Como parar a Hemorragia Menstrual: Remédios, cirurgia e alimentação
O tratamento da hemorragia menstrual, pode ser feito com remédios como os anticoncepcionais orais, uso de DIU, e a toma de ferro e ácido fólico associados.
No entanto, além destas opções, existem alguns cuidados simples, com a alimentação, que podem ajudar a diminuir o desconforto e melhorar o bem-estar da mulher.
Nos casos mais graves de menorragia, quando a mulher já perdeu muito sangue, pode ser internada para uma transfusão de sangue para receber concentrado de hemácias e avaliar a possibilidade de cirurgia. Quando a causa é um câncer, pode-se ponderar a retirada do útero.
Remédios para hemorragia menstrual
Os remédios que o ginecologista pode indicar para o controle da hemorragia menstrual podem ser:
- Anticoncepcionais orais ou DIU - dispositivo intra uterino, para tentar regular a menstruação e diminuir o fluxo sanguíneo;
- Suplementos de Ferro + ácido fólico para garantir a necessidade diária de ferro do organismo, prevenindo ou combatendo a anemia;
- Hemostáticos, como ácido aminocapróico, para equilibrar a consistência do sangue.
Os anticoncepcionais podem ser trocados após 3 meses de uso, se não diminuírem o fluxo menstrual.
Quando o exame de hemograma mostra-se normal o médico pode somente esclarecer a mulher sobre a sua condição e pedir exames de ultrassom para tentar identificar a causa da hemorragia.
Tratamento médico
Se os remédios não forem suficientes para cessar a menstruação abundante, o ginecologista pode indicar a curetagem, sonda de Folley intra-uterina, ou a laqueação ou embolização das artérias uterinas.
Se esta causa não for encontrada, mas a menstruação abundante e prolongada permanecer, é importante cuidar da alimentação, consumindo mais ferro, para prevenir a anemia, que pode surgir.
Cirurgia para retirada do útero
A cirurgia para retirada do útero pode ser indicada para mulheres que não conseguem parar a hemorragia menstrual mesmo seguindo todas as orientações médicas, e que não desejam engravidar, e por isso esta deve ser a última opção de tratamento.
Saiba mais sobre a retirada do útero.
Cuidados com a alimentação
Esses cuidados devem ser seguidos diariamente até a completa resolução da hemorragia menstrual que pode durar muitos dias ou até mesmo meses. Por isso é recomendado:
1. Ingerir mais líquidos
Tomar de 2 a 3 litros de água ou chá sem açúcar, por dia, é importante para não ficar desidratada. O suco de laranja, puro, sem açúcar é particularmente indicado e pode ser tomado de 3 a 4 vezes por dia, porque contém minerais que podem ajudar a manter a pressão sanguínea sob controle, evitando a sensação de tontura ou desmaio.
2. Comer mais ferro
Aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro, como carnes vermelhas, feijão e beterraba, é necessário para combater a anemia que já está instalada ou evitar que ela se instale. Os alimentos que contém ferro devem ser consumidos diariamente, se possível em todas as refeições para evitar que os níveis de ferro fiquem muito reduzidos no sangue.
Algumas receitas ricas em ferro são suco de fruta cítrica batida com salsinha, suco de laranja, cenoura e beterraba, e o refogado de folhas de beterraba. Veja mais alimentos indicados em: Alimentos ricos em ferro.
Sinais de melhora
Os sinais de melhora da hemorragia menstrual são a diminuição da quantidade de sangue perdido pela vagina, menstruação sem coágulos e a ausência ou diminuição da gravidade da anemia. Estes sinais de melhora podem surgir após 1 a 3 meses do início do tratamento.
Sinais de piora
Os sinais de piora podem surgir se o tratamento não for realizado corretamente, e nesse caso a hemorragia pode se tornar ainda mais intensa ou ter coágulos de sangue, agravando a anemia. Nesse caso, a mulher pode ficar muito pálida, sem forças e ter dificuldade para se concentrar. Ao apresentar estes sintomas o médico pode pedir um hemograma para verificar a quantidade de ferro no corpo, e avaliar a possibilidade de internamento hospitalar.
Complicações que podem surgir
A complicação que a hemorragia prolongada pode causar é o desenvolvimento da anemia, por deficiência de ferro. No entanto, quando ela é causada por alterações graves como o câncer, pode colocar em risco a vida da mulher.