Existem diversas causas para a perda de memória, sendo que a principal é a ansiedade, mas também pode estar associada a diversas condições como a depressão, alterações do sono, uso de remédios, hipotireoidismo, infecções ou doenças neurológicas, como doença de Alzheimer.
A maioria das causas são preveníveis ou reversíveis, com hábitos de vida como meditação, técnicas de relaxamento e treino da memória, mas, em caso de dúvidas, é importante consultar-se com um neurologista ou geriatra para investigar as possíveis causas da perda de memória e iniciar o tratamento correto.
As principais causas de perda de memória e as formas de tratá-las são:
A ansiedade é a principal causa de perda da memória, principalmente em jovens, pois momentos de estresse causam a ativação de muitos neurônios e regiões do cérebro, o que o torna mais confuso e dificulta sua atividade mesmo que para uma tarefa simples, como se lembrar de algo.
Por esse motivo, é comum haver uma perda de memória repentina, ou um lapso, em situações como uma apresentação oral, uma prova ou após uma acontecimento estressante, por exemplo.
A simples falta de atenção em alguma atividade ou situação, faz com que se esqueça muito mais rápido de alguma informação, portanto, quando se está ou se é muito distraído, é mais fácil esquecer de detalhes como um endereço, o número de telefone ou onde se guardou as chaves, por exemplo, não sendo necessariamente um problema de saúde.
A depressão e outras doenças psiquiátricas como síndrome do pânico, ansiedade generalizada ou transtorno bipolar são doenças que podem causar déficit de atenção e afetar o funcionamento dos neurotransmissores cerebrais, sendo uma importante causa para alteração da memória e, até, podem confundir-se com a doença de Alzheimer.
O hipotireoidismo é uma importante causa de perda da memória, pois, quando não tratado adequadamente, causa lentificação do metabolismo e prejudica o funcionamento cerebral.
Geralmente, a perda de memória pelo hipotireoidismo é acompanhada de outros sintomas como sono excessivo, pele seca, unhas e cabelos quebradiços, depressão, dificuldades de concentração e cansaço intenso.
A deficiência de vitamina B12 acontece em veganos sem acompanhamento nutricional, pessoas com desnutrição, alcoólatras ou pessoas que tenham alterações na capacidade de absorção do estômago, pois é uma vitamina que adquirimos através da alimentação equilibrada e, preferencialmente, com carne. A falta desta vitamina altera o funcionamento cerebral, e prejudica a memória e o raciocínio.
Alguns medicamentos podem provocar um efeito de confusão mental e prejudicar a memória, sendo mais comum em quem usa sedativos frequentemente, como Diazepam e Clonazepam, por exemplo, ou pode ser efeito colateral de remédios de vários tipos, como anticonvulsivantes, neurolépticos e alguns medicamentos para labirintite.
Estes efeitos variam de pessoa para pessoa, portanto é sempre importante relatar ao médico os remédios usados caso haja suspeita de alteração da memória.
O álcool em excesso, e o uso de drogas ilícitas como maconha e cocaína, por exemplo, além de interferirem no nível de consciência, têm um efeito tóxico sobre os neurônios, o que pode prejudicar as funções do cérebro e a memória.
A alteração do ciclo do sono pode prejudicar a memória, pois a falta de um descanso diário, que deve ser, em média, de 6 a 8 horas por dia, dificulta a manutenção da atenção e do foco, além de prejudicar o raciocínio.
Confira quais são as principais estratégias para regular o sono e quando é necessário usar remédios.
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que acontece em idosos, que prejudica a memória e, à medida que progride, interfere na capacidade de raciocínio, compreensão e de controlar o comportamento.
Também existem outros tipos de demência que também podem causar alterações da memória, principalmente no idoso, como a demência vascular, demência do Parkinson ou demência por corpúsculo de Lewy, por exemplo, que devem ser diferenciados pelo médico.
A confusão mental leva à alteração do raciocínio e memória, e é mais comum em idosos ou em pessoas em situações internamento hospitalar, após cirurgia, infecções graves ou por doenças graves, como insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou traumatismo cerebral, por exemplo.