O muco é uma substância que ajuda as fezes a se movimentarem pelo intestino, mas que normalmente é produzido em baixa quantidade, o suficiente apenas para lubrificar o intestino e ser misturado nas fezes, não sendo facilmente observável a olho nu no vaso.
Assim, quando se consegue observar um excesso de muco nas fezes, geralmente indica a presença de uma infecção ou outra alteração nos intestinos, como úlcera intestinal ou síndrome do intestino irritável, por exemplo, sendo importante consultar um gastroenterologista para fazer uma avaliação completa e identificar se existe algum problema que precise ser tratado.
As intolerâncias e alergias alimentares, como a sensibilidade à lactose ou glúten, causam uma inflamação das paredes do intestino quando o alimento entra em contato com a mucosa, gerando um aumento na produção de muco, que pode ser observado nas fezes.
Nestes casos, podem também surgir outros sintomas como inchaço da barriga, diarreia, manchas vermelhas na pele, excesso de gases ou prisão de ventre, por exemplo.
A gastroenterite surge quando algum tipo de microorganismo, como uma bactéria ou um vírus, consegue infectar o estômago e os intestinos, causando, além do excesso de muco nas fezes, náuseas intensas, diarreia, vômitos, perda de apetite e dor na barriga.
Normalmente, este tipo de problema surge devido ao consumo de água ou alimentos contaminados, mas também pode acontecer após o uso prolongado de antibióticos, já que as bactérias boas são eliminadas da mucosa intestinal, facilitando o desenvolvimento de outras mais nocivas.
O intestino irritável causa uma inflamação da mucosa intestinal que aumenta a quantidade de muco nas fezes. Embora possa acontecer em todos os casos de síndrome do intestino irritável, o muco é mais comum em pessoas que têm longos períodos de diarreia.
Outros sintomas comuns de quem sofre com intestino irritável incluem excesso de gases, barriga inchada e períodos de diarreia que alternam com prisão de ventre, principalmente durante períodos de muito estresse ou ansiedade.
A doença de Crohn é uma doença intestinal crônica que provoca a inflamação constante das paredes do intestino, resultando em sinais como muco nas fezes, mas também intensa dor abdominal, febre, diarreia com sangue e fraqueza.
Embora ainda não exista uma causa específica para a doença de Crohn, esta doença pode surgir em qualquer fase da vida, especialmente se existir uma diminuição do sistema imune. Veja quais os sintomas que podem ser sinal de doença de Crohn.
A obstrução intestinal acontece quando algo impede a passagem das fezes no intestino. Por isso, as causas mais comuns incluem hérnias, torção do intestino, ingestão de algum tipo de objeto ou até um tumor no intestino.
Nestes casos, o muco é produzido em excesso para tentar empurrar as fezes, que acabam não passando e gerando outros sintomas como inchaço da barriga, intensa dor abdominal, excesso de gases e diminuição da quantidade de fezes.
A fissura anal é um problema relativamente comum que consiste na presença de uma pequena ferida na região do reto, causando movimento exagerado do intestino, com sintomas como diarreia, muco nas fezes e dor abdominal. Em alguns casos, pode ainda acontecer prisão de ventre em vez de diarreia.
Geralmente, a fissura anal surge em pessoas que têm dificuldade para defecar devido à presença de fezes duras e secas, que dilatam o esfíncter e provocam lesões.
Este é uma alteração intestinal que provoca a presença de úlceras no intestino e a inflamação constante da mucosa. Assim, em pessoas com colite ulcerativa, é frequente que as fezes sejam acompanhadas de sangue, pus ou muco.
Outros sintomas que ajudam a identificar um caso de colite ulcerativa incluem diarreia, dor abdominal muito intensa, lesões na pele e perda de peso.
Na maioria dos casos, o muco nas fezes não é uma situação perigosa, representando quase sempre uma situação fácil de tratar. No entanto, se o excesso de muco surgir associado a outros sintomas como:
É aconselhado ir ao hospital ou marcar um consulta no gastroenterologista, pois pode ser sinal de uma causa mais graves como colite ulcerativa, doença de Crohn ou até câncer.