microcefalia porque quase todas as mães de bebês diagnosticados com essa doença apresentaram sintomas de Zika na gravidez.

Os bebês que tem microcefalia cujas mães supostamente não apresentaram sintomas de Zika na gravidez devem ser investigados porque existem outras causas da microcefalia. No entanto, deve-se levar em consideração que o vírus pode ter estado presente nestas mulheres, e até o momento não existem exames que possam comprovar que a mulher realmente não teve nenhum contato com o zika vírus.

Entenda facilmente o que é microcefalia e como cuidar de um bebê com este problema assistindo ao vídeo a seguir:

Imagem ilustrativa do vídeo: MICROCEFALIA

Exames que identificam o Zika vírus

Os 4 exames que são capazes de identificar que a pessoa está com Zika são:

1. Teste molecular PCR

É o exame que consegue detectar a presença de pequenas partículas do vírus durante a doença, que é quando existe uma grande quantidade de vírus na corrente sanguínea.

Este é o exame mais utilizado atualmente, mas somente algumas mulheres grávidas com suspeita de Zika ou que já tenham o diagnóstico de microcefalia no bebê é que podem ser escolhidas pelo ministério da saúde para fazer este exame.

Como a Zika pode afetar a gravidez

O exame PCR consegue identificar partículas do vírus no sangue, na placenta e no líquido amniótico. O resultado é mais facilmente obtido quando é realizado enquanto a pessoa apresenta os sintomas da doença, o que varia entre 3 e 10 dias. Após esse período, o sistema imune combate o vírus e quanto menos vírus estiverem presente nestes tecidos, mais difícil será chegar ao diagnóstico.

Quando o resultado dá negativo, o que significa que não foram encontradas partículas do Zika vírus no sangue, placenta ou líquido aminiótico, mas o bebê apresenta microcefalia, outras causas para esta doença devem ser investigadas. Conheça as causas da microcefalia.

No entanto, é difícil saber se a mulher teve Zika há tanto tempo que o sistema imune já conseguiu retirar todos os vestígios do vírus do corpo. Isso só poderia ser esclarecido realizando um outro teste que avalia os anticorpos formados contra o Zika vírus, que até o momento ainda não existe, embora os pesquisadores de todo o mundo estejam trabalhando neste sentido.

2. Teste rápido para Zika

Consiste em colocar apenas 1 gota de sangue num kit próprio para este tipo de teste, chamado genosensor que é capaz de identificar vestígios do DNA do Zika vírus. Estima-se que ele esteja disponível para a população daqui a 3 anos.

3. KIT NAT diferencial para Dengue, Zika e Chikungunya

Este KIT contém embalagens com o reagente destas três doenças e dá o resultado em cerca de 2 horas. Este teste deve estar disponível até fevereiro de 2016, sendo útil para diagnosticar num único exame qual doença a pessoa possui.

4. Exame sorológico do Zika vírus

Este exame ainda não existe mas é o mais esperado porque será capaz de identificar os anticorpos formados para combater a doença através dos marcadores Igg, que indicam que a pessoa já teve contato com o Zika vírus alguma vez na vida, e também o IgM, que indica que a pessoas está combatendo o vírus neste exato momento.

Este teste será o mais barato e mais eficiente para o diagnóstico da Zika mas ainda encontra-se em fases de testes. Estima-se que até Dezembro de 2016 este teste já esteja disponível para ser utilizado.

Com este exame será possível esclarecer os casos de microcefalia que aparentemente não estão relacionados ao Zika, nem com nenhuma outra possível causa da doença.

Formas de transmissão da Zika

A transmissão da Zika ocorre através da picada do mosquito Aedes Aegypti e de mãe para filho durante a gravidez. Aparentemente, o vírus também pode ser transmitido através do contato sexual porque existem 3 casos confirmados dessa forma de transmissão nos Estados Unidos. Uma outra hipótese é que o vírus passe pela saliva.

Como a Zika pode afetar a gravidez

Como se proteger da Zika na gravidez

Para se proteger e evitar a Zika a gestante deve usar roupas de compridas, que cubram a maior parte da pele e usar repelente todos os dias para manter os mosquitos afastados. Veja os repelentes mais indicados.

Outras estratégias que podem ser úteis são plantar citronela ou ascender velas aromáticas de citronela por perto porque elas afastam os mosquitos. Investir no consumo de alimentos ricos em vitamina B1 também ajuda a manter os mosquitos longe porque isso altera o cheiro da pele, fazendo que os mosquitos não sejam atraídos pelo seu cheiro.

Além disso, após a confirmação de que o Zika é transmitido sexualmente, o contato íntimo com parceiro infectado deve ser feito com camisinha. Por quanto tempo, ainda não é seguro dizer porque não se sabe por quanto tempo o vírus poderá permanecer no sêmen, o mais seguro é que se o parceiro tiver Zika enquanto você estiver grávida, usar camisinha até o bebê nascer.