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Saiba os riscos de inalar fumaça de incêndio

Os perigos de inalar fumaça de incêndio variam desde queimaduras nas vias aéreas como o desenvolvimento de doenças respiratórias como bronquiolite e pneumonia até 5 dias depois do incidente. Isso porque o monóxido de carbono é uma substância tóxica gera acumulo de sangue e líquidos na região, impedindo a passagem do ar.

Dependendo da quantidade de fumaça que foi inalada o indivíduo pode evoluir de intoxicação respiratória para morte em 2 a 5 minutos. Entretanto, os indivíduos que inalaram uma quantidade menor de fumaça ainda podem sofrer suas consequências por até 3 semanas desenvolvendo infecções respiratórias.

Saiba os riscos de inalar fumaça de incêndio

Situações causadas pela inalação de fumaça de incêndio

As principais situações causadas pela inalação da fumaça proveniente de incêndios são:

  • Queimadura nas vias respiratórias: O calor provocado pelas chamas causam queimaduras no interior do nariz, laringe e faringe. Esse tipo de queimadura leva ao inchaço das vias respiratórias impedindo a passagem do ar. Basta que a pessoa fique exposta a fumaça do incêndio por cerca de 10 minutos para ter suas vias aéreas queimadas.
  • Asfixia/Falta de oxigênio: O fogo consome o oxigênio presente no ar e por isso respirar fica cada vez mais difícil. Com isso há acumulo de CO2 no sangue e com menos oxigênio chegando aos pulmões a pessoa se sente fraca, fica desorientada e desmaia. Caso ela não seja socorrida, em menos de 10 minutos poderá não sobreviver. Quanto mais tempo a pessoa ficar sem oxigênio, maiores são os riscos de morte ou de lesão cerebral e de ficar com sequelas neurológicas permanentes.
  • Intoxicação por substâncias tóxicas na fumaça: A fumaça de um incêndio contém diversas partículas diferentes, e dentre elas, estão o cloro, cianeto e o enxofre, que provocam inchaço das vias aéreas, extravasamento de líquido e consequentemente, impedem a passagem do ar pelos pulmões.
  • Síndrome da angústia respiratória: A inflamação e o acumulo de líquido dentro das vias aéreas pode impedir a passagem do ar. Tanto o calor da fumaça como as substâncias tóxicas presentes nela podem levar ao desenvolvimento do edema pulmonar que é quando existe um acumulo de líquido e de sangue que se forma dentro dos pulmões, impedindo a troca de oxigênio.
  • Pneumonia: Com o sistema respiratório afetado há uma maior facilidade de entrada e proliferação de vírus, fungos ou bactérias podem levar ao desenvolvimento da pneumonia. Esta pode se manifestar até 3 semanas depois do incidente.

A maioria das vítimas sobreviventes de um incêndio se recupera completamente não tendo qualquer problema respiratório no futuro, mas as vítimas que inalaram uma grande quantidade de fumaça tóxica, podem apresentar dificuldade respiratória, tosse seca e rouquidão por meses.

Sinais de alerta

Os principais sinais de alerta que podem surgir nas vítimas de um incêndio incluem:

  • Tosse; chiado no peito;
  • Febre; dificuldade em respirar;
  • Tontura, enjoo, desmaio,
  • Boca e pontas dos dedos arroxeadas ou azulados.

Ao notar algum destes sintomas deverá procurar um médico, sem tomar nenhum medicamento, para evitar que ele mascare os sintomas e dificulte o diagnóstico da doença. O indivíduo deverá ser observado, o médico poderá pedir exames como raio-x do tórax e gasometria arterial e o indivíduo poderá ficar internado na Unidade de Tratamento Intensivo UTI até que se recupere completamente.

Qualquer pessoa que tenha ficado exposta a fumaça de um incêndio por mais de 10 minutos precisam ficar em observação no hospital durante 24 horas porque os sinais de infecção respiratória podem demorar horas para começar a se manifestar.

Se não houverem manifestações de sinais ou sintomas, os médicos poderão dar alta, mas ainda recomendam que caso algum sintoma esteja presente nos próximos 5 dias, a pessoa deve voltar ao hospital para receber o tratamento adequado.

Como é feito o tratamento para vítimas de incêndio

O tratamento deve ser feito no hospital e pode ser feito com o uso de toalhas molhadas em soro fisiológico e pomadas para proteger a pele queimada, mas os cuidados respiratórios são essenciais para garantir a segurança da vítima.

Todas as vítimas precisam de máscaras de oxigênio a 100% para conseguirem respirar melhor. Os médicos podem observar os sinais de angústia respiratória e avaliar a passagem do ar pelo nariz, boca e garganta, avaliando a necessidade de colocar um tubo dentro da boca ou no pescoço da vítima para que ela consiga respirar mesmo com a ajuda de aparelhos.

Dentro de 4 a 5 dias os tecidos queimados das vias aéreas devem começam a se soltar, juntamente com alguma secreção, e nesta fase a pessoa pode precisar de aspiração das vias aéreas para não se sufocar com os resíduos dos tecidos.