As causas da obesidade envolvem sempre o excesso de alimentação e a falta de atividade física, mas além disso existem outras causas envolvidas, como fatores genéticos, distúrbios hormonais, problemas emocionais e até mesmo infecção por um vírus e a diminuição da dopamina, que ajuda na sensação de saciedade.
A genética está envolvida na causa da obesidade, principalmente quando os pais são obesos, porque quando tanto o pai, como a mãe são obesos, o filho tem 80% de chances de desenvolver a obesidade. Quando somente 1 dos pais é obeso, esse risco diminui para 40% e quando os pais não são obesos o filho tem apenas 10% de chance de ser obeso.
Mesmo que os pais sejam obesos, os fatores ambientais tem grande influência no aumento do peso. No entanto, pode ser mais difícil um adolescente ou adulto que é obeso desde a infância conseguir se manter no peso ideal porque ele possui uma maior quantidade de células que armazenam gordura, e que facilmente ficam cheias.
Doenças hormonais raramente são a causa exclusiva da obesidade, mas cerca de 10% das pessoas que tem alguma destas doenças, tem maior risco de ser obesa: síndrome
hipotalâmica, síndrome de cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo, deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo.
No entanto, é preciso levar em consideração que sempre que a pessoa está acima do peso existem alterações hormonais envolvidas, mas nem sempre isso indica que esta é a cauda da obesidade. Porque com a redução do peso estas alterações hormonais podem ser curadas, sem a necessidade de medicamentos.
A perda de uma pessoa próxima, de um emprego ou uma notícia ruim podem levar a um sentimento de tristeza profunda ou até mesmo depressão, e estas favorecem um mecanismo de recompensa porque comer é prazeroso, mas como a pessoa se sente triste na maior parte do tempo, não encontra energia para se exercitar, para poder gastar as calorias e a gordura que ingeriu à mais num momento de angústia e dor.
O uso de remédios hormonais e corticoides também favorecem o aumento de peso e podem promover a obesidade porque incham e podem levar ao aumento do apetite. Alguns remédios que engordam são diazepam, alprazolam, corticosteroides, clorpromazina, amitriptilina, valproato de sódio, glipizida e até mesmo a insulina.
Existe uma teoria de que a infecção pelo vírus Ad-36 esteja entre as causas da obesidade porque esse vírus já foi isolada em animais como galinhas e ratos e foi observado que as contaminadas acabam acumulando mais gordura. O mesmo foi observado em humanos mas não há estudos suficientes para compravar de que forma ele influencia na obesidade. O que se sabe é que os animais infectados tinham mais células de gordura e estas estavam mais cheias e com isso enviavam sinais hormonais para que o organismo acumule e armazene mais gordura.
Outra teoria é a de que pessoas obesas tenham menos dopamina, um neurotransmissor fundamental para se sentir bem e saciado, e com a sua diminuição a pessoa acaba comendo mais aumentando a ingestão de calorias. Acredita-se ainda que mesmo que a quantidade de dopamina esteja normal, a sua função possa estar comprometida. Ainda não está confirmado se essa diminuição da dopamina no cérebro é causa ou consequência da obesidade.
Leptina e grelina são dois hormônios importante para regular o apetite, quando seu funcionamento não está devidamente regulado a pessoa sente mais fome e por isso come uma maior quantidade de comida, e mais vezes durante o dia. A grelina é produzida pelas células de gordura e quanto mais células a pessoa tem, mais grelina vai produzir, no entanto, nos obesos é comum encontrar um outro fator que é quando os receptores da grelina não estão funcionando corretamente, por isso ainda que tenha muita grelina no corpo, a sensação de saciedade nunca chega ao cérebro. Já a grelina é produzida no estômago e indica quando a pessoa precisa comer mais, porque ela aumenta o apetite. Estudos em obesos já confirmaram que mesmo após comer muito a quantidade de grelina no corpo, não diminui e por isso a sempre sente sempre mais fome.
A falta de atividade física diária é uma das principais causas da obesidade porque fazer exercícios que fazem suar a camisa, durante pelo menos, 40 minutos todos os dias é a melhor forma de queimar as calorias ingeridas ou a gordura acumulada. Ao ser sedentário o corpo não consegue queimar todas as calorias ingeridas através da alimentação e o resultado disso é o acumulo de gordura na região da barriga, braços e pernas, mas quanto mais peso a pessoa tiver mais áreas são preenchidas com gordura, como as costas, embaixo do queixo, e nas bochechas.
O consumo exagerado de alimentos ricos em açúcar, gordura e carboidratos é a principal causa da obesidade porque mesmo que a pessoa tenha outros fatores envolvidos, não haverá acumulo de gordura se a pessoa não comer. Se a pessoa tem um metabolismo baixo, maiores serão as chances de acumular gordura, e nesse caso a saída é comer menos, mas se a pessoa tem um metabolismo mais rápido, pode comer mais e não engordar, mas estas não são a maior parte da população. A compulsão alimentar que é quando a pessoa come muito em poucos minutos também é uma das grandes causas da obesidade mas em todo caso a comida pode ser um refúgio quando suas emoções não estão bem controladas.
Outros fatores que também favorecem o aumento de peso e podem estar relacionados com a obesidade são:
Em todo caso, o tratamento para obesidade envolve sempre dieta e exercícios, mas o uso de medicamentos para emagrecer pode ser uma opção, especialmente para quem precisa fazer uma cirurgia bariátrica, por exemplo, para diminuir os riscos da cirurgia.
A principal estratégia que não funciona para emagrecer é seguir uma dieta da moda porque estas são muito restritivas, difíceis de cumprir e porque mesmo que a pessoa emagreça muito rápido, provavelmente irá engordar novamente tão rápido, quanto emagreceu. Essas dietas malucas geralmente retiram um grande número de nutrientes, e pode deixar a pessoa doente, sem ânimo e até mesmo desnutrida. Por isso o mais indicado é fazer uma reeducação alimentar orientada por um nutricionista.
Veja quando é preciso fazer dieta, tomar remédio ou fazer cirurgia para emagrecer.