Hidrocefalia tem cura?
A hidrocefalia não tem uma cura definitiva mas pode ser controlada e tratada com cirurgia ou neuroendoscopia, dependendo da sua causa, que pode ser congênita ou devido a hemorragias ou tumores, por exemplo.
O tratamento para hidrocefalia geralmente é orientado pelo neurologista e deve ser feito o mais rapidamente possível, para evitar sequelas como atraso no desenvolvimento físico e mental, por exemplo.
Apesar da hidrocefalia infantil ser mais frequente, ela também pode ocorrer em adultos ou idosos, tendo o nome de hidrocefalia de pressão normal.
Como tratar a hidrocefalia
O tratamento para hidrocefalia infantil e hidrocefalia de pressão normal pode ser feito com:
- Cirurgia de derivação: que consiste na colocação de um pequeno tubo no cérebro com uma válvula que drena o líquido acumulado para outra área do corpo, como o abdômen ou coração, impedindo o seu refluxo e facilitando a sua absorção para a corrente sanguínea;
- Neuroendoscopia: que consiste na introdução de um aparelho fino, através de um furo no crânio, para aliviar a pressão no cérebro e fazer circular o LCR;
- Medicamentos: como Acetazolamida ou Furosemida para reduzir a produção do LCR;
- Cirurgia cerebral: para remoção de tumores, se estes forem a causa de hidrocefalia, ou de partes do cérebro que estejam a produzir LCR em excesso ou dificultando a drenagem.
A cirurgia de derivação também pode ser feita no caso da hidrocefalia fetal ou congênita, que ocorre no feto, a partir das 24 semanas, desviando-se o LCR para o líquido amniótico. Ao nascimento, o bebê deve ser submetido a nova cirurgia para desviar o líquido para outra área do corpo.
Apesar de ainda não ser possível prevenir a hidrocefalia, as mães podem evitá-la tomando ácido fólico antes e durante a gestação.
Complicações do tratamento
Depois da cirurgia de derivação para hidrocefalia, poderão surgir complicações como mau funcionamento da válvula ou obstrução do tubo para drenar o líquido, sendo necessárias, na maioria dos casos, outras cirurgias para trocar o sistema, ajustar a pressão da válvula ou corrigir a obstrução, por exemplo.
Por outro lado, a neuroendoscopia também não é um tratamento definitivo, pois o LCR poderá acumular-se de novo no cérebro, sendo necessário recorrer a mais procedimentos.
Desta forma, é importante a criança, o adulto ou o idoso com hidrocefalia ter consultas regulares no neurologista para prevenir estas complicações e tratá-las o mais rapidamente possível, para evitar danos no cérebro.
Consequências da hidrocefalia
As sequelas da hidrocefalia surgem quando o tecido cerebral é afetado e quanto mais tarde é feito o tratamento. Assim, a criança poderá ter problemas no seu desenvolvimento mental ou motor como dificuldades na aprendizagem, raciocínio, fala, memória, em andar ou controlar a vontade de urinar ou defecar, por exemplo. Em casos extremos, a hidrocefalia pode causar danos cerebrais irreparáveis como retardo mental ou paralisia e até mesmo morte.
Nos casos em que a criança apresenta alterações no seu desenvolvimento, a fisioterapia é fundamental no tratamento, para ajudar a criança a tornar-se o mais independente possível.
Para saber mais sobre a doença consulte hidrocefalia.