Saiba quais são os tratamentos que prometem curar a diabetes
A cirurgia bariátrica, o controle do peso e a alimentação adequada podem curar a diabetes tipo 2, porque ela é adquirida ao longo da vida. No entanto, as pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1, que é genética, atualmente só podem controlar a doença com a alimentação e o uso de insulina regularmente.
Para resolver este problema e buscar a cura para a diabetes tipo 1, estão sendo realizados diversos estudos sobre algumas possibilidades que poderão ter a resposta tão desejada. Veja quais são estes avanços.
1. Células-tronco
As células tronco embrionárias são células especiais retiradas do cordão umbilical de um bebê recém-nascido que podem ser trabalhadas em laboratório para se transformarem em qualquer outra célula do cropo. Assim, ao transformar estas células em células do pâncreas é possível colocá-las no corpo da pessoa com diabetes, permitindo que volte a ter um pâncreas funcional, representando a cura da doença.
2. Nanovacinas
As nanovacinas são pequenas esferas produzidas em laboratório e muito menores que as células do corpo, que impedem que o sistema imunológico destrua as células que produzem a insulina. Assim, quando a diabetes é causada por esse descontrole das células de defesa, as nanovacinas podem representar a cura para esta doença.
3. Transplante de ilhotas pancreáticas
As ilhotas pancreáticas são um grupo de células responsáveis pela produção de insulina no corpo, e que estão danificadas nos diabéticos tipo 1. O transplante dessas células de um doador pode trazer a cura da doença, pois o diabético volta a ter células saudáveis que produzem insulina.
Esse transplante é feito sem necessidade de cirurgia, pois as células são injetadas em uma veia do fígado do paciente com diabetes através de uma injeção. No entanto, são necessários 2 ou 3 doadores para que se tenha um número suficiente de ilhotas pancreáticas para o transplante, e o paciente que recebe a doação precisa tomar medicamentos pelo resto da vida, para que o organismo não rejeite as células novas.
4. Pâncreas artificial
O pâncreas artificial é um dispositivo fino, do tamanho de um CD, que é implantado no abdômen do diabético e faz com que a insulina seja produzida. Este dispositivo calcula continuamente a quantidade de açúcar no sangue e libera a quantidade exata de insulina que deve ser liberada na corrente sanguínea.
Ele é feito através a partir de células-tronco e será testado em animais e humanos em 2016, sendo um tratamento promissor, que poderá ser utilizado para controlar a taxa de açúcar no sangue de muitos diabéticos.
5. Transplante de pâncreas
O pâncreas é o órgão responsável por produzir insulina no corpo, e o transplante de pâncreas faz com que o paciente tenha um novo órgão saudável, curando a diabetes. No entanto, a cirurgia desse transplante é complexa e só é feita quando há necessidade de transplantar também outro órgão, como o fígado ou o rim.
Além disso, no transplante de pâncreas o paciente também irá precisar tomar medicamentos imunossupressores por toda a vida, para que o órgão transplantado não seja rejeitado pelo corpo.
6. Transplante de microbiota
O transplante de fezes consiste em retirar fezes de uma pessoa saudável e passar para um diabético, pois isso faz com que o paciente tenha uma nova flora intestinal, o que aumenta a eficiência da insulina. Para esse procedimento, as fezes devem ser trabalhadas em laboratório, sendo lavadas e diluídas em soro fisiológico antes de poderem ser injetadas no intestino da pessoa que tem diabetes através de uma colonoscopia. Assim, essa técnica é uma boa opção para pessoas com diabetes tipo 2 ou com pré-diabetes, mas não é eficaz para pacientes com diabetes tipo 1.
De acordo com os estudos, esses tratamentos podem ser capazes de curar a diabetes tipo 1 e tipo 2, eliminando a necessidade de injeções de insulina para regular o açúcar no sangue. No entanto, nem todas essas técnicas estão aprovadas para humanos, e o número de transplante de ilhotas e de pâncreas ainda é pequeno. Assim, o controle da doença deve ser feito através de uma alimentação pobre em açúcares e carboidratos, com a prática de atividade física e com uso de medicamentos como Metformina ou Insulina.
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