A progesterona é um hormônio, produzido pelos ovários, que tem um papel muito importante no processo de gravidez, sendo responsável por regular o ciclo menstrual da mulher e preparar o útero para receber o óvulo fertilizado, evitando que seja expulso pelo corpo.
Normalmente, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação e mantêm-se altos caso exista uma gravidez, para que o corpo mantenha as paredes do útero se desenvolvendo e não produza um aborto. No entanto, caso não exista gravidez, os ovários deixam de produzir progesterona e, por isso, o revestimento do útero é destruído e eliminado naturalmente através da menstruação.
Assim, a diminuição dos níveis normais deste hormônio pode resultar em problemas de fertilidade, na mulher que está tentando engravidar, ou consequências graves, como gravidez ectópica ou aborto, na mulher grávida.
O exame de progesterona geralmente está indicado para o caso de mulheres com:
Este exame normalmente é feito nas consultas de pré-natal, mas pode ser necessário repetir mais vezes, caso a grávida apresente diminuição dos valores entre cada consulta.
Embora possa ser usado na gravidez, este tipo de exame não serve para confirmar se existe uma gestação, sendo que o mais exato e recomendado é o exame de HCG. Veja como e quando deve ser feito.
Os níveis de progesterona podem ser avaliados através de um exame de sangue que identifica a quantidade do hormônio por cada mL de sangue. Este exame deve ser feito cerca de 7 dias depois da ovulação, e pode indicar os seguintes resultados:
O nível de progesterona é considerado elevado quando seu valor é superior a 10 ng/mL o que, normalmente, acontece durante a ovulação, ou seja, quando o óvulo maduro é liberado pelo ovário. Este aumento na produção do hormônio serve para preparar o útero para o caso de existir uma gravidez, e mantém-se durante toda a gravidez, para evitar um aborto, por exemplo.
Assim, níveis elevados de progesterona, geralmente, são um bom sinal para quem está tentando engravidar, pois permitem que o óvulo fecundado grude nas paredes do útero e comece se desenvolvendo, sem que aconteça a menstruação nem a liberação de um novo óvulo. Além disso, níveis elevados em uma mulher grávida também indicam menos risco de aborto.
Porém, se os níveis se mantêm elevados, mesmo quando a mulher ainda não fecundou, pode ser sinal de alguns problemas como:
Nestes casos, o médico pode pedir outros exames de sangue ou uma ecografia, para avaliar se existem alterações que possam confirmar a presença de algum destes problemas.
Para garantir que os níveis de progesterona estão corretos, a mulher deve não deve estar tomando nenhuma pílula com progesterona durante as 4 semanas antes do exame.
Quando o valor de progesterona é inferior a 10 ng/mL, a produção deste hormônio é considerada baixa. Nestes casos, a mulher pode apresentar dificuldade para engravidar, pois a quantidade de progesterona não é suficiente para preparar o útero para a gestação, acabando por acontecer a menstruação com eliminação do óvulo fecundado. Estas mulheres normalmente precisam utilizar suplementos de progesterona para aumentar as chances de engravidar.
Já na gravidez, se os níveis de progesterona foram diminuindo com o avanço das semanas, significa que existe um risco elevado de se estar desenvolvendo uma gravidez ectópica ou um aborto e, por isso, é necessário iniciar o tratamento adequado para evitar consequências graves.
Mulheres com progesterona baixa podem ainda apresentar sintomas como aumento do peso, dores de cabeça frequentes, alterações repentinas de humor, baixo apetite sexual, menstruação irregular ou ondas de calor, por exemplo.
A preparação para o exame de progesterona é muito importante para garantir que os resultados estão corretos e que não estão sendo influenciados por outros fatores. Assim, para fazer o exame é recomendado:
Além disso, também é importante fazer o exame cerca de 7 dias após a ovulação, pois é o período em que os níveis estão naturalmente mais elevados. Porém, se o médico estiver tentando avaliar os níveis de progesterona fora da ovulação, para avaliar se se mantêm elevados durante todo o ciclo, pode ser necessário fazer o exame antes da ovulação, por exemplo.
O tratamento para corrigir os níveis de progesterona normalmente só é feito quando a quantidade do hormônio é mais baixa que o normal e, é feito com o uso de comprimidos de progesterona, como Utrogestan, principalmente no caso de mulheres com dificuldade para engravidar. Já nas grávidas com elevado risco de aborto, a progesterona normalmente é injetada diretamente na vagina, pelo obstetra ou ginecologista.
No entanto, antes de iniciar o tratamento, o médico deve voltar a repetir o exame para confirmar o resultado e excluir outros fatores que possam estar diminuindo os níveis de progesterona, como ter comido antes ou estar noutra fase do ciclo menstrual, por exemplo.
Na maioria dos casos, a ingestão deste tipo de medicamento acontece durante 10 dias seguidos e após o 17º dia do ciclo menstrual, sendo retomado a cada ciclo. A duração do tratamento e as doses dos medicamentos devem ser sempre bem calculadas para cada caso, sendo indispensável a orientação do médico.
O uso de hormônios, como a progesterona, pode trazer alguns efeitos colaterais para o corpo como aumento do peso, inchaço generalizado, retenção de líquidos, cansaço excessivo, desconforto na região das mamas ou menstruação irregular.
Além disso, algumas mulheres podem ainda sentir aumento do apetite, dores de cabeça frequentes, febre e dificuldade para dormir. Este tipo de remédio deve ser evitado em pessoas com doenças arteriais, depressão, câncer de mama, sangramento vaginal fora do período menstrual ou com doenças do fígado.
Uma vez que a progesterona é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo, existem alguns cuidados que podem aumentar sua concentração no organismo, como:
Além disso, dar preferência para alimentos orgânicos também pode ajudar na produção de progesterona, uma vez que os químicos utilizados nos alimentos embalados podem prejudicar a capacidade do corpo para produzir hormônios.
Os valores de progesterona no sangue variam de acordo com o período menstrual e da fase da vida da mulher, sendo:
Assim, sempre que existe uma alteração no valor, o resultado deve ser avaliado por um médico de forma a entender o que pode estar alterando o resultado, iniciando o tratamento se necessário.