Cervicite crônica - Sintomas, tratamento e cura
A cervicite crônica é uma irritação constante do colo do útero, que afeta principalmente as mulheres em idade fértil. Essa doença provoca dor no útero, inchaço e vermelhidão na vagina, podendo haver também corrimento amarelado ou esverdeado, quando está sendo causada por alguma DST.
Normalmente a cervicite é causada por uma alergia a algum produto de uso íntimo ou por doenças, como a clamídia, gonorreia ou HPV, por exemplo. Dessa forma, a cervicite pode ser contagiosa se a doença estiver sendo causada por uma DST e se a mulher tiver contato íntimo com o parceiro sem camisinha. Saiba quais são os principais sintomas de DST na mulher.
A cervicite tem cura quando é possível eliminar completamente o que está causando a doença. Assim, deve-se ir ao ginecologista para descobrir se é alguma alergia ou se há algum vírus ou bactéria envolvido para iniciar o tratamento adequado.
Sintomas da cervicite crônica
Nem sempre a cervicite crônica apresenta sintomas, mas quando estes estão presentes, podem ser:
- Inchaço e vermelhidão na vagina;
- Coceira na região genital;
- Dor no útero, no pé da barriga;
- Urina frequente;
- Dor durante a relação sexual;
- Sensação de peso ou pressão na região pélvica;
- Corrimento amarelado ou esverdeado quando há alguma bactéria envolvida.
Na maioria dos casos a cervicite crônica não provoca sintomas, e por isso é importante que todas as mulheres realizem, pelo menos, 1 consulta de ginecologia por ano para verificar se existe alguma alteração que precise de tratamento.
O ginecologista pode chegar ao diagnóstico dessa doença através da observação de toda região íntima com o espéculo vaginal e do resultado de exames como esfregaço vaginal, papanicolau ou biópsia, por exemplo. Veja quais são os 7 principais exames solicitados pelo ginecologista.
Tratamento para Curar a cervicite crônica
O tratamento para cervicite crônica pode ser feito com o uso de antibióticos para tomar e pomadas antibióticas para aplicar dentro da vagina, como Novaderm ou Donnagel, que reduzem a infecção uterina quando a causa são as bactérias. Remédios antivirais podem ser usados em caso de infecção causada por vírus. Saiba mais sobre o tratamento da cervicite.
Durante o tratamento é recomendado que a mulher mantenha boa higiene na região íntima, lavando diariamente somente a região externa e trocando a calcinha todos os dias. Até o fim do tratamento não deve ter relação sexual, para que os tecidos possam cicatrizar. Quando a doença é causada por alguma DST o parceiro também deve ser tratado para evitar que a doença volte a surgir depois do tratamento, se o parceiro estiver com alguma DST, por exemplo.
Quando o tratamento com medicamentos não consegue curar a doença, o ginecologista pode indicar ainda uma cirurgia à laser ou crioterapia para remoção da parte do tecido que está infectado. Normalmente a cirurgia é feita em ambulatório sob anestesia local e a mulher volta para casa no mesmo dia, sem dores ou complicações.
A cervicite crônica é HPV?
A cervicite crônica pode ser causada pelo vírus HPV mas nem sempre é, podendo ser causada por outras situações, como alergias ou outros vírus ou bactérias. Saiba quais são os sintomas, transmissão e como é feito o tratamento para HPV.
Principais causas
A cervicite crônica pode ter causas não infecciosas, como uma reação alérgica ao DIU, diafragma, camisinha, espermicida, gel íntimo, absorvente interno, por exemplo. Também pode acontecer em mulheres que fazem uso de duches vaginais com frequência, já que isso elimina as bactérias boas deste local, favorecendo o crescimento de bactérias más.
A inflamação crônica do colo do útero também pode ser causada pela presença de bactérias como estafilococos, estreptococos, E coli, Neisseria gonorrhoeae, clamídia, Trichomona vaginalis, pela presença do vírus Herpes simplex epor doenças, como cisto de Naboth, que é um pequeno nódulo que se forma na superfície do colo do útero. Veja como identificar e tratar o cisto de Naboth.
As mulheres que tem mais risco de desenvolver a cervicite crônica são as que estão no final da gravidez; que já tiveram filhos ou são mais velhas. Além disso, as mulheres que já tiveram algum tipo de DST e as que mantém contato íntimo sem camisinha com diversos parceiros, são as que possuem mais risco de desenvolver essa doença.
Possíveis complicações
Quando a inflamação crônica do colo do útero não é curada, podem surgir complicações devido a permanência dessa alteração no útero, podendo haver:
- Propagação da infecção pelo útero, bexiga, endométrio, ovários e trompa de Falópio levando à doença inflamatória pélvica (DIP);
- A doença inflamatória pélvica pode levar a infertilidade e gravidez ectópica;
- Aumento do risco de contaminação com o vírus HIV;
- As grávidas, estão em risco de aborto espontâneo e parto prematuro, se a cervicite não for tratada;
- Permanência ou retorno da infecção mesmo após o tratamento.
Quem teve um episódio de cervicite pode evitar um novo quadro tendo alguns cuidados como evitar o uso da duche vaginal, ter relação sexual sempre com o mesmo parceiro e sempre com camisinha, não introduzir nada na vagina, evitar uso de absorvente interno, fazendo xixi depois do sexo, fazer o papanicolau 1 vez por ano e sempre ir ao ginecologista logo que surgirem sintomas como dor pélvica, dor ao urinar, dor durante a relação sexual ou qualquer tipo de corrimento.