Como identificar e diagnosticar a hemofilia
A hemofilia, que é uma doença genética e hereditária, causa alterações na coagulação do sangue e, por isso, provoca sintomas como:
- Manchas roxas na pele;
- Inchaço e dor nas articulações;
- Sangramentos espontâneos, sem razão aparente, como na gengiva ou nariz, por exemplo;
- Hemorragias difíceis de parar após um simples corte ou cirurgia;
- Menstruação excessiva e prolongada.
Quanto mais grave for o tipo de hemofilia, maior a quantidade de sintomas e mais cedo eles surgem, portanto, a hemofilia grave costuma ser descoberta já no bebê, durante os primeiros meses de vida, enquanto que a hemofilia moderada costuma ser suspeitada por volta dos 5 anos de idade, ou quando a criança começa a andar e brincar.
Já a hemofilia leve pode ser descoberta somente na vida adulta, quando a pessoa sofre uma pancada forte ou após procedimentos como extração dentária, em que se nota um sangramento acima do normal. Para entender melhor o que causa e os principais tipos desta doença, confira os mitos e verdades sobre a hemofilia.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da hemofilia é feito após avaliação do médico hematologista, que solicita exames que avaliam a capacidade de coagulação do sangue, como o tempo de coagulação, que checa o tempo que o sangue leva para formar um coágulo, e a dosagem da presença dos fatores de coagulação e seus níveis no sangue.
O fatores de coagulação são proteínas essenciais do sangue, que entram em ação quando há algum sangramento, para permitir que ele pare. A ausência de algum desses fatores causa doenças, como acontece na hemofilia tipo A, que é provocada pela ausência ou diminuição do fator VIII, ou hemofilia tipo B, em que o fator IX está deficiente.
Existem deficiências de outros fatores de coagulação que também podem ser detectados através destes exames, e que também causam sangramentos e podem confundir com a hemofilia, como a deficiência do fator XI, por exemplo, popularmente conhecida como hemofilia tipo C.
Quando suspeitar de hemofilia
Deve-se desconfiar de hemofilia, e fazer o exame, quando:
- O pai ou a mãe tem hemofilia;
- A mãe é portadora do gene da hemofilia;
- A criança tem sintomas sugestivos da hemofilia.
Em alguns casos, o exame pode ser feito ainda no útero materno, através da biópsia da vilosidade coriônica ou coleta de material por amniocentese ou cordocentese.
Os sintomas que sugerem a presença de alguma alteração da coagulação são:
No bebê ou criança | No adulto |
Presença de manchas roxas ou escuras na pele; | Ferimentos que sangram muito tempo ou demoram para cicatrizar; |
Sangramento ao nascer os primeiros dentes; | Inchaço nos músculos ou articulações, muito doloroso, que impede a movimentação; |
Aumento da quantidade de manchas roxas quando o bebê começa a engatinhar ou andar; | Perda de sangue pelo nariz ou boca; |
Cortes que sangram além do esperado. | Procedimentos cirúrgicos que sangram em excesso, como remoção de um dente ou obturação. |
Os riscos desta doença para a saúde podem ser evitados com a realização do tratamento para a hemofilia, que consiste em fazer injeções periódicas para repor o fator de coagulação que está deficiente, para prevenir sangramentos, ou para interromper algum sangramento que começou. Saiba mais detalhes sobre como é feito o tratamento da hemofilia.