As plaquetas baixas, também conhecidas como plaquetopenia ou trombocitopenia, são a diminuição do número de plaquetas no sangue, situação que prejudica a coagulação, e pode causar sintomas como manchas roxas ou avermelhadas na pele, sangramento nas gengivas ou pelo nariz, e urina avermelhada, por exemplo.
As plaquetas são componentes essenciais do sangue para a coagulação, facilitando a cicatrização de feridas e impedindo hemorragias, e existem diversas causas para a sua redução, dentre elas infecções, como a dengue, uso de remédios, como heparina, doenças relacionadas com a imunidade, como púrpura trombocitopênica e, até, câncer.
O tratamento desta situação deve ser feito conforme a sua causa, pelo clínico geral ou hematologista, podendo ser necessário apenas o controle da causa, uso de remédios ou, em casos muito graves, a transfusão de plaquetas.
As plaquetas estão baixas quando a contagem no sangue é inferior ao número 150.000 células/mm3, e, na maioria das vezes, não causam sintomas. Entretanto, a pessoa pode apresentar uma tendência maior a ter sangramentos, e podem surgir sintomas como:
Estes sintomas podem surgir em qualquer pessoa com plaquetas baixas, mas são mais comuns quando elas estão muito reduzidas, como abaixo de 50.000 células/mm3, ou quando associados com outra doença, como dengue ou cirrose do fígado, que pioram a função da coagulação do sangue.
As plaquetas são produzidas na medula óssea, e vivem cerca de 10 dias, pois estão sempre se renovando. Os fatores que interferem no número de plaquetas do sangue são:
Algumas situações podem fazer com que as plaquetas vivam por menos tempo na circulação sanguínea, o que faz com que seu número diminua. Algumas das principais causas são:
As doenças da imunidade tendem a causar uma redução de plaquetas mais grave e persistente do que o uso de remédio e infecções. Além disso, cada pessoa pode ter uma reação diferente, o que varia de acordo com a imunidade e a resposta do corpo, portanto, é comum ver pessoas com plaquetas mais baixas em alguns casos de dengue do que em outros, por exemplo.
Substâncias como ferro, ácido fólico e vitamina B12 são combustíveis essenciais para a formação das células e, na sua falta, a medula óssea terá dificuldades em produzir hemácias, plaquetas e glóbulos brancos. Estas deficiências são comuns em veganos sem acompanhamento nutricional, pessoas desnutridas, alcoólatras e pessoas com doenças que causam sangramentos ocultos, como gástrico ou intestinal.
Veja algumas sobre o que comer para ter uma alimentação rica em vitaminas e ferro para combater a anemia e as plaquetas baixas.
Algumas alterações no funcionamento da medula fazem com que seja diminuída a produção de plaquetas, o que pode acontecer poder diversos motivos, como:
É comum que, nesses casos, haja também a presença de anemia e diminuição dos glóbulos brancos no exame de sangue, pois a medula óssea é responsável pela produção de diversos os componentes do sangue. Confira quais são os sintomas de leucemia e quando suspeitar.
O baço é responsável por eliminar diversas células do sangue que estão velhas, incluindo as plaquetas, e, se ele estiver aumentado, como acontece em casos de doenças como cirrose hepática, sarcoidose e amiloidose, por exemplo, pode haver uma eliminação de plaquetas ainda saudáveis, em uma quantidade acima do normal.
Na presença de plaquetas baixas sem uma causa definida, é importante pensar em algumas situações, como o erro de resultado do laboratório, pois pode acontecer uma espécie de coagulação das plaquetas no tubo de coleta do sangue, devido à presença de um reagente no tubo, sendo importante repetir o exame, nestes casos.
O alcoolismo também pode provocar redução de plaquetas, pois o consumo de álcool, além de ser tóxico para as células do sangue, também afeta produção pela medula óssea.
Já na gravidez, pode ocorrer plaquetopenia fisiológica, devido à diluição do sangue pela retenção de líquidos, que costuma ser leve, e se resolve espontaneamente após o parto.
Na presença de uma plaquetopenia detectada no exame, é importante tomar alguns cuidados, para evitar o risco de sangramento, como evitar esforços intensos ou esportes de contato, evitar o consumo de álcool e não usar remédios que afetam a função das plaquetas ou aumentam o risco de sangramento, como aspirina, anti-inflamatórios, anti-coagulantes e ginko-biloba, por exemplo.
Os cuidados devem ser reforçados quando as plaquetas estão abaixo de 50.000 células/mm3, e é preocupante quando abaixo de 20.000 células/mm3, podendo até ser necessária a internação para observação, em alguns casos.
A alimentação deve ser bem equilibrada, rica em cereais, frutas, legumes, verduras e carnes magras, para auxiliar na formação do sangue e a recuperação do organismo.
A transfusão de plaquetas nem sempre é necessária, pois com os cuidados e o tratamento, a pessoa pode se recuperar ou viver bem. Entretanto, o médico pode dar outras orientações quando há situações de hemorragia, quando é necessário fazer algum tipo de cirurgia, quando as plaquetas estão abaixo de 10.000 células/mm3 ou quando estão abaixo de 20.000 células/mm3, mas também quando surge febre ou necessidade de quimioterapia, por exemplo.
Após determinada a razão pela qual as plaquetas estão baixas, o seu tratamento será direcionado, conforme orientação médica, e pode ser:
Em caso de câncer, o tratamento é feito para o tipo e a gravidade desta doença, com quimioterapias ou transplante de medula óssea por exemplo.