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Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

Desde há muito tempo que existe a ideia de que os antibióticos cortam o efeito da pílula anticoncepcional, o que fez com que muitas mulheres tenham sido alertadas por profissionais de saúde, aconselhando-as a usar camisinha durante o tratamento.

No entanto, estudos recentes comprovam que maior parte dos antibióticos não interfere com o efeito destes hormônios, desde que tomados corretamente, todos os dias e à mesma hora.

Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

Mas afinal, os antibióticos cortam o efeito do anticoncepcional?

Estudos recentes comprovam que a Rifampicina e a Rifabutina são os únicos antibióticos que interferem com a ação do anticoncepcional.

Estes antibióticos são geralmente usados para combater a tuberculose, hanseníase e a meningite e como indutores enzimáticos que são, aumentam a velocidade de metabolização de certos anticoncepcionais, reduzindo assim a quantidade destes hormônios na corrente sanguínea, comprometendo o seu efeito terapêutico.

Embora estes sejam os únicos antibióticos com interação medicamentosa comprovada, existem outros que podem alterar a flora intestinal e provocar diarreia, e aí também se corre o risco de reduzir a absorção do anticoncepcional e não usufruir do seu efeito. No entanto, só reduzem o efeito do medicamento se ocorrer diarreia nas 4 horas seguintes após a toma do anticoncepcional.

Além disso, apesar de não ser conclusivo e embora não haja estudos que o comprovem, acredita-se também que a tetraciclina e a ampicilina possam interferir com o anticoncepcional, reduzindo o seu efeito.

O que fazer?

Caso se esteja a fazer tratamento com Rifampicina ou Rifabutina, para evitar uma gravidez indesejada deve ser usado um método contraceptivo adicional, como o preservativo por exemplo, durante o tempo em que a mulher estiver a fazer o tratamento e até 7 dias depois de parar o antibiótico.

Além disso, se houver episódios de diarreia durante o tratamento também se deve usar camisinha, desde que a diarreia cessa, até 7 dias depois.

Caso ocorram relações sexuais desprotegidas em alguma destas situações, pode ser necessário tomar a pílula do dia seguinte. Veja como tomar este medicamento.